ABERTO O CANAL DO PANAMÁ
Em 1914, o navio de carga e de passageiros norte-americano Ancon é o primeiro a atravessar o Canal do Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico.
O Panamá pertencia å Colômbia, enfraquecida pela Guerra dos Mil Dias (1899-1902). Quando o Senado colombiano rejeita a proposta dos EUA, uma intervenção militar norte-americana promove a independência do Panamá, que cede aos EUA o controle da Zona do Canal.
Só em 1977, o ditador Omar Torrijos negocia com o presidente Jimmy Carter a soberania sobre o canal. Em 1999, o Panamá assume o controle, fator de grande prosperidade do país nas últimas décadas.
FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Em 1945, depois dos bombardeios nucleares dos Estados Unidos a Hiroxima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto, o imperador Hiroíto anuncia a rendição incondicional do Japão, pondo fim à Segunda Guerra Mundial (1939-45).
A rendição é formalizada em 2 de setembro, quando vários países asiáticos ocupados pelo Japão declaram independência de seus colonizadores ocidentais, inclusive a Indonésia e o Vietnã.
O Império do Japão invade a Manchúria em 1931 e o resto da China em 1937. De certa forma, começa a Segunda Guerra Mundial na Ásia antes da invasão da Alemanha nazista à Polônia, em 1º de setembro de 1939, início da guerra na Europa. Entra na guerra oficialmente ao bombardear a 7ª Frota dos EUA em Pearl Harbor, no Havaí, quando os norte-americanos entram na guerra.
Durante a guerra, o Japão invade os países do Sudeste Asiático colonizados por potências europeias sob a desculpa de libertá-los do imperialismo ocidental, mas é uma força de ocupação violenta e brutal.
Diante da impressionante defesa do Japão durante as batalhas de Iwo Jima e Okinawa, em 1945, os EUA estimam que a invasão das quatro maiores ilhas do arquipélago japonês custaria 1 milhão de vidas e decidem usar a bomba atômica, testada pela primeira vez em 16 de julho em Alamogordo, no Novo México.
No seu primeiro pronunciamento pelo rádio, ao justificar a rendição, humilhante na cultura japonesa, que aconselha a lutar até a morte, Hiroíto alega que "o inimigo começou a usar a bomba mais cruel, com poder para produzir danos realmente incalculáveis, tirando muitas vidas inocentes". Em sua memória oral, publicada depois da guerra confessa o temor que "a raça japonesa seria destruída se a guerra continuasse".
Com a derrota, o imperador é obrigado a renunciar a seu status divino. Fica no cargo porque os americanos o mantêm como símbolo da identidade nacional. Em 1952, o Japão recupera a independência, mas até hoje há forças dos EUA no país.
INDEPENDÊNCIA E DIVISÃO DA ÍNDIA
Em 1947, a Índia e o Paquistão conquistam a independência do Império Britânico acabando com 200 anos de dominação colonial.
O líder indiano Mohandas Gandhi, o Mahatma, saúda "o ato mais nobre da nação britânica". Mas o país se divide. As províncias de maioria hindu formam a República da Índia e as muçulmanas, o Paquistão. A Caxemira, de maioria muçulmana, vira o pomo da discórdia e causa a primeira e a segunda guerras entre os dois inimigos históricos e potências nucleares, em 1947 e 1965.
Pelo menos 20 milhões de pessoas migram de um lado para o outro e 2 milhões morreram. Índia e Paquistão voltaram a entrar em guerra em 1971, quando a Índia apoiou a independência de Bangladesh, a República de Bengala, antigo Paquistão Oriental.
Também houve um conflito que alguns historiadores chamam de guerra em 1999 na região de Cargill, na Cordilheira do Himalaia.
PAZ, AMOR E MÚSICA EM WOODSTOCK
Em 1969, começa o Festival de Woodstock, o mais emblemático dos anos 1960 e da era hippie, três dias de paz, amor e rock'n'roll numa fazenda da cidade de Bethel, no estado de Nova York, encerrado três dias depois com Jimi Hendrix apresentando uma versão épica do Hino dos Estados Unidos distorcido para lembrar os bombardeios da Guerra do Vietnã.
Os organizadores querem levantar dinheiro para criar um estúdio e um retiro para músicos na cidade de Woodstock, que nega permissão para o evento, quase abandonado. A solução vem do produtor de leite Max Yasgur, que oferece sua fazenda de 240 hectares em Bethel, a cerca de 80 quilômetros de Woodstock.
Os ingressos custam 6 e 8 dólares por dia, mas a maioria das 400 mil pessoas pula a cerca e entra de graça. O prejuízo inicial é estimado em US$ 1,3 milhão, cerca de US$ 9 milhões pela cotação de hoje. Durante três dias, ouvem músicos como Hendrix, Richie Havens, Joan Baez, Janis Joplin, Joe Cocker, The Who, Jefferson Airplane, Ten Years After, Crosby Stills Nash & Young.
Pouco mais de uma década depois, o festival começa a dar lucro, com a venda dos discos, do filme e de lembranças deste grande marco na história do rock.
VOLTA DOS TALEBÃ
Em 2021, com a retirada dos Estados Unidos, a Milícia dos Talebã (Estudantes) volta ao poder no Afeganistão depois de quase 20 anos e reimpõe o regime fundamentalismo islâmico que oprime especialmente as mulheres, proibidas de estudar, trabalhar e viajar sozinhas.
Os EUA e aliados atacam o Afeganistão em 7 de outubro de 2001 atrás dos líderes da rede terrorista Al Caeda, responsáveis pelos atentados de 11 de setembro daquele ano. Os talebã caem em três semanas. Os chefes da Caeda são cercados na Batalha de Tora Bora, em dezembro de 2001.
No ano seguinte, o governo George W. Bush reorienta a guerra contra o terrorismo para atacar o Iraque, que não tinha relação com o extremismo muçulmano. Os EUA instalaram governos-fantoches no Afeganistão que nunca controlaram o interior do país.
Com quase 20 anos, a Guerra do Afeganistão é a maior da história dos EUA. Pelo menos 169 mil pessoas morreram, sendo 2.448 soldados norte-americanos.
O governo afegão é catastrófico. Por causa das violações dos direitos humanos, o dinheiro do país depositado no exterior está congelado. A grande maioria da população sofre de insegurança alimentar.
A morte do líder d’al Caeda, Ayman al-Zawahiri, atingido por um drone dos EUA na casa onde morava num bairro nobre de Cabul, indica que o Afeganistão volta a ser um refúgio seguro para extremistas muçulmanos.
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