REVOLUÇÃO MEXICANA
Em 1910, Francisco Madero inicia uma revolta fracassada que mobiliza os líderes revolucionários Emiliano Zapata e Pancho Villa, deflagrando a Revolução Mexicana (1910-20).
A revolta é contra a ditadura corrupta, elitista e oligárquica de Porfirio Díaz, que serve os interesses dos latifundiários e dos capitães de indústria.Quando Díaz se lança para a sétima reeleição, em 1910, Madero se torna líder do movimento contra a reeleição. Díaz manda prender Madero e se declara vencedor de uma eleição fraudulenta, mas Madero é solto e lança a revolta, o Plano de San Luis de Potosí, de San Antonio, no Texas.
Com a rebelião de Zapata e Villa, Porfirio Díaz renuncia na primeira de 1911. Madero vira presidente. Ele acredita num governo constitucional, mas os revolucionários querem mais. Zapata e Pascual Orozco ficam contra Madero.
JULGAMENTO DE NURUMBERGUE
Em 1945, o Tribunal Militar Internacional organizado pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial (1939-45) começa a julgar em Nurembergue, na Alemanha, 24 altos funcionários do regime nazista de Adolf Hitler acusados de crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
As sentenças saem em 1º de outubro de 1946: 12 pegam pena de morte, sete pegam penas de 10 anos à prisão perpétua e três são absolvidos.Dez condenados são enforcados em 16 de outubro. Hermann Göring, número 2 do regime e comandante da Luftwaffe, se suicida na véspera. Martin Bormann é condenado à revelia. Hoje se acredita que tenha morrido no fim da guerra na Europa, em maio de 1945.
Os julgamentos dos criminosos de guerra continuaram. Ao todo, 5.025 são condenados e 806 executados.
MORTE DE FRANCO
Em 1975, o generalíssimo Francisco Franco, "caudilho da Espanha pela graça de Deus", morre pondo fim a uma ditadura que começa com um golpe de Estado, em 1936, e a Guerra Civil Espanhola (1936-39).
Filho de um oficial da Marinha e de uma mãe católica ultraconservadora, Franco nasce em El Ferrol, na Galícia, em 4 de dezembro de 1892.
Como quatro gerações da famílila e o irmão mais velho, deveria entrar para a Marinha. A redução do número de vagas na Academia Naval e leva ao Exército. Aos 14 anos, em 1907, ele entrar para a Academia da Infantaria, em Toledo, onde se forma três anos depois.
Em 1912, aos 19 anos, Franco se oferece como voluntário para lutar na guerra colonialista no Marrocos Espanhol. No ano seguinte, é promovido a 1º tenente de um regimento de elite de cavalaria. Em 1915, torna-se o mais jovem capitão do Exército da Espanha.
Ferido por um tiro no abdome, vai se tratar na Espanha em 1916, mas isso não impede uma carreira brilhante. Em 1920, Franco é nomeado subcomandante da Legião Estrangeira, da qual vira comandante em 1923. Durante campanhas contra os rebeldes marroquinos, é aclamado como herói.
Aos 33 anos, em 1926, Franco é promovido a general. Com a queda da monarquia, a república espanhola faz uma ampla reforma nas Forças Armadas. A Academia Militar Geral é fechada e Franco é encostado.
Quando os conservadores chegam ao poder, em 1933, Franco volta à ativa. Em outubro de 1934, é convocado para reprimir uma revolta violenta de mineiros na província de Astúrias. Com o sucesso, é nomeado comandante do Exército.
Diante de escândalos de corrupção, o governo cai. Em fevereiro de 1936, são realizadas eleições com a Espanha dividida entre o Bloco Nacionalista, de direita, e a Frente Popular, de esquerda.
A esquerda vence, mas não consegue estabilizar o país. Franco, que não é filiado a nenhum partido político, defende a decretação de estado de emergência. É afastado do comando do Exército e enviado para uma guarnição menor nas Ilhas Canárias.
Por algum tempo, ele se recusa a entrar para a conspiração contra o governo esquerdista, mas acaba aderindo.
Em 18 de julho de 1936, Franco divulga um manifesto apoiando a rebelião militar. No dia seguinte, vai para o Marrocos, onde assume o controle de uma das principais forças do Exército da Espanha.
Na Guerra Civil Espanhola (1936-39), as forças franquistas invadem a Espanha e marcham até Madri, mas são detidas nos arredores da capital espanhola. Quando preparam o assalto final à cidade, os militares decidem nome um comandante em chefe da revolta.
Em 1º de outubro de 1936, Franco é nomeado chefe de Estado do governo nacionalista. Apesar do apoio dos ditadores da Alemanha, Adolf Hitler, e da Itália, Benito Mussolini, leva quase três anos para assumir o controle sobre todo o país, em 1º de abril de 1939. Seu regime executa dezenas de milhares de espanhóis durante e logo após a guerra civil.
Apesar da simpatia pelos países do Eixo, a Espanha franquista fica neutra na Segunda Guerra Mundial. No pós-guerra a Espanha fascista é marginalizada pela recém-criada Organização das Nações Unidas. A reabilitação vem em 1953, quando, no auge da Guerra Fria, os Estados Unidos fazem um acordo militar de 10 anos.
Para tentar preservar a ditadura depois de sua morte, em 1947, Franco organiza um plebiscito que declara que a Espanha é uma monarquia, com ele como regente até o fim da vida. Em 1969, ele designa o príncipe Juan Carlos como sucessor.
Depois da morte do ditador, o rei Juan Carlos desmonta o regime autoritário, resiste à tentativa de golpe do coronel Antonio Tejero Molina, em 23 de fevereiro de 1981, e transforma a Espanha numa monarquia constitucional.
ESPIONAGEM NUCLEAR
Em 2015, o analista de defesa norte-americano Jonathan Pollard sai da cadeia nos Estados Unidos depois de ficar preso por 30 anos por espionagem ao vender a Israel informações ultrassecretas para fabricar armas atômicas.
Pollard nasce em Galveston, no Texas, em 7 de agosto de 1954, e se forma em relações internacionais, mas é rejeitado pela CIA (Agência Central de Inteligência) por causa do uso de drogas no passado.
Em 1984, ele entra para o Centro de Alerta Antiterrorismo da Marinha dos EUA e tem acesso a documentos confidenciais. Começa, então, a fornecer a Israel informações secretas e ultrassecretas do Departamento da Defesa, do Departamento de Estado, do Departamento da Justiça, da CIA e da Agência de Segurança Nacional dos EUA.
Preso em 21 de novembro de 1985 quando tenta se refugiar na Embaixada de Israel em Washington, Pollard é condenado em março de 1987 à prisão perpétua por traição. Em 2015, ganha direito a liberdade condicional, mas é proibido de sair do país por cinco anos. No fim deste período, ele se muda para Israel.
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