quarta-feira, 7 de junho de 2023

Barragem explode no início da contraofensiva da Ucrânia

A Rússia e a Ucrânia se acusam pela destruição parcial da barragem da usina hidrelétrica de Nova Kakhovka, no Rio Dnipro, o maior da Ucrânia, no terceiro dia de uma contraofensiva ucraniana para tentar recuperar os territórios ocupados pela invasão russa. 

A dimensão real da catástrofe só será conhecida nos próximos dias, quando a água se estabilizar. Cerca de 25 mil pessoas podem ser afetadas diretamente. Estão sento retiradas da região.

Com a inundação, fica mais difícil um avanço das forças ucranianas na região de Kherson, o que interessa à Rússia. Mas, ao mesmo tempo, a barragem é a principal fonte de abastecimento de água da Península da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014. Pode ser o pior acidente ecológico na Ucrânia desde a explosão na usina nuclear de Chernóbil, em 1986, ainda na era soviética.

Em última análise, como observou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ex-primeiro-ministro de Portugal, "esta é mais uma consequência arrasadora da invasão russa à Ucrânia."

Os mercenários da empresa de segurança russa Wagner, do senhor da guerra Yevgueni Prigojin, prenderam o comandante de uma brigada do Exército da Rússia, em mais de um desafio à cúpula militar russa, acusada por ele pelo fracasso na guerra até aqui.

A França se opõe à abertura em Tóquio de um escritório de ligação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Como a guerra começou dias depois que os ditadores Xi Jinping e Vladimir Putin anunciaram uma "parceria ilimitada", o Japão e a Coreia do Sul, aliados dos EUA, praticamente dobraram os orçamentos militares.

Depois de incidentes no Mar do Sul da China e no Estreito de Taiwan, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, criticou o governo chinês por rejeitar o diálogo para evitar que esses casos degenerem em conflito.

Em entrevista ao jornal Financial Times, o embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores, hoje principal assessor internacional do governo Lula, reiterou a disposição do Brasil de mediar o fim da guerra, responsabilizou os EUA e a expansão da OTAN, e afirmou que as preocupações de segurança da Rússia precisam ser levadas em conta. Meu comentário:

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