Um bombardeio maciço de 83 toneladas de bombas contra o quartel-general da milícia extremista xiita Hesbolá (Partido de Deus), no bairro de Dahiya, no Sul de Beirute, a capital do Líbano, matou ontem o líder da organização, xeique Hassan Nasrallah, mas a notícia só foi confirmada hoje.
Israel declarou que o chefe do Comando Sul do Hesbolá, o comandante da Força Quds, braço da Guarda Revolucionária do Irã para ações no exterior, no Líbano e na Síria, e o subcomandante da guarda iraniana também foram mortos. Com medo de ser o próximo alvo, o Supremo Líder Espiritual da República Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei foi levado para um lugar seguro.
O Hesbolá nasceu em 1982 como uma reação à invasão israelense ao Líbano naquele ano. Com uma onda de atentados terroristas suicidas, conseguiu forçar a retirada de Israel em 1985, menos do Sul do país, onde o Estado judeu apostou numa milícia cristã aliada, o Exército do Sul do Líbano, para controlar a região da fronteira. Este exército foi derrotado pelo Hesbolá em 2000.
Depois de uma invasão de milicianos do Hesbolá com o sequestro de dois israelenses, em 12 de julho de 2006, Israel entra em guerra com a milícia xiita. O conflito vai até 14 de agosto. Foi a sexta guerra árabe-israelense e a segunda entre Israel e o Líbano. Pelo menos 731 milicianos e 1.191 civis libaneses e 121 soldados e 44 civis israelenses morreram.
A tensão na fronteira entre o Sul do Líbano e o Norte de Israel era constante e se agravou com a guerra na Faixa de Gaza, levando a uma escalada da violência depois que uma explosão de equipamentos de comunicação sabotados por Israel matou vários membros do Hesbolá. A milícia xiita libanesa disparou um míssil contra Telavive. Isto teria levado à decisão de bombardear o QG do grupo em Beirute.
Nasrallah tinha 64 anos. Era secretário-geral do Hesbolá desde 1992, quando seu predecessor, Abbas al- Musawi, foi morto por um bombardeio israelense.
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