O projeto do governo Cristina Kirchner declarando de "interesse público a fabricação, comercialização e distribuição de pasta de celulose e papel para jornal" viola a Constituição da Argentina e vários tratados internacionais, afirma a oposição.
Para o líder da bancada da oposicionista União Cívica Radical (UCR), deputado Oscar Aguad, "o artigo 32 da Constituição é taxativo: não se pode legislar sobre liberdade de imprensa".
É parte da guerra do casal Kirchner contra as empresas do maior grupo de mídia argentino, que publica o jornal mais vendido do país, o Clarín.
O jornal apoiava o governo Néstor Kirchner. A cisão veio em 2008, quando Cristina Kirchner enfrentou uma onda de protestos no campo contra um aumento dos impostos sobre exportações de grãos.
Desde então, o governo redirecionou a publicidade oficial, cancelou o contrato de uma empresa do grupo para transmitir o futebol argentino, mandou 250 fiscais fazerem uma devassa no Clarín, aprovou uma Lei de Meios de Comunicação cuja aplicação está suspensa e cancelou a licença do provedor de banda larga Fibertel. A Lei da Mídia obrigaria o Clarín a se desfazer de mais de 200 licenças de operação de telecomunicações.
Desde que Néstor Kirchner foi eleito presidente em 2003, o patrimônio do primeiro casal argentino subiu 710%. Não admira que não queiram largar o osso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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