sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Hoje na História do Mundo: 27 de Setembro

 INVASÃO NORMANDA

    Em 1066, depois de um atraso por causa do mau tempo, Gulherme, Duque da Normandia, embarca seu exército de 7 mil homens e zarpa em direção ao Sudeste da Inglaterra. É o início da Conquista Normanda, um marco na história do país.

O rei Eduardo, o Confessor (1042-66), herdeiro da dinastia anglo-saxã de Alfredo, o Grande (886-899), não tem filhos. Guilherme da Normandia reivindica o trono sob a alegação de que lhe fora oferecido por Eduardo durante uma visita à Inglaterra. Mas os nobres ingleses coroam Haroldo Godwinson, da família mais rica do país, como Haroldo II em 6 de janeiro de 1066.

É um reinado curto. Haroldo II morre na Batalha de Hastings, em 14 de outubro de 1066, e Guilherme, o Conquistador, se torna rei da Inglaterra como Guilherme I mantendo suas possessões na Normandia. Isto levou a conflitos e reivindicações de soberania entre a França e a Inglaterra até a formação de uma aliança, a Entente Cordiale, em 8 de abril de 1904.

COMPANHIA DE JESUS

    Em 1540, o papa Paulo III dá a Inácio de Loyola a carta reconhecendo a criação da Companhia de Jesus ou Ordem dos Jesuítas, que teria um papel fundamental na Contrarreforma, a reação da Igreja Católica à Reforma Protestante, e na colonização da América Latina.

Inácio de Loyola, um ex-soldado do Exército da Espanha, funda o movimento em agosto de 1534 com seis estudantes. Eles fazem votos de castidade e pobreza, e fazem planos para converter os muçulmanos.

Como a Terra Santa está sob o domínio do Império Otomano, sem poder chegar em Jerusalém, Inácio de Loyola vai a Roma e pede autorização ao papa para criar a ordem.

Logo, os jesuítas vão para a América Latina, onde fundam São Paulo e criam a chamada República Comunista Cristã dos Guaranis, para o Congo, a Etiópia e a Índia. Santo Inácio de Loyola é canonizado.

Os jesuítas são fundamentais na colonização e na educação da América Latina, já que os impérios Português e Espanhol entregam as escolas à Igreja Católica. Em 28 de junho de 1759, pouco depois da destruição da República Guarani, o todo-poderoso primeiro-ministro português, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marques do Pombal, expulsa os jesuítas do Império Português.

PAZ AMERICANA

    Em 1779, durante a Guerra da Independência (1775-83), o Congresso Continental nomeia John Adams, que seria o segundo presidente dos Estados Unidos (1797-1801), como ministro plenipotenciário para ir à França negociar tratados de paz e de comércio com o Império Britânico.

A guerra começa em abril de 1775 sem o objetivo de proclamar a independência, o que acontece em 4 de julho de 1776. Até então, era uma guerra civil dentro do Império Britânico, com os colonos americanos reivindicando mais direitos. Tudo muda com o lançamento em 10 de janeiro de 1776 do panfleto Sementes do Homem, do revolucionário britânico Tom Paine.

O navio de Adams não chega a Brest, na França. Aporta em El Ferrol, no Noroeste da Espanha. Os norte-americanos atravessam os Montes Pirineus no lombo de mulas e chegam a Paris em fevereiro de 1780. O Tratado de Paris, reconhecendo a independência dos EUA, é assinado em 3 de setembro de 1783.

RENDIÇÃO DA POLÔNIA

    Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Polônia se rende à Alemanha Nazista, que prende 140 mil militares poloneses e começa uma campanha de terror contra a elite do país, executando empresários, fazendeiros, médicos e intelectuais na chamada Ação Extraordinária de Pacificação.

A guerra começa com o bombardeio de Gdansk e a invasão por terra da Polônia, sob a acusação de que alemães estavam sendo discriminados, maltratados e agredidos no país. (Qualquer semelhança com a desculpa do ditador russo Vladimir Putin para invadir a Ucrânia não é mera coincidência.)

Numa única diocese, 214 padres são mortos porque os nazistas temem que a Igreja Católica seja um foco de resistência. A perseguição aos judeus leva à instalação do campo de concentração de Auschwitz num antigo quartel do Exército da Polônia. É o maior centro de extermínio do Holocausto, onde morrem 1,5 milhão de pessoas, sendo 1,1 milhão de judeus.

EIXO DO MAL

    Em 1940, a Alemanha Nazista e a Itália Fascista assinam o pacto tripartite com o Império do Japão, formando o Eixo, que se opõe aos aliados (Reino Unido e depois Estados Unidos e União Soviética) na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Os objetivos do Eixo são a expansão territorial, com a formação de impérios com base na conquista militar, acabar com a ordem mundial pós-Primeira Guerra Mundial e com o comunismo soviético.

Em 1º de novembro de 1936, uma semana depois de firmar um tratado de amizade, a Alemanha e a Itália anunciam a criação do Eixo Roma-Berlim. 

Em 25 de novembro de 1936, a Alemanha nazista e o Japão imperial assinam o Pacto Anti-Internacional Comunista (Comintern) em oposição à URSS. A Itália adere em 6 de novembro de 1937. 

Em 22 de maio de 1939, a Alemanha e a Itália firmam um tratado conhecido como Pacto de Aço, formalizando a aliança do Eixo através de provisões militares. 

Depois do início da guerra, em 27 de setembro de 1940, a Alemanha, a Itália e o Japão assinam o Pacto Tripartite, mais conhecido como o Eixo.

PRIMAVERA EM SILÊNCIO

    Em 1962, a bióloga Rachel Carson lança o livro Primavera Silenciosa, um marco do início do movimento ecológico nos Estados Unidos, publicado inicialmente na revista The New Yorker, para alertar sobre o impacto dos agrotóxicos sobre a natureza.

Carson nasce em 27 de maio de 1907 em Springdale, no estado da Pensilvânia, onde seus pais têm uma propriedade rural de 26 hectares. Leitora ávida, na juventude Rachel lê grandes escritores como Herman Melville, Joseph Conrad e Robert-Louis Stevenson. Ela conclui um mestrado em zoologia na Universidade Johns Hopkins em 1932. Nas próximas décadas, pesquisa os ecossistemas da Costa Oeste.

No fim dos anos 1950, manifesta preocupação com a ação pesticidas sobre o ambiente natural. A Sociedade Audubon lhe pede então que escreva um livro com foco principal no DDT. Ela pesquisa durante quatro anos.

A indústria química reage com dureza, acusando-a se ser "uma defensora fanática do culto do equilíbrio da natureza" e "provavelmente comunista". Ela morre de câncer dois anos depois da publicação do livro.

Os EUA criam a Agência de Proteção Ambiental em 1970 e o DDT começa a deixar de ser usado a partir de 1972.

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