QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE
No ano 476 da era cristã, Flávio Odoacro, rei dos hérulos, uma tribo bárbara germânica, depõe Rômulo Augusto, último imperador do Império Romano do Oriente, pondo fim ao maior império do Ocidente na Antiguidade, que chegou a ter mais de 60 milhões de habitantes.
O imperador Teodósio divide o Império Romano em 393 depois de Cristo em Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Bizâncio. A partir de 410, Roma é saqueada três vezes, a primeira pelos visigodos sob o rei Alarico; a segunda em 455 pelos vândalos, quando o papa Leão I apela ao rei Genserico para que não destrua e cidade e não mate seus habitantes; e a terceira por Odoacro.
Depois da queda de Roma, o Império do Oriente (Bizantino) sobrevive até 29 de maio de 1453, quando é derrotado pelo Império Otomano (turco).
QUEDA DE NAPOLEÃO III
Em 1870, depois da derrota na Batalha de Sedan, na Guerra Franco-Prussiana (1870-71), dois dias antes, o imperador Napoleão III cai, é preso pela Alemanha e vai para o exílio no Reino Unido. É o fim do Segundo Império (1852-70) e o início da Terceira República da França (1870-1940).
Depois da Revolução de 1848, Luís Napoleão se elege deputado. No mesmo ano, se torna o primeiro presidente da República Francesa eleito pelo voto direto. Como a Constituição Francesa de 1848 não permite a reeleição, dá um golpe de 2 de dezembro de 1851 e vira imperador em 2 de dezembro de 1852.
Seu reinado enfrenta forte hostilidade do escritor francês Vítor Hugo e do filósofo e economista alemão Karl Marx, que escreve O 18 Brumário de Luís Napoleão, um clássico de análise política.
Para recuperar a hegemonia francesa na Europa, entra na Guerra da Crimeia (1853-56) ao lado do Reino Unido e do Império Otomano (turco) contra a Rússia, que perde, e manda tropas com o Reino Unido para a Segunda Guerra do Ópio (1856-60) contra a China.
Napoleão III apoia a Segunda Guerra da Independência da Itália (1859) contra o Império Austríaco, o que leva à criação do Reino da Itália em 1861. De 1859 a 1862, ele toma a Cochinchina, o sul do que hoje é o Vietnã, que passa a ser colônia francesa.
Ele aproveita a Guerra da Secessão (1861-65) nos Estados Unidos, para intervir militarmente no México, que tem dívidas com a Espanha, a França e o Reino Unido. Derruba o presidente Benito Juárez, domina o país de 8 de dezembro de 1861 a 21 de junho de 1867 e envia Maximiliano da Áustria, irmão mais novo do imperador Francisco José e primo de Dom Pedro II, como imperador do México.
Com o fim da Guerra Civil Americana, os EUA apoiam Juárez. Maximilano é deposto e fuzilado em 19 de junho de 1867.
Seu último erro foi subestimar o primeiro-ministro da Prússia, Otto von Bismarck, o Chanceler de Ferro, que vence a Dinamarca (1864), Áustria (1866) e a França (1870-71), e unifica a Alemanha em 1871, tornando-se o primeiro chefe de governo do novo país.
Com a derrota em Sedan, Napoleão III é preso no Castelo de Wilhelmshöhe de 5 de setembro de 1870 a 19 de março de 1871, quando vai para o exílio na Inglaterra, onde morre em Chislehurst em 9 de janeiro de 1873.
GERÔNIMO SE RENDE
Em 1886, depois de 30 anos de resistência à invasão de suas terras, o cacique apache Gerônimo se entrega ao Exército dos Estados Unidos, no fim das guerras indígenas no Sudoeste do país.
De 1858 a 1886, enfrenta repetidas vezes os exércitos do México e dos EUA. Quando se rende ao general Nelson Miles, em Skeleton Canion, no Arizona, seu bando tem apenas 38 pessoas, contando mulheres e crianças. É o fim das guerras dos apaches. Gerônimo fica preso durante 22 anos até morrer em 17 de fevereiro de 1909, no Forte Sill.
TV DE COSTA A COSTA
Em 1951, o presidente Harry Truman participa da primeira transmissão de televisão de costa a costa nos Estados Unidos para anunciar a assinatura de um tratado com o Japão para acabar com a ocupação iniciada no fim da Segunda Guerra Mundial e restaurar a independência japonesa.
O Congresso dos EUA aprova o tratado de paz em 20 de março de 1952.
MORTE DE HO CHI MINH
Em 1969, a Rádio Hanói anuncia a morte do líder comunista Ho Chi Minh, o grande herói da luta pela independência do Vietnã. A Frente de Libertação Nacional suspende os combates da Guerra do Vietnã (1955-75) por três dias.
De Paris, vai para Moscou, onde trabalha na Terceira Internacional Comunista (Comintern). Em novembro de 1924, se muda para Cantão, na China. Aos 36 anos, se casa no mesmo lugar onde Chu Enlai casara, com uma chinesa de 21 anos, Zeng Xueming, porque "preciso de uma mulher que me ensine a língua e cuide da casa".
