O Exército de Israel vai encontrar e eliminar o comandante do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza, afirmou hoje o ministro da Defesa, Yoav Gallant, deixando claro que a invasão israelense avança sem trégua, apesar dos apelos internacionais.
Mais de 1,5 milhão de palestinos fugiram de casa, informa o Escritório de Coordenação de Ações Humanitárias da ONU.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, se reuniu hoje em Amã, na Jordânia, com o primeiro-ministro do Líbano e os ministros do Exterior da Arábia Saudita, do Egito, dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia. Os líderes árabes pediram um cessar-fogo imediato, o que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeita enquanto todos os reféns sequestrados no ataque terrorista de 7 de outubro forem libertados.
Neste domingo, Blinken vai a Ramalá encontrar o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e à Turquia, onde o ditador Recep Tayyip Erdogan cortou a comunicação com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Sua missão no Oriente Médio fracassou ao não convencer Israel a não aceitar nem uma "pausa humanitária" temporária e localizada para retirar estrangeiros, retirar ajuda e socorrer feridos.
No mundo inteiro, houve protestos contra a guerra. Em Jerusalém, uma multidão se reuniu diante da casa do primeiro-ministro para exigir sua renúncia imediata e a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas e a Jihad Islâmica.
Pelo menos 9.488 palestinos morreram desde o início guerra em Gaza, 144 na Cisjordânia ocupada. Mais de 32 mil saíram feridos. Os israelenses e estrangeiros mortos em Israel são 1.422, além dos 1.500 terroristas do Hamas que Israel diz ter matado ao repelir o ataque de 7 de outubro.
Mais 30 caminhões com ajuda humanitária (água, comida, remédios e suprimentos básicos) entraram hoje na Faixa de Gaza. O Brasil espera retirar os 34 brasileiros que pediram ajuda para sair de Gaza até quarta-feira. Os EUA acusaram o Hamas de tentar incluir milicianos feridos na lista dos que podem sair do território, pejudicando a evacuação de estrangeiros. Meu comentário:
Depois da gravação, chegou a notícia de que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, só aceita assumir o controle da Faixa de Gaza depois da guerra dentro de um acordo que inclua também a Cisjordânia e o setor árabe de Jerusalém. Abbas não quer voltar para Gaza na carona de um tanque israelense. Quer um acordo de paz definitivo.
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