LUTHER KING ASSASSINADO
Em 1968, James Earl Ray mata a tiros num hotel em Memphis, no Tennessee, o reverendo Martin Luther King Jr., o principal líder da luta pacífica pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Além da luta por direitos iguais, o Dr. King manifesta uma preocupação com a miséria e a desigualdade social nos EUA. Ele organiza a Marcha sobre Washington por Empregos e Liberdade, que reúne 250 mil pessoas diante do Memorial de Lincoln, em agosto de 1963, quando faz o famoso discurso Eu Tenho um Sonho, e cria a Campanha pelos Pobres, em 1968, planejando nova marcha sobre Washington.
O líder negro vai a Memphis apoiar uma greve de trabalhadores do setor de limpeza pública. Em 28 de março de 1968, lidera uma marcha que termina em choque com a polícia e a morte de um adolescente negro.
Luther King deixa a cidade, mas volta no início de abril para liderar outra manifestação. Em 3 de abril, faz seu último discurso: "Vamos ter dias difíceis à frente. Mas isto não me preocupa porque eu estive no alto da montanha... Ele [Deus] me deixou subir a montanha. Eu olhei e vi a Terra Prometida. Posso não chegar lá com vocês. Mas quero que vocês saibam nesta noite que nós, como um povo, vamos chegar à Terra Prometida."
King está na sacada do quarto 306 do Motel Lorraine quando é baleado, às 18h01. Sua morte provocou uma explosão de violência em grandes cidades como Los Angeles, Chicago, Baltimore e Washington. Mahalia Jackson, grande amiga do pastor, cantou Take my Hand, Precious Lord no funeral.
Na noite do assassinato, a polícia encontrou uma espingarda de caça caída na rua a uma quadra do Motel Lorraine. Testemunhas e as impressões digitais revelaram a identidade do assassino.
Ray, condenado por assalto à mão armada, foge da prisão em abril de 1967. Um ano depois, mata o Dr. King. Logo, começa uma caçada ao assassino. O FBI (Federal Bureau of Invetigation), a polícia federal dos EUA, descobre que ele tirou um passaporte canadense,
Em 8 de junho, a polícia britânica Scotland Yard prende Ray no Aeroporto de Heathrow, em Londres, quando ele tenta chegar a Bélgica para ir para a Rodésia, hoje Zimbábue, na época dominada por um regime segregacionista da minoria branca semelhante ao apartheid da África do Sul.
Extraditado para os EUA, confessa o crime para não ser condenado à morte na cadeira elétrica. Pega uma pena de 99 anos de prisão. Depois, nega e afirma ter sido alvo de uma armação. A família King também duvida da versão oficial porque Luther King era vigiado constantemente pelos serviços. Mas nenhum inquérito chegou a uma conclusão diferente: Ray matou o grande líder negro porque era racista.
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