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quinta-feira, 13 de julho de 2017

Morre dissidente chinês que ganhou o Prêmio Nobel da Paz

O dissidente chinês Liu Xiaobo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2010, morreu hoje aos 61 anos depois de ter sido libertado por razões humanitárias por estar com um câncer terminal. Ele estava preso desde 2008, condenado por "subversão" por escrever e divulgar a Carta 08, um manifesto pedindo democracia, Estado de Direito e o fim da censura na China.

Só em junho o regime comunista chinês admitiu que Liu tinha câncer terminal no fígado e o internou num hospital militar da província de Shenyang. Era tarde demais para tentar qualquer tratamento.

Ativista do movimento pela democracia e liberdade massacrado na Praça da Paz Celestial, em Beijim, na noite de 3 para 4 de junho de 1989, Liu foi o primeiro ganhador do Nobel da Paz a morrer na prisão desde Carl von Ossietzky, um pacifista alemão que lutou contra o nazismo, ganhou o prêmio em 1935 e morreu em 1938 depois de anos de maus tratos.

"Depois de múltiplos tratamentos, a saúde de Liu Xiaobo continuou a se deteriorar", declarou o Tribunal de Justiça de Shenyang, responsável pela prisão. "Em 10 de julho, ele entrou em tratamento intensivo e, em 13 de julho, morreu de falência múltipla de órgãos depois de várias tentativas de salvá-lo."

A mulher do dissidente, Liu Xia, foi mantida em prisão domiciliar e sob vigilância permanente para evitar que ela falasse sobre o tratamento dispensado ao marido.

sábado, 1 de dezembro de 2012

RSF pedem libertação de Nobel da Paz chinês

A organização não governamental de defesa da liberdade de expressão Repórteres sem Fronteiras enviou carta aberta ao presidente da China, Hu Jintao, pedindo a libertação do dissidente Liu Xiaobo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2010, condenado em 2009 a 11 anos de cadeia:

"Sr. Hu Jintao, presidente da República Popular da China,

"Gostaríamos de chamar vossa atenção para o caso de Liu Xiaobo, preso em 8 de dezembro de 2008 e condenado em 25 de dezembro de 2009 a 11 anos de prisão em regime fechado. De nosso conhecimento, Liu Xiaobo não é culpado de nenhum ato ilegal e todas as suas ações são orientadas pela defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa, de acordo com a Constituição chinesa.

"Laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 2010, Liu Xiaobo está hoje aprisionado. Nós pedimos então que intervenha rapidamente para que seja libertado, a retirada de todas as acusações que pesam contra ele e seus próximos, notadamente sua esposa, Liu Xa, obrigada a residir em Pequim.

"Nós vos pedimos todos os esforços para que todos os prisioneiros de opinião chineses sejam libertados e que a liberdade de expressão de todos os cidadãos seja garantida.

"Aproveitamos a oportunidade, Sr. Presidente, para expressar nossa elevada consideração."

Há uma petição online para quem quiser apoiar a luta pela libertação de Liu Xiaobo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Comitê do Nobel pede libertação de Liu Xiaobo

cadeira destinada ao dissidente chinês Liu Xiaobo ficou vazia hoje na cerimônia de premiação em Oslo. Nem ele nem ninguém da família foi autorizado a sair da China para receber a honraria, o que por si só já justifica a premiação, afirmaram os responsáveis. À distância, Liu dedicou o prêmio aos mortos no massacre na Praça da Paz Celestial, em 1989.


O presidente do Comitê do Nobel, Thorbjorn Jagland, elogiou a China por tirar milhões de pessoas da pobreza, mas pediu a libertação de Liu e disse que “o novo status do país aumenta a responsabilidade. A China deve estar preparada para aceitar a crítica e vê-la como uma oportunidade para melhorar”.


Jagland lamentou a ausência de Liu, isolado numa prisão no Nordeste da China. Sob aplausos da audiência, ele afirmou que "Liu apenas exerceu seus direitos civis, não fez nada de errado e deve ser libertado.


A atriz Liv Ullmann leu a declaração final de Liu em seu julgamento na China reafirmando sua inocência. Nos EUA, o presidente Barack Obama, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2009, declarou que Liu merece mais o prêmio do que ele.


