domingo, 11 de junho de 2023

Hoje na História do Mundo: 11 de Junho

PRIMEIRO DE SEIS CASAMENTOS REAIS

    Em 1509, Henrique VIII, da Inglaterra, casa com a primeira de suas seis mulheres, Catarina de Aragão, filha dos reis católicos da Espanha, Fernando de Aragão e Isabel de Castela.

Henrique VIII é filho de Henrique VII, que ascende ao trono depois de derrotar Ricardo III na Batalha de Bosworth, em 1485, no fim da Guerra das Duas Rosas (1455-87). Quer um filho homem para herdar o trono e acabar com as guerras de príncipes pretendentes à coroa.

Como Catarina tem uma filha mulher, Maria I, Henrique VIII se divorcia para casar com Ana Bolena. Para isso, rompe com o Vaticano faz a reforma protestante na Inglaterra, em 1534. Ana Bolena lhe dá outra filha, Elizabeth I, a rainha mais poderosa da história do país.

A terceira mulher, Jane Seymour, tem um filho homem. Mas Eduardo VI é fraco e morre antes de completar 16 anos, depois de 6 anos no trono. Maria I e Elizabeth I disputam o trono, numa guerra civil entre católicos e protestantes, reiniciada o século 17 na Guerra Civil Inglesa.

BATALHA DO RIACHUELO

    Em 1865, a Marinha do Brasil, sob o comando do almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, o Barão do Amazonas, vence a força naval paraguaia, no arroio Riachuelo, afluente do Rio Paraná, na província de Corrientes na Argentina, durante a Guerra do Paraguai. É a maior batalha da história naval brasileira.

A navegação na Bacia do Prata é uma das causas da Guerra do Paraguai ou a Guerra da Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai), conhecida no Paraguai como a Guerra Grande. As forças aliadas estão sob o comando do presidente da Argentina, Bartolomeu Mitre, mas a Marinha do Brasil não está subordinada a ele.

O comandante da Marinha do Brasil é o almirante Joaquim Marques Lisboa, o Visconde e futuro Marquês de Tamandaré, que manda Barroso, o chefe do Estado-Maior. Sua frota sai de Montevidéu em 28 de abril, ataca a cidade argentina de Corrientes, que está sob controle paraguaio, vence a batalha, mas não consegue manter a ocupação.

Como o ataque detém o avanço do Paraguai pelo Rio Paraná, o ditador Francisco Solano López decide atacar a frota do Brasil. A esquadra paraguaia sai de Humaitá no dia 10 para encontrar a força naval brasileira na madrugada do dia 11. Uma avaria no navio Iberá atrasa os paraguaios. 

As duas esquadras se avistam às nove da manhã de 11 de junho. A esquadra brasileira estacionada a 25 quilômetros ao sul de Corrientes. Tem nove navios com um total de 59 canhões, 1.113 fuzileiros navais e 1.174 soldados do Exército Imperial. A Marinha do Paraguai tem 8 navios com 38 canhões mais 7 chatas, cada uma com um canhão.

Às 9h25, o almirante Barroso iça uma faixa dizendo: "O Brasil espera que cada um cumpra seu dever." Traduzia a frase do almirante inglês Horace Nelson na Batalha de Trafalgar, em 1805, considerada uma das mais importantes batalhas navais da história, que impediu o francês Napoleão Bonaparte de invadir a Inglaterra.

O Brasil faz três cargas. O Paraguai perde quatro navios e quatro chatas. O resto da frota foge rio acima. Às 17h30, a batalha está terminada com uma vitória decisiva do Brasil. A partir daí, a Tríplice Aliança controla a Bacia do Prata até a fronteira do Paraguai. Não só pode fornecer apoio logístico às forças terrestres como impede o Paraguai de ter contato com o exterior.

GUARDA NACIONAL GARANTE ENTRADA DE NEGROS EM UNIVERSIDADE

    Em 1963, por ordem do presidente John Kennedy, a Guarda Nacional rompe o bloqueio imposto pelo governador George Wallace na Universidade do Alabama em Tuscaloosa e garante o acesso de dois jovens negros, James Hood e Vivian Malone.

Wallace, um dos mais notórios racistas da história recente dos Estados Unidos é eleito em 1962 com uma plataforma claramente racista: "Segragação agora! Segregação amanhã! Segregação para sempre!" Vai pessoalmente à universidade para impedir a entrada dos negros.

A Suprema Corte decide em 1954 que a segregação é inconstitucional. Kennedy está determinado a aplicar a decisão. Em 10 de junho, federaliza a Guarda Nacional do Alabama. No dia seguinte, manda garantir o acesso dos negros à universidade. Wallace acaba aceitando.

FIM DA GUERRA COM OCUPAÇÕES QUE PERSISTEM ATÉ HOJE

    Em 1967, termina a Guerra dos Seis Dias com ampla vitória de Israel sobre o Egito, a Síria e a Jordânia, e a ocupação da Península do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, inclusive do setor oriental (árabe) de Jerusalém, e das Colinas do Golã.

Cessaram as hostilidades, mas o conflito subsiste até hoje com a questão dos territórios árabes ocupados. Depois da Guerra do Yom Kippur (1973), a maior empreitada militar árabe da era moderna, o novo ditador do Egito, Anuar Sadat, abandona a aliança com a União Soviética em 1977, se alia aos EUA e faz a paz com Israel nos Acordos de Camp David, em 1979, para recuperar o Sinai.

Há um ditado no Oriente Médio que diz: "Não há guerra sem o Egito [maior exército do mundo árabe] nem paz sem a Síria." Nunca mais os países árabes se unem contra Israel, que anexa as Colinas do Golã em 1981, inviabilizando a paz com a Síria.

O Egito e a Jordânia abrem mão da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, onde seria criado um país para os palestinos. Isso não aconteceu até hoje. Israel se retira de Gaza em 2005, mas mantém o controle do espaço aéreo e do mar. Desde 2007, o território é controlado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que trava repetidas guerras com Israel.

Na Cisjordânia, há 100 colônias ilegais à luz do direito internacional onde vivem 450 mil israelenses, além de 220 mil no setor oriental de Jerusalém, anexado ilegalmente por Israel em 1980, quando a Knesset, o parlamento israelense, declara que a cidade unificada é a capital indivisível de Israel.

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