NAPOLEÃO INVADE A RÚSSIA
Em 1812, o Grande Exército de Napoleão Bonaparte, a maior força militar organizada na Europa até então, com mais de 600 mil homens, invade a Rússia rumo à maior derrota de um dos maiores generais de todos os tempos.
Napoleão declara guerra à Rússia depois que o czar Alexandre I se nega a aderir ao Bloqueio Continental contra o Reino Unido. A epopeia é narrada no livro Guerra e Paz, do escritor russo Leon Tolstoy, um dos maiores clássicos da história da literatura.
BLOQUEIO DE BERLIM
Em 1948, a União Soviética inicia o Bloqueio de Berlim Ocidental, um dos momentos de grande tensão do início da Guerra Fria.
Quando termina a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a União Soviética ocupa o Leste da Alemanha e os EUA, o Reino Unido e a França o Oeste. A capital alemã, que fica dentro da zona de ocupação soviética, também é dividida.
Em 7 de março de 1948, os aliados ocidentais estendem o Plano Marshall para a reconstrução da Europa à Alemanha e unem suas zonas de ocupações com o objetivo de criar um Estado federativo, a República Federal da Alemanha ou Alemanha Ocidental.
O Bloqueio de Berlim Ocidental é uma tentativa do ditador soviético Josef Stalin de forçar a unificação da cidade.
Logo os aliados fazem uma ponte aérea. Até 30 de setembro de 1949, as forças áreas dos EUA e do Reino Unido fazem 278.228 voos para levar 2.334.274 toneladas de suprimentos para Berlim Ocidental. Stalin suspende o bloqueio em 12 de maio de 1949.
O Bloqueio de Berlim é uma das razões da criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelo EUA, em 4 de abril de 1949, em Washington.
Com a fuga em massa de alemães-orientais para o Ocidente, na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, a Alemanha Oriental ergue uma barreira, o Muro de Berlim, principal cicatriz da divisão do mundo.
A abertura do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, é um marco do fim da Guerra Fria. Em 3 de outubro de 1990, a Alemanha é reunificado. Para os alemães, finalmente, acaba a Segunda Guerra Mundial.
NOIVADO DE KENNEDY E JACKIE
Em 1953, o senador John Kennedy e Jaqueline Bouvier anunciam seu noivado.
Ele seria o mais jovem presidente da história dos Estados Unidos e Jaqueline Kennedy, a primeira-dama mais charmosa e popular. Quando Kennedy, é assassinado, em Dallas, no Texas, em 22 de novembro de 1963, Jackie tenta segurar os pedaços do cérebro do marido.
O funeral, liderado pela primeira-dama, os jovens irmãos do presidente e vários chefes de Estado, é transmitido ao vivo e revela, na visão do sociólogo Marshall McLuhan, o caráter ritual da televisão em grandes cerimônias, como veríamos nos enterros de Ayrton Senna e da princesa Diana.
SENADO REPELE RESOLUÇÃO QUE LEVOU À GUERRA DO VIETNÃ
Em 1970, o Senado dos Estados Unidos repele a Resolução do Golfo de Tonkin, que aprovara em 1964 a declaração de guerra ao Vietnã do Norte.
O líder comunista Ho Chi Minh declara a independência do Vietnã em 2 de setembro de 1945, quando o Japão assina formalmente a rendição na Segunda Guerra Mundial, anunciada pelo imperador Hiroíto em 15 de agosto, depois dos bombardeios nucleares a Hiroxima, em 6 de agosto, e Nagasaki, em de agosto.
Desde 1887, o Vietnã era um protetorado da França, parte da Indochina Francesa junto com o Laos, o Camboja e parte da província chinesa de Cantão. O Japão invade o Vietnã em 22 de setembro de 1940, depois de ocupar o Leste da China em 1937.
Com a derrota do Japão, Ho Chi Minh declara a independência, mas a França tenta retomar a colônia. A Primeira Guerra da Indochina começa em 19 de dezembro de 1946 e termina em 1º de agosto de 1954, depois da vitória vietnamita na Batalha de Dien Bien Phu, travada de 13 de março a 7 de maio de 1954.
Em 21 de julho de 1954, em plena Guerra Fria, a Conferência de Paz de Genebra divide o país em Vietnã do Norte, comunista, e o Vietnã do Sul, capitalista. O país deve ser reunificado com a realização de eleições. Como tudo indica que os comunistas vencerão, os Estados Unidos, que herdam o poder geopolítico do colonialismo europeu, vetam as eleições.
A Segunda Guerra da Indochina ou Guerra do Vietnã começa em 1º de novembro de 1955. Os EUA apoiam militar e financeiramente o Sul, enquanto o Norte cria um movimento guerrilheiro, o Vietcongue, no Vietnã do Sul.
No início, os EUA enviam apenas assessores militares. Durante o governo John Kennedy (1961-63), há mais de 2,8 mil militares norte-americanos no país e alguns entram em combate.
O incidente do Golfo de Tonkin é forjado pelo governo Lyndon Johnson (1963-69) para conseguir a aprovação do Congresso para declarar guerra ao Vietnã do Norte.
Em 2 de agosto de 1964, os norte-americanos entram em choque com forças norte-vietnamitas quando realizam uma operação secreta em águas territoriais do Vietnã do Norte. Dois dias depois, o capitão John Herrick relata que dois contratorpedeiros dos EUA foram atacados no Golfo de Tonkin.
O Congresso aprova a Resolução do Golfo de Tonkin em 7 de agosto, autorizando a entrada de forças dos EUA diretamente na guerra. Em 1967, o ex-oficial da Marinha John White escreve uma carta ao jornal New Haven Register, de Connecticut, acusando o presidente Johnson, o secretário da Defesa, Robert McNamara, e o comando do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA de mentir ao Congresso.
Uma investigação conclui que o incidente foi forjado. Não havia navios vietnamitas na área do suposto incidente. O próprio Johnson teria dito reservadamente que os navios de guerra dos EUA atiravam em baleias.
Mais de 58 mil norte-americanos morrem na Guerra do Vietnã. Depois de um acordo de paz assinado em 27 de janeiro de 1973, os EUA retiram suas forças de combate do país em 29 de março do mesmo ano. A guerra termina em 30 de abril de 1975, com a queda de Saigon, capital do Vietnã do Sul, hoje Cidade de Ho Chi Minh, e uma fuga espetacular da Embaixada dos EUA.
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