Na China, o governo censurou até a expressão “cadeira vazia” na Internet para tentar evitar que a notícia seja difundida no país. Em Beijim, o policiamento foi reforçado na Praça da Paz Celestial e ao redor do conjunto habitacional onde mora a mulher de Liu, Liu Xia.


Houve protestos de chineses em Oslo contra a premiação. À noite, europeus e dissidentes enfrentaram um frio de -8ºC numa procissão luminoso para homenagear Liu Xiaobo e pedir "democracia na China já".

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Comitê do Nobel da Paz justifica prêmio a chinês

Diante da enorme pressão da China contra a premiação do dissidente Liu Xiaobo, o Comitê Norueguês do Prêmio Nobel da Paz declarou que o prêmio se baseia em “valores universais” expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pelas Nações Unidas em 10 de dezembro.

Liu na prisão, condenado a 11 anos de cadeia por defender a democratização da China em um documento chamado de Carta 08. Sob pressão de Beijim, 19 países anunciaram que vão boicotar a cerimônia de entrega do prêmio, amanhã.

A China reagiu furiosamente à premiação, afirmando que Liu Xiabo é um criminoso. O ministério do Exterior chinês acusou o Comitê do Nobel da Paz de querer impor valores ocidentais e deter o desenvolvimento do país.

Indignada, a China criou o Prêmio Confúcio pela Paz Mundial, concedido pela primeira vez hoje. O agraciado foi o ex-vice-presidente de Taiwan, a ilha que o regime comunista chinês considera uma província rebelde e ameaça invadir se declarar a independência.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Seis países boicotam entrega do Nobel da Paz

Sob pressão da China, a Rússia, o Casaquistão, Cuba, o Iraque e o Marrocos vão boicotar a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz 2010 ao dissidente chinês Liu Xiaobo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ganhadores do Nobel pedem soltura de Liu Xiaobo

Em carta aberta ao presidente da China, Hu Jintao, ganhadores do Prêmio Nobel da Paz como o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, o líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, e os ex-presidentes Jimmy Carter e Lech Walesa pedem a libertação do dissidente chinês Liu Xiaobo, premiado neste ano.

Liu está condenado a 11 anos de prisão por ter assinado o documento Carta 08, em dezembro de 2008, pedindo eleições democráticas, liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos na China. Foi agraciado por sua luta pacífica contra o regime comunista chinês.

domingo, 10 de outubro de 2010

China prende mulher do ganhador do Nobel da Paz

A mulher do dissidente chinês, Liu Xiaobo, conseguiu dar hoje ao marido a notícia de que ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2010. Mas, na volta a Beijim, Liu Xia foi colocada em prisão domiciliar.

Ao receber a notícia, Liu Xiaobo dedicou o prêmio aos "mártires da Praça da Paz Celestial", em 1989, movimento de que ele participou como professor universitário, fazendo greve de fome.

Desde que o marido foi agraciado, Liu Xia está sob estrita vigilância das autoridades do regime comunista da China.

Hoje, o presidente de Taiwan, a ilha que a China considera uma província rebelde, Ma Ying-jeou, fez um apelo por sua libertação imediata.

Em Hong Kong, um território autônomo que mantém as liberdades democráticas do período colonial britânico, que terminou em 1997, um pequeno grupo de manifestantes marchou da sede do Conselho Legislativo até o escritório de representação da China.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

China condena dissidente a 11 anos de prisão

O regime comunista da China condenou  o líder dissidente Liu Xiaobo a 11 anos de cadeia por "subversão".

As Nações Unidas denunciaram a sentença como um retrocesso na abertura do país, e os Estados Unidos exigiram a libertação imediata do oposicionista..

Liu passou um ano e meio na prisão por sua participação no movimento dos estudantes por liberdade e democracia que terminou no massacre na Praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989, e três anos, de 1996 a 1996, num centro de reeducação com trabalhos forçados.

Agora, Liu foi processado por defender a democratização do país como um dos autores da Carta 08, lançada na época da Olimpíada de Pequim.

A organização não governamental Human Rights Watch (Vigília dos Direitos Humanos) prevê que 2010 será um ano de forte repressão aos dissidentes chineses.