sexta-feira, 28 de abril de 2023

Hoje na História do Mundo: 28 de Abril

 MOTIM NO BOUNTY

    Em 1789, durante uma viagem do Taiti para o Caribe, um motim liderado pelo capitão Flechter Christian, toma o navio britânico Bounty, deixa o capitão William Bligh, autoritário e opresssor, e 18 marinheiros leais a ele num pequeno barco à deriva no Oceano Pacífico e segue para Tubuai, ao sul do Taiti.

O Bounty sai do Taiti em 4 de abril com uma carga de fruta-pão. Perto de Tonga, Christian e outros 28 marinheiros se amotinam. No pequeno barco de 7 metros, Bligh e seus homens chegam ao Timor em 14 de junho depois de uma viagem de 5.750 quilômetros em mar aberto.

Com o fracasso da colônia, em janeiro de 1790, os rebeldes do Bounty vão para o Taiti, onde 16 resolvem ficar. Christian e outros oito amotinados, seis homens taitianos e pelo menos 12 mulheres e uma criança vão para Pitcairn, uma ilha vulcânica desabitada a mais de 1,6 mil km do Taiti.

Os amotinados que ficaram no Taiti são presos. Três são enforcados. 

Em 1808, um navio baleeiro norte-americano vê fumaça no ar e descobre uma comunidade liderada por John Adams, único sobrevivente do motim do Bounty. Um navio britânico lhe concedeu anistia em 1825.

A história é contada no filme Motim no Bounty, com Marlon Brando como Fletcher Christian.

LIGA DAS NAÇÕES

    Em 1919, a Conferência de Versalhes decide criar a Sociedade das Nações ou Liga das Nações, a primeira organização internacional de caráter universal dedicada à paz mundial. É uma das 14 propostas do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-21), para acabar com a Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Os EUA historicamente não se envolviam em guerras na Europa. Para convencer os norte-americanos da necessidade de entrar na guerra, Wilson afirma que é "a guerra para acabar com todas as guerras". Em 8 de janeiro de 1918, ele apresenta o plano de paz de 14 pontos ao Congresso dos EUA.

A participação dos EUA é decisiva para a derrota da Alemanha pelos aliados, Reino Unido e França. Com a derrota, desaparecem os impérios Alemão, Austro-Húngaro, Russo e Otomano (turco). A conferência de paz, dominada pelos vencedores, é conhecida como "a paz para acabar com todas as pazes".

Quando o Tratado de Versalhes, que impõe pesadas indenizações à Alemanha, é assinado, em 28 de junho de 1919, 44 países assinam junto a Convenção da Liga das Nações, instalada em 20 de janeiro de 1920.

Wilson ganhou o Prêmio Nobel da Paz por criar a Liga das Nações, mas o Senado dos EUA não ratificou a Convenção da Liga das Nações. Assim, o país ficou fora. O Brasil sai em 1925, em protesto por não fazer parte do conselho.

A Liga dá mandatos aos impérios Britânico e Francês para administrar o Oriente Médio depois da dissolução do Império Otomano, em tese, para preparar os países árabes para a independência. O moderno Oriente Médio surge daí.

Mas a Liga não cria uma estrutura para garantir a paz. Todos os países têm o mesmo voto. Quando o Japão invade a Manchúria, em 1931, e o Leste da China, em 1937; a Itália Fascista de Benito Mussolini ocupa a Etiópia, em 1935; e a Alemanha Nazista de Adolf Hitler anexa a Áustria e a Tcheco-Eslováquia, em 1938 e 1939; a Liga não reage. Não consegue evitar a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

A Liga das Nações faz sua última reunião em abril de 1946.

Outro presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt (1933-45), articula durante a guerra a criação da Organização das Nações Unidas, que autoriza o uso da força com a aprovação do Conselho de Segurança. Como cinco grandes vencedores da guerra têm direito de veto, o sistema ONU cria um condomínio de grandes potências com recursos e capacidade militar para intervir. 

O veto causa uma paralisia do sistema. Raramente há um consenso para usar a força. As grandes potências se dão o direito de ir à guerra e de vetar qualquer resposta da ONU e ainda protegem aliados.

MUSSOLINI E AMANTE EXECUTADOS

    Em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), o líder fascista e ditador da Itália, Benito Mussolini, o Duce, e sua amante, Clara Petacci, são fuzilados por guerrilheiros comunistas da resistência antifascista quando tentavam fugir para a Suíça.

Fundador do fascismo, Mussolini vira primeiro-ministro da Itália em 31 de outubro de 1922, mais de 10 anos antes de Adolf Hitler na Alemanha, seu grande aliado na guerra em que entrou em 10 de junho de 1940.

Cai pela primeira vez em 25 de julho de 1943, quando é deposto pelo Grande Conselho por levar a Itália a uma derrota militar desastrosa, nomear incompetentes para altos cargos e alienar grande parte da população.

Preso no mesmo dia, ao sair de uma audiência de rotina com o rei Vítor Emanuel III para fazer um relato sobre a guerra, Mussolini é resgatado por forças especiais da Alemanha. Até a derrota final, chefia um governo, a República Social Italiana, nas regiões da Itália não dominadas pelos aliados.

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