quarta-feira, 3 de abril de 2024

Hoje na História do Mundo: 3 de Abril

 STALIN VIRA SECRETÁRIO-GERAL

    Em 1922, antes da morte de Lenin, Josef Stalin se torna secretário-geral do Partido Comunista do que logo seria a União Soviética, sua base para assumir o controle da máquina burocrática e se transformar num ditador brutal e cruel.

Josef Vissarianovich Dzugachvili nasce em Góri, na Geórgia, em 18 de dezembro de 1878, e entra para a política como ativista do Partido Operário Social-Democrata Russo. Ele edita o jornal Pravda e comete roubos e sequestros para arrecadar dinheiro para a facção bolchevique, liderada por Vladimir Ilich Ulianov (Lenin). É preso várias vezes e enviado para o exílio interno na Sibéria.

Com a vitória da Revolução Comunista, em 1917, Stalin entra para o Politburo, o birô político do Comitê Central. É o comissário das nacionalidades no fim de 1922, quando nasce a Uniào Soviética.

Depois da morte de Lenin, em 1924, há uma luta pelo poder em que Stalin derrota o grande líder da revolução ao lado de Lenin, Leon Trotsky. A partir de 1927, Stalin conquista poderes absolutos, coletiviza a agricultura matando 3,9 milhões de ucranianos, a persegue inimigos com expurgos, prisão, processos forjados, tortura e morte.

Stalin deixa a Secretaria-Geral do PC em 1952. De 1941 até a morte, em 5 de março de 1953, é primeiro-ministro da URSS.

TRUMAN SANCIONA PLANO MARSHALL

    Em 1948, o presidente Harry Truman sanciona a Lei de Assistência Econômica, um programa para reconstruir e estabilizar a Europa depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45) conhecido como Plano Marshall. 

O objetivo é fortalecer as economias capitalistas aliadas dos Estados Unidos e reduzir a atratividade dos partidos comunistas no início da Guerra Fria, a grande confrontação estratégica, política, ideológica, econômica, científica, tecnológica e cultural com a União Soviética.

O secretário de Estado norte-americano, George Marshall, defende a ajuda dos EUA à Europa e pede aos países europeus que façam um plano em discurso na Universidade de Harvard, em Cambridge, no estado de Massachusetts, em 5 de junho de 1947.

A França e o Reino Unido convidam os países do continente para uma reunião em Paris. A URSS boicota o encontro e pressiona a Hungria, a Tcheco-Eslováquia e a Polônia a fazer o mesmo.

O Congresso dos EUA aprova a proposta do Comitê de Cooperação Econômica da Europa em 2 de abril de 1948.

Durante quatro anos (1948-51), o Programa de Recuperação da Europa distribui US$ 13,4 bilhões (US$ 115 bilhões pela cotação de 2020) em ajuda direta e empréstimos a 18 países, inclusive Alemanha Ocidental, Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Suécia. Seus produtos internos brutos subiram de 15% a 25%.

Em  resposta ao Plano Marshall, em 1949, a URSS cria o Conselho de Assistência Econômica Mútua (Comecon) com a Alemanha Oriental, a Bulgária, a Hungria, a Polônia, a Romênia e a Tcheco-Eslováquia.

ÚLTIMO DISCURSO DO DR. KING

    Em 1968, durante uma greve de trabalhadores do setor de limpeza pública da cidade de Memphis, no estado do Tennessee, o líder do movimento pacífico pelos direitos civis dos negros, reverendo Martin Luther King Jr., faz seu último discurso, Estive no Topo da Montanha, na sede da Igreja Mundial Deus em Cristo, com um apelo à união e à luta pacífica. Horas depois, é assassinado.

Filho de um pastor batista de classe média abastada, o Luther King nasce em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta, na Geórgia. Ele organiza a primeira grande manifestação contra a segregação racial no Sul dos EUA: o Boicote aos Ônibus de Montgomery, no Alabama, depois da prisão de Rosa Parks por se negar a ceder seu lugar, em 1º de dezembro de 1955.

Sob influência do líder da independência da Índia, Mohandas Gandhi, o Mahatma, cujas ideias conheceu num seminário onde estudou teologia por três anos (1948-51), Luther King defende a luta não violenta e a desobediência civil como instrumentos contra o racismo institucionalizado. Apesar da reação violenta da maioria branca, o movimento persiste, mas enfrenta oposição dos Panteras Negras como Stokely Carmichael e Louis Farrakhan, a favor do uso da força.

Grande orador, King apela aos valores cristãos e à democracia como base de sua campanha. Em 28 de agosto de 1963, lidera a Marcha sobre Washington e faz o famoso discurso Eu Tenho um Sonho: "Eu tenho um sonho de que um dia meus filhos serão julgados pela nobreza do seu caráter e não pela cor da sua pele."

A Lei de Direitos Civis, aprovada em 1964, proíbe a discriminação racial no emprego e na educação, e acaba com a segregação em locais públicos. Em outubro de 1965, Luther King ganha o Prêmio Nobel da Paz.

No último discurso, ele vai do Egito e da Grécia Antiga, passa em revista lugares e momentos importantes da história dizendo que esteve lá mas não parou, que o mundo assistia a uma redenção ainda maior com o movimento pelos direitos civis. Há uma peça de teatro sobre esta última noite.

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