Durante um protesto diante do Ministério do Trabalho contra o desemprego, a inflação e a miséria, um homem tentou atear fogo a suas próprias roupas, numa tentativa de suicídio como a que deflagrou a Revolução de Jasmim na vizinha Tunísia.
O Comitê de Defesa dos Direitos dos Desempregados exigia um emprego para cada argeliano e seguro-desemprego de meio salário mínimo para quem procura emprego e não encontra.
Pelas estatísticas oficiais, a taxa de desemprego na Argélia é de 10%, mas entre os jovens chega a 60%. Como o país é rico em petróleo e gás, os analistas acreditam que o presidente Abdelaziz Bouteflika tenha condições de enfrentar a onda de protestos que varre o mundo árabe.
Na semana passada, Bouteflika, no poder há 12 anos, prometeu reformas democráticas e estímulos à geração de empregos.
O jovem que tentou se matar foi identificado como Boutouiha Said. Ele disse que tem uma filha e não consegue viver com o salário de cerca de R$ 116 mensais. Foi salvo por um jornalista que impediu a autoimolação.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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