Quando o líder nacionalista chinês Chiang Kai-shek dá um golpe e começa a perseguir os comunistas, em 1927, Ho volta a Moscou e vai para a Crimeia, onde se cura de uma tuberculose antes de voltar a Paris. Passa pela Bélgica, Alemanha, Suíça e Itália antes de ir para Bangkok, na Tailândia, como agente do Comintern no Sudeste Asiático, em julho de 1928.
No fim de 1929, vai para a Índia e da lá para Xangai, na China, e Hong Kong, onde funda, em 1930, o Partido Comunista do Vietnã e o Partido Comunista da Indochina. Preso em Hong Kong em junho de 1931, escapa de ser deportado para a Indochina Francesa com um advogado de defesa britânico, Frank Loseby.
Libertado, vai para Xangai e volta à União Soviética, onde estuda e leciona no Instituto Lenin. Sob a acusação de ter "tendências nacionalistas", é afastado da liderança do partido durante o Grande Expurso Stalinista (1936-38).
Em 1938, volta à China como assessor militar do Exército Vermelho Chinês. Vai para o Vietnã em 1941 para liderar o movimento de libertação nacional. Com a ocupação japonesa, conduz uma guerra de guerrilhas contra o governo colaboracionista francês de Vichy e o Império do Japão.
Depois da ocupação da França, a potência colonial, pela Alemanha Nazista, em junho de 1940, ele funda na China em 1941 o Viet Minh, a Liga pela Independência do Vietnã, para se contrapor também à invasão japonesa durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).
No fim da guerra, em 2 de setembro de 1945, quando o Japão assina a rendição, proclama a independência do Vietnã. A França não aceita. Em 19 de dezembro de 1946, começa a Primeira Guerra da Indochina, que vai até 1º de agosto de 1954, depois da vitória vietnamita na Batalha de Bien Dien Phu.
Os Acordos de Paz de Genebra dividem o país em Vietnã do Norte, comunista, e o Vietnã do Sul, anticomunista, em 1954. As eleições de 1955 devem reunificar o país. Quando os Estados Unidos percebem que os comunistas venceriam, em plena Guerra Fria, suspendem as eleições.
Em 1º de novembro de 1955, começa a Segunda Guerra da Indochina ou Guerra do Vietnã (1955-75). O governo Dwight Eisenhower (1953-61) envia os primeiros assessores militares norte-americanos. No fim do governo John Kennedy (1961-63), há mais de 2,8 mil assessores, alguns participando de combates.
A intervenção militar dos EUA começa oficialmente depois do Incidente do Golfo de Tonquim, em 2 de agosto de 1964, forjado pelo governo Lyndon Johnson (1963-69) para obter a aprovação do Congresso para declarar guerra ao Vietnã do Norte.
No auge da intervenção, os EUA têm mais de 500 mil soldados no Vietnã. O fracasso na luta contra o Vietcongue, os guerrilheiros comunistas em ação no Vietnã do Sul, e a rejeição à guerra pela opinião pública levam o presidente Richard Nixon (1969-74) a acelerar as negociações de paz iniciadas em 1968.
Em 30 de agosto de 1969, a delegação dos EUA nas negociações recebem uma carta de Ho a Nixon. O líder vietnamita alerta que "quanto mais longa for a guerra maiores serão o ônus e os pesares para o povo norte-americano" e defende o plano de paz de 10 pontos da Frente de Libertação Nacional. Exige o "fim da guerra de agressão e a retirada das forças norte-americanas”. Morre dias depois.
Com o acordo paz, assinado em 27 de janeiro de 1973, os EUA retiram suas tropas de combate da guerra, que termina em 30 de abril de 1975 com uma fuga espetacular dos norte-americanos da embaixada em Saigon, hoje Cidade de Ho Chi Minh, quando os tanques norte-vietnamitas tomam a capital do Vietnã do Sul para reunificar o país.
Mais de 58,2 mil norte-americanos e mais de 2 milhões de vietnamitas morrem na Guerra do Vietnã.
MARK SPITZ CONQUISTA SÉTIMO OURO
Em 1972, o nadador americano Mark Spitz vence a prova de de 400 metros quatro estilos, conquistando sua sétima medalha de ouro com o sétimo recorde mundial na Olimpíada de Munique, na Alemanha.
Spitz nasce em Modesto, na Califórnia, em 10 de fevereiro de 1950. Aos dois anos de idade, a família se muda para o Havaí, onde ele aprende a nadar. Quatro anos mais tarde, Spitz volta para a Califórnia, onde é treinado por Sherm Chavoor, seu grande mentor. Aos 10 anos, mostra seu talento ao bater 17 recordes nacionais e um mundial para sua faixa de idade.
Em apenas cinco anos como profissional, conquistou 11 medalhas olímpicas: 9 de ouro, 1 de prata e uma de bronze. É o segundo maior nadador olímpico e o segundo em medalhas de ouro numa olimpíada (7), superado 36 anos depois por Michael Phelps, que conquistou oito ouros na Olimpíada de Beijim, na, China, em 2008.
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