quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Hoje na História do Mundo: 21 de Dezembro

DE GAULLE ELEITO PRESIDENTE

    Em 1958, três meses depois da aprovação da uma nova Constituição da França, o general Charles de Gaulle, chefe de governo no exílio em Londres durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), é eleito presidente por ampla maioria em meio à Guerra da Independência da Argélia (1954-62).

Charles André Joseph Marie de Gaulle nasce em 22 de novembro de 1890 em Lille, no Norte da França. Veterano da Primeira Guerra Mundial (1914-18), De Gaulle foge da França para a Inglaterra depois que o primeiro-ministro Henri Pétain assina um armistício com a Alemanha Nazista, em junho 1940.

Em Londres, como líder da França Livre, organiza forças francesas das colônias africanas para lutar ao lado dos aliados. Em 1944, é nomeado chefe de governo no exílio. Com a libertação de Paris, em 25 de agosto daquele ano, ele entra em triunfo na cidade no dia seguinte.

Sua eleição marca o início da 5ª República na França. No poder, De Gaulle dá independência à Argélia em 1962.

Em maio de 1968, estoura a Revolução dos Estudantes. De Gaulle chega a sair da França. Quando volta, convoca um referendo sobre uma reforma constitucional, em 1969, e perde. Em 28 de abril daquele ano, renuncia. Morre em 9 de novembro de 1970.

Até hoje, os partidos conservadores da direita francesa são considerados herdeiros do gaullismo. 

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

    Em 1971, nascem os Emirados Árabes Unidos (EAU), com a união de seis principados ricos em petróleo (Abu Dhabi, Ajman, Dubai, Fujairah, Sharjah e Umm al-Cuwain) aos quais logo se junta o sétimo (Ras al-Khaimah) formando um pequeno país com grande peso na economia mundial.

O Império Britânico assume o controle da região por volta de 1820 de forma a garantir a segurança a caminho da Índia, a maior "joia" da coroa. Com a independência da Índia e do Paquistão, em 1947, Londres perde gradualmente o interesse sobre as colônias a Leste de Suez.

TERROR EM LOCKERBIE

   Em 1988, um Boeing 747 que faz o voo 103 (Londres-Nova York) da companhia aérea norte-americana PanAm explode no ar a 10 mil metros de altitude sobre a cidade de Lockerbie, na Escócia, num atentado terrorista, matando todas as 259 pessoas a bordo e 11 no solo.

A bomba é acionada por um gravador de fita cassete, que teria sido colocado a bordo em Frankfurt, na Alemanha, e transferido no voo para Nova York.

O atentado é visto inicialmente como uma possível vingança da República Islâmica do Irã pelo abate de um Airbus com 290 pessoas a bordo no fim da Guerra Irã-Iraque (1980-88).

Outra hipótese é uma retaliação por um bombardeio dos Estados Unidos à Líbia em 14 e 15 de abril de 1986 em que morre uma filha do ditador Muamar Kadafi.

Em 1991, quando os EUA e 30 aliados entram em guerra com o Iraque por causa da invasão do Kuwait em 2 de agosto de 1990 e Washington quer a neutralidade do Irã, uma investigação britânico-norte-americana indicia dois agentes líbios, Abdel Basset al-Megrahi e Lamen Khalifa Fhimah.

A Líbia se nega a entregar os suspeitos. Em 1999, sob pressão de sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, Kadafi concorda em entregar os dois suspeitos para julgamento na Holanda com base na lei da Escócia.

Em 2001, Megrahi é condenado à prisão perpétua e Fhimah é absolvido. A Líbia assume a responsabilidade pelo atentado em 2003, quando se aproximava do Ocidente em meio à Guerra contra o Terror deflagrada pelo presidente George Walker Bush depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.

Dois anos depois, a Líbia assume a responsabilidade e concorda em pagar US$ 8 milhões à família de cada vítima. A PanAm, que faliu três anos após o atentado, recebe uma indenização de US$ 30 milhões.

Em dezembro de 2022, os EUA anunciam a prisão de um terceiro suspeito líbio, Abu Agila Mohammad Massud.

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