domingo, 1 de novembro de 2020

Comícios de Trump causaram 30 mil casos e 700 mortes, estima Stanford

 Os comícios realizados pelo presidente Donald Trump de 20 de junho a 22 de setembro infectaram pelo menos 30 mil pessoas e causaram mais de 700 mortes pela doença do coronavírus de 2019, estimou um estudo da Universidade Stanford, de Palo Alto, na Califórnia. A dois dias da eleição presidencial, o maior pico de contaminação nos Estados Unidos desde o início da pandemia reforça a tendência de vitória do candidato da oposição, o ex-vice-presidente Joe Biden.

Até agora, os EUA registraram 9,1 milhões de casos confirmados e 230,8 mil mortes. Com o contágio em alta em quase todos os estados e a metade batendo recordes de contaminação, o país bateu na sexta-feira o recorde mundial de casos novos num dia, 99.784, superando os 97.894 da Índia em 17 de setembro, de acordo com o jornal The New York Times. Biden lidera por 7,2 a 7,8 pontos percentuais na média das pesquisas.

No Brasil, com mais 202 mortes e 10.084 casos novos notificadas neste domingo, o total ultrapassou a marca de 160 mil mortes em 5,545 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos 7 dias ficou em 420, com tendência de queda. Pelo menos cinco estados associam o aumento das infecções à campanha para as eleições municipais de 15 e 29 de novembro: Amapá, Bahia, Espírito Santo, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Na Europa, a França registrou mais 46.290 casos novos no domingo. O total no país chegou a 1,459 milhão de casos confirmados e 37 mil mortes.

A Eslováquia testou 2,58 milhões de pessoas, a metade da população, em um dia e encontra 1% contaminado. O país teve uma das melhores respostas à pandemia na Europa. Com 5,46 milhões de habitantes, a Eslováquia registra 60 mil casos confirmados e 219 mortes.

No início da primeira onda, em março, o presidente e o primeiro-ministro eslovacos foram a um programa de televisão com um dos jornalistas mais prestigiados do país. Num intervalo comercial, foram convencidos a usar máscaras no resto da entrevista. A partir daí, a população seguiu o exemplo.

O secretário de Habitação do Reino Unido esclareceu que as mudanças estão permitidas durante o segundo confinamento. Corretores de imóveis podem trabalhar, assim como a construção civil. Mas todos devem observar os protocolos de segurança contra a covid-19. Há uma tendência dos governos de tentar manter a economia funcionando, menos o comércio não essencial, durante esta segunda onda de contaminação.

Neste domingo, o Reino Unido notificou mais de 23.254 casos novos e 162 mortes. A polícia dispersou várias reuniões sociais proibidas na Inglaterra, inclusive um show de música com mil pessoas na plateia e um batizado com 200 convidados.

Na Espanha, mais de 30 pessoas foram presas em Madri quando protestavam contra o reconfinamento. Os manifestantes tocaram fogo em lixeiras e tentaram bloquear ruas. Também houve protestos em Barcelona, Burgos, Málaga, Santander, Valência e Vitória. O primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez pediu o fim do "comportamento violento e irracional". Na semana passada, o Congresso da Espanha prorrogou o estado de emergência até 9 de maio de 2021.

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