MORTE DE GÊNGIS KHAN
Em 1227, o líder mongol Gêngis Khan, fundador do segundo maior império da história, morre no campo de batalha em combate contra o reino chinês de Xi Xia.
Com mais de 60 anos e a saúde abalada, talvez morra por causa de uma queda do cavalo no ano anterior.
Ele nasce com o nome de Temujin em 1162, filho de um chefe menor. O pai morre no início da adolescência. Temujin tem de se virar com a família na estepe selvagem. No fim da adolescência, é um grande guerreiro.
Quando uma tribo rival sequestra sua mulher, Temujin organiza uma força militar. Faz alianças e derrota tribos inimigas. A nobreza das tribos conquistadas era sumariamente executada. Os massacres lhe dão a fama de chefe cruel a impiedoso da “horda”.
Em 1206, líder de uma grande confederação mongol, recebe o título de Gêngis Khan, Chefe ou Líder Universal.
O Grande Khan organiza seu exército com o número 10 como base: 10 homens formam um esquadrão, 10 esquadrões formam uma companhia, 10 companhias foram um regimento e 10 regimentos formam uma força de 10 mil homens a cavalo, a metade de arqueiros.
Seu exército chega a ter 250 mil homens montados que usa catapultas e desvia rios para inundar o território inimigo. Os massacres eliminam qualquer resistência.
Sob seu comando, os mongóis conquistaram o Norte da China até Beijim, a Ásia Central, a Índia, a Pérsia e a região central da Rússia. No auge, por volta de 1270, o Império Mongol tem 24 milhões de quilômetros quadrados. É o segundo maior da história, atrás apenas do Império Britânico, que chega a 35,5 milhões de km2 em 1920.
MULHERES CONQUISTAM DIREITO A VOTO
Em 1920, no fim de uma batalha política na Assembleia Legislativa do Tennessee, a Emenda nº 19 à Constituição dos Estados Unidos, que dá direito de voto às mulheres, é ratificada.
A luta pelos direitos das mulheres começa em 1848, na Convenção das Cataratas de Seneca, organizada por Elizabeth Cady Stanton e Lucretia Mott. Logo, o direito de voto se torna a principal reivindicação do movimento. As militantes são conhecidas como suffragettes. Lutam pelo sufrágio universal.
Mas a conquista não se estende às mulheres negras. Os homens e as mulheres negras enfrentam restrições, hostilidade e violência quando tentam se registrar para votar e na hora do voto até a aprovação da Lei de Direitos Civis, em 1964.
CHEIA DO YANGTZÉ MATA MILHÕES NA CHINA
Em 1931, o Rio Yangtzé, o maior da China e terceiro do mundo, atinge o nível máximo, numa enchente que mata 3,7 milhões de pessoas na maior catástrofe natural do século 20.
Terceiro mais longo rio do mundo, depois do Nilo e do Amazonas, com 6,3 mil km, o Yangtzé atravessa o Sul da China, uma das regiões de maior densidade populacional da Terra, que depende do rio para se abastecer de água e irrigar o solo.
Chove muito acima do normal em abril. As chuvas torrenciais voltam em julho. No início de agosto, a área alagada tem 1.295 km2. A água continua subindo e mais chuva destrói as plantações de arroz, causando fome em cidades como Nanquim e Wuhan.
Com o rio poluído, há epidemias de tifo e desinteria. A maioria das mortes é resultado da fome e das doenças.
HITLER SUSPENDE PROGRAMA DE EUTANÁSIA
Em 1941, diante de protestos na Alemanha, o ditador nazista Adolf Hitler suspende a execução sistema de doentes mentais e deficientes.
O Dr. Viktor Brack, chefe do Departamento de Eutanásia do regime nazista, cria em 1939 o programa T.4. Começa matando sistematicamente crianças com alguma “deficiência mental”. Eles eram levadas para o Departamento Psiquiátrico Especial da Juventude e assassinadas.
Depois, passa a ser exigido um atestado de doença mental, esquizofrenia ou incapacidade para o trabalho de crianças não judias. As judias eram executadas sumariamente.
A matança provoca a revolta de médicos e religiosos, que escrevem a Hitler denunciando a barbárie. Depois de mais de 50 mil mortes, o Führer acaba com o programa de eutanásia na Alemanha. Ele é retomado na Polônia ocupada.
O carrasco nazista Heinrich Himmler, comandante da SS, a organização paramilitar do Partido Nazista, lamenta que a SS não executasse o programa. Seria o grande executor do Holocausto, o massacre de 11 milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial (1939-45), inclusive 6 milhões de judeus e 1,5 milhão de ciganos, além de comunistas, socialistas, negros, dissidentes do regime nazista e prisioneiros de guerra.
A tentativa de exterminar o povo judeu gerou o conceito de genocídio, descrito na Convenção para Prevenção e Combate ao Crime de Genocídio, aprovada pela ONU em 9 de dezembro de 1948, como a tentativa de “destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”. Não inclui grupo político porque o ditador soviético Josef Stalin vetou.
GOLPE CONTRA GORBACHEV
Em 1991, a linha-dura do Partido Comunista da União Soviética dá um golpe contra o presidente Mikhail Gorbachev, responsável pela abertura política (glasnost) e econômica (perestroika) do regime, que está de férias na sua dacha (casa de campo) na Crimeia.
Com a desculpa de que Gorbachev está doente, os golpistas, liderados pelo vice-presidente Gennady Yanaiev declaram estado de emergência e tentam assumir o controle do governo. Colocam em prisão domiciliar e o pressionam a renunciar. Gorbachev se nega.
A luta contra o golpe é liderada por Boris Yeltsin, eleito presidente da Rússia diretamente em 12 de junho de 1991 com 57% dos votos. O golpe desaba em três dias. Gorbachev retoma o cargo com o poder abalado. Yeltsin se torna o líder mais poderoso. A URSS, pátria do comunismo, acaba no fim do ano.
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