Em entrevista à BBC, o primeiro-ministro Ahmed Shafik antecipou que Mubarak deve transferir poderes para o vice-presidente, sem esclarecer se o ditador vai renunciar formalmente. O novo secretário-geral do Partido Nacional Democrático, o liberal Hossan Badrawi, disse que ele deve sair, mas o ministro da Informação, que está com a cabeça a prêmio por causa do noticiário da TV estatal, nega.
O diretor da Agência Central da Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, Leon Panetta, disse em audiência no Congresso que Mubarak deve renunciar hoje à noite.
No Comunicado nº 1, o Conselho Supremo das Forças Armadas declarou que está examinando a situação com o objetivo de tomar as medidas necessárias para proteger o povo e atender a todas as suas demandas, o que inclui a queda de Mubarak e a dissolução do parlamento. Para o NY Times, é sinal de que os militares preparam-se para tomar o poder.
Para amanhã, está convocada uma grande manifestação que inclui o cerco à TV estatal e aos ministérios. A onda de greves se alastrou hoje, com a adesão dos médicos. Os manifestantes também mantêm o cerco ao parlamento. Um grupo de advogados marchou até a Praça da Libertação para aderir ao movimento.
Ahmed Zewail, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1999, pede a renúncia de Mubarak e dez grupos de oposição formam um novo partido, a Frente Egípcia por Estabilidade e Mudança.
O atual regime militar domina o país desde a queda da monarquia, em 1952.
• A China apoia o regime militar do Egito e está censurando o noticiário sobre a revolta.
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