sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Hoje na História do Mundo: 13 de Setembro

 BATALHA DO QUEBEC

    Em 1759, as forças do Império Britânico vencem a França na Batalha do Quebec durante a Guerra dos Sete Anos (1756-63), em que os britânicos tomam as possessões francesas na Índia e quase todas na América do Norte.

O conflito começa dois anos antes, com uma disputa entra os impérios Francês e Britânico sobre o controle do alto Rio Ohio, se é parte da colônia da Virgínia ou não, seria parte de Louisiana Francesa, que seria vendida por Napoleão Bonaparte em 1804. É uma disputa pelo coração da América do Norte.

No Quebec, na Batalha da Planície de Abraham, o general James Wolf lidera os britânicos e o Marquês de Montcalm os franceses. Os dois comandantes morrem de ferimentos sofridos na batalha. 

Dentro de um ano, o Canadá Francês capitula diante das forças britânicas. Com o fim da guerra, em 1763, a França cede praticamente todas as suas possessões no Canadá, menos o Quebec, hoje a única província do Canadá onde a maioria da população população (75%) fala francês como primeira língua.

FASCISTAS INVADEM EGITO

    Em 1940, a Itália Fascista do ditador Benito Mussolini cruza a fronteira da Líbia, uma colônia italiana na época, e ataca o Egito na Segunda Guerra Mundial (1939-45). 

Na sua expansão econômica imperialista, a Itália ocupa a Líbia em 1912. Mussolini chega ao poder em 1922. A partir de 1935, ano em que invade a Etiópia, Mussolini envia camponeses para a Líbia para reduzir a superpopulação italiana. Quando a guerra começa, a Itália tem bastante gente no Norte da África.

O delírio de grandeza do fascismo é resgatar a glória do Império Romano. A invasão do Egito se insere neste contexto. A estratégia italiana é avançar ao longo da costa da Líbia e do Egito para tomar o Canal de Suez. No caminho, há forças do Império Britânico e da França Livre.

O 10º Exército da Itália avança 105 quilômetros no território egípcio. Enfrenta a 7ª Divisão de Blindados do Exército Real britânico. Em 16 de setembro, a ofensiva para e os italianos decidem se entrincheirar no porto de Sidi Barrani.

Antes que os italianos recuperem as forças para retomar o ataque, em 8 de dezembro de 1940,  os britânicos atacam os acampamentos italianos fora de Sidi Barrani, na Operação Compasso, de cinco dias, desarticulam o exército fascista e perseguem os remanescentes em fuga dentro de território da Líbia, em Bardia, Tobruk, Dema, Mechvili e no Golfo de Sirte.

MASSACRE NA PRISÃO

    Em 1971, a polícia de Nova York ataca a Instituição Correcional Attica para controlar um motim de presos que tomam 40 reféns. Pelo menos 29 presos e 10 reféns morrem.

A prisão de Attica, de 1931, é uma das últimas grandes prisões construídas nos Estados Unidos. Tem paredes de 60 centímetros de espessura e 9 metros de altura. Os apenados passam 14 horas por dia em celas superlotadas e insanas, não recebem atendimento de saúde, a comida é ruim e falta recreação.

Em 9 de setembro de 1971, dois agentes tentam disciplinar dois presos que estariam brigando. No dia seguinte, os presos se rebelam e tomam 40 agentes penitenciários como reféns. Quando o governador Nelson Rockefeller manda a polícia de Nova York invadir, acontece o massacre.

ACIDENTE NUCLEAR EM GOIÂNIA

    Em 1987uma cápsula do elemento radioativo césio-137 abandonada em Goiânia, a capital do estado de Goiás, é vendida por catadores a um ferro-velho, onde é aberta cinco dias depois por trabalhadores que ficam maravilhados com o conteúdo de um azul radiante que chega a ser esfregado em uma menina como se fosse decorativo e é distribuído entre amigos e parentes.

Seis pessoas morrem e 1,6 mil são afetadas.

A cápsula usada em tratamentos de medicina nuclear é abandonada dentro de uma máquina obsoleta pelo Instituto de Radiologia de Goiânia quando muda de sede, em 1985, sem observar as medidas cautelares previstas em lei. Vai parar no ferro-velho e causa a tragédia.

PROCESSO DE PAZ

    Em 1993, o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, e o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, dão um histórico aperto de mãos nos jardins da Casa Branca, ao lado do presidente Bill Clinton, e anunciam um acordo para iniciar um processo de paz com o objetivo de acabar com o conflito árabe-israelense.

A ideia de criar uma pátria para o povo judeu ganha força no fim do século 19 com os pogroms (massacres) na Europa Oriental e o caso Alfred Dreifus, um capitão do Exército da França acusado de ser espião para a Alemanha, condenado e enviado para a prisão da Ilha do Diabo, na Guiana Francesa.

Em 2 de dezembro de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), na Declaração de Balfour, em carta ao Barão de Rothschild, líder da comunidade judaica no Reino Unido, o ministro do Exterior britânico, Arthur James Balfour, promete fundar uma pátria para os judeus no território histórico da Palestina, se o Império Otomano for derrotado.

A promessa estimula a migração de judeus para a Palestina. O conflito com os árabes começa nos anos 1920 e se intensifica com a ascensão do nazismo ao poder na Alemanha, em 1933, e da imigração de judeus. Isto leva à Revolta Árabe (1936-39).

Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Assembleia Geral das Nações Unidas, sob a presidência do chanceler brasileiro, Oswaldo Aranha, aprova a divisão da Palestina e a criação do Estado Nacional judaico. 

Quando Israel é fundada, em 14 de maio de 1948, os vizinhos árabes rejeitam o Estado judaico e entram numa guerra vencida por Israel no início de 1949. Cerca de 750 mil árabes são expulsos, dando origem ao movimento nacional palestino.

A Guerra dos Seis Dias, de 5 a 10 de junho de 1967, termina com uma vitória-relâmpago de Israel e a ocupação da Faixa de Gaza e da Península do Sinai, que eram parte do Egito; das Colinas do Golã, da Síria; e da Cisjordânia, que era parte da Jordânia, inclusive o setor árabe de Jerusalém.

Com mais uma derrota árabe na Guerra do Yom Kippur, em outubro de 1973, o ditador do Egito, Anuar Sadat, se aproxima dos Estados Unidos, vai a Israel e negocia a paz em troca da devolução do Sinai. Sadat paga com a vida, é assassinado oito anos depois do início da guerra, em 6 de outubro de 1981. A paz entre árabes e judeus depende de mais negociações, que não acontecem.

O processo de paz entre Israel e os palestinos começa na Conferência de Madri, em 30 e 31 de outubro de 1991, depois da guerra para expulsar os iraquianos do Kuwait, quando Israel foi atacado e não retaliou para manter a unidade da aliança contra o Iraque de Saddam Hussein, liderada pelos Estados Unidos,

Sem sucesso no início, o processo de paz anda com negociações secretas em Oslo, a capital da Noruega, que resultam em 1993 no acordo anunciado na Casa Branca e na criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP). O assassinato do primeiro-ministro Rabin, em 4 de novembro de 1995, por um ultradireitista israelense é um golpe na paz.

No ano seguinte, chega ao poder o primeiro-ministro direitista Benjamin Netanyahu, que arrasta as negociações enquanto amplia a colonização da Cisjordânia ocupada para criar uma política de fato consumado, origem da atual estagnação no processo de paz. Mesmo no breve período em que Netanyahu não liderou o governo, as negociações com os palestinos não avançaram.

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