Mohamed Hosni Mubarak foi o comandante que reconstruiu a Força Aérea do Egito, destruída por israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Isso o levou à vice-presidência de Anuar Sadat, que rompeu com a União Soviética, se aproximou dos Estados Unidos e negociou a paz com Israel para receber de volta a Península do Sinai, tomada por Israel em 1967.
A paz com Israel lhe custou a vida. Em 6 de outubro de 1981, durante um desfile militar, Sadat foi metralhado por militantes do grupo Jihad Islâmica, uma dissidência da Irmandade Muçulmana.
Mubarak sobreviveu, virou presidente e restabeleceu o estado de emergência em vigor até hoje. Manteve o acordo de paz com Israel e se tornou o principal mediador árabe nas negociações entre israelenses e palestinos.
Os extremistas muçulmanos lançaram uma onda de ataques terroristas contra lugares turísticos para boicotar a economia do país. De 1992 a 1997, mais de 1,2 mil foram mortos pelas forças de segurança.
Em 2005, pela primeira vez, Mubarak que a oposição apresentasse candidatos à eleição presidencial. Ganhou com 87%, numa votação suspeita.
A fraude generalizada nas eleições parlamentares de 28 de novembro de 2010, que levou islamitas e liberais a abandonar o segundo turno, enterrou de vez a esperança de mudança com Mubarak no poder.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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