ACIDENTE DE CHERNOBIL
Em 1986, o reator número 4 da Central Nuclear de Chernobil, situada em Pripiat, na república soviética da Ucrânia, explode de madrugada durante um teste de segurança e causa o maior acidente nuclear da história. Durante 9 dias, o reator emite uma coluna de material radioativo até o incêndio ser controlado, em 4 de maio.
O teste simula uma falta de energia elétrica na central atômica. Os sistemas de segurança de emergência e de controle são desligados intencionalmente. Por uma falha no projeto do reator e erros de operação, a água usada para resfriar o reator se superaquece, se transforma em vapor e explode o reator, projetando grafite no ar.
Como a União Soviética impõe uma rigorosa censura, a dimensão da tragédia só é revelada quando a nuvem radioativa chega à Europa Ocidental.
Pelo menos 31 pessoas morrem em 3 meses em consequência do contato direto com a explosão, inclusive bombeiros e funcionários da usina nuclear. Em 2005, as Nações Unidas divulgam uma estimativa de 4 mil mortes em consequência da radiação.
Cerca de 600 mil pessoas trabalham na descontaminação. O governo ucraniano paga pensão a 36 mil viúvas de maridos mortos por causa do acidente nuclear. O reator acidentado é encapsulado por um sarcófago de concreto armado concluído em dezembro de 1986.
Para o último líder soviético, Mikhail Gorbachev, o acidente de Chernobil é fator mais importante para o fim da URSS do que sua abertura política e econômica.
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