quinta-feira, 13 de abril de 2023

China: de Império do Centro a superpotência

O país que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está visitando é uma das mais antigas civilizações da humanidade, com 4 mil anos de história. Era o centro do mundo na Ásia e uma das fábricas do mundo. Depois de um século de humilhações diante do imperialismo ocidental, a revolução comunista tinha como objetivo central acabar com essa posição de inferioridade.

Hoje, a China é a segunda maior economia do mundo e a maior potência industrial do planeta, rivalizando com os Estados Unidos. É também, desde 2009, a maior parceira comercial do Brasil. Compra do Brasil dois terços de suas importações de soja e 40% de suas importações de carne. É responsável por dois terços do saldo comercial brasileiro.

No ano passado, o Brasil faturou US$ 91 bilhões com as exportações para a China. Como a economia chinesa sofreu com a política de covid-zero, abandonada em dezembro, em 2022, a participação da China nas exportações brasileiras baixou de 30% para 27%. Para comparar, os EUA têm 11% e a Argentina 4,6%.

A soja, o minério de ferro e o petróleo respondem por 79% das exportações brasileiras para a China, seguidas por açúcar e carnes. Os produtos manufaturados vem em nono lugar. O Brasil importou US$ 61,6 bilhões da China, principalmente produtos da indústria de transformação. É uma reação neocolonial que o governo Lula quer mudar para reindustrializar o país.

Em 2020, a China tinha investimentos de US$ 70 bilhões no Brasil, em comparação com mais de US$ 270 bilhões dos EUA. O governo brasileiro quer atrair mais investimentos chineses, especialmente nos setores de infraestrutura, energias renováveis, mineração e na indústria automobilística. Uma companhia chinesa pode comprar a fábrica da Ford na Bahia.

Outro tema importante da visita é a Guerra da Ucrânia. Lula propõe a criação de um "clube da paz", um grupo de países para tentar negociar o fim do conflito em que a China teria posição de destaque porque é o país que tem mais poder de pressão sobre o ditador da Rússia, Vladimir Putin. 

A revista inglesa The Economist disse que o Brasil está de volta ao mundo, mas criticou a política externa brasileira, considerando-a "hiperativa, ambiciosa e ingênua. Meu comentário:

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