ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Em 1862, o matemático de Oxford Chales Lutwidge Dodgson envia o manuscrito do livro As Aventuras de Alice sob a terra Alice Liddell, de 10 anos, como presente de Natal.
Dodgson, de 30 anos, é conhecido pelo pseudônimo de Lewis Carroll. Ele escreve a história num dia de piquenique no parque com Alice e suas duas irmãs, filhas de um colega dele na Universidade de Oxford.
Durante uma visita à casa dos Liddell, o escritor Henry Kingskey lê o manuscrito e sugere que seja publicado. Alice no País das Maravilhas sai em 1865. É um dos primeiros livros infantis totalmente recreativos, sem propósitos educacionais, simplesmente para as crianças se divertirem.
Uma continuação, Alice Através do Espelho, sai em 1871.
RELATÓRIO DE LAWRENCE DA ÁRABIA
Em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), Thomas Edward Lawrence, um oficial de inteligência do Reino Unido, publica um relatório sobre a Revolta Árabe liderada por Sherif Hussein sugerindo apoio aos rebeldes na luta contra o Império Otomano, que é aliado das potências centrais, a Alemanha e a Áustria-Hungria.
Lawrence nasce em Dorset, na Inglaterra, em 16 de agosto de 1888, filho de um casal que não era casado. A mãe, Sarah Junner, era governante. O pai, Thomas Chapman, um nobre anglo-irlandês, abandona a família na Irlanda para viver com a mãe dele. O casal adota o sobrenome Lawrence, que seria do pai que Sarah não conheceu.
Em 1896, a família se muda para Oxford, onde Lawrence se forma em história no Jesus College, da Universidade de Oxford, em 1910. Durante quatro anos, ele trabalha como arqueólogo no Museu Britânico e viaja várias vezes ao Egito, à Síria, à Palestina e a partes da Turquia.
Pouco depois do início da guerra, Lawrence se apresenta como voluntário. Trabalha no setor árabe da inteligência britânica. Em 1916, vai para o escritório no Egito. Com seu relatório, convence o governo do Reino Unido a apoiar a Revolta Árabe e se torna oficial de ligação.
Sherif Hussein governa Hejaz, a região da Arábia Saudita onde ficam as cidades sagradas islâmicas de Meca e Medina, dentro do Império Otomano. No início da guerra, fica neutro tentando obter vantagens com os dois lados.
Em abril de 1916, Hussein sabe que uma força turco-alemã pretende derrubá-lo. Em 5 de junho, proclama a Revolta Árabe e pede apoio à Marinha Real britânica. Lawrence considera os árabes individualistas e indisciplinado. "Pode ser impossível cria uma força organizada."
Mesmo assim, em dezembro de 1916, Lawrence entra do lado árabe na luta contra os turcos otomanos e passa o resto da guerra tentando organizar as tribos árabes. Em 1917, depois da conquista de Ácaba, ele é capturado em Dera, torturado e abusado sexualmente.
A queda de Damasco, em 1º de outubro de 1918 é o marco da vitória final dos árabes sobre o Império Otomano. Lawrence renuncia a seu cargo no setor de Oriente Médio do Ministério do Exterior e da Comunidade quando o Tratado de Versalhes nega a independência prometida aos países e a Liga das Nações dá mandatos aos impérios francês e britânicos para administrar a região.
ARQUEÓLOGOS ENTRAM NA TUMBA DE TUTANCÂMON
Em 1922, os arqueólogos britânicos Howard Carter e Lorde Carnarvon entram no túmulo do faraó-menino, Tutancâmon, no Vale dos Reis, de mais de 3 mil anos, que não havia sido violado. É a descoberta mais importante da egiptologia.
Quando Carter chega ao Egito, em 1891, a grande maioria das tumbas dos faraós do Egito Antigo havia sido descoberta e quase todas foram saqueadas ao longo dos milênios. Ele descobre o túmulo de Tutmósis IV.
Em 1907. Carter se associa a Lorde Carnarvon, um colecionador de antiguidades que o chama para supervisionar escavações no Vale dos Reis. A maioria dos egiptólogos acredita que não há mais nada a descobrir ali. Carter aposta que vai encontrar a tumba do faraó-menino.
Tutancâmon nasce em 1341 antes de Cristo e ascende ao trono aos 9 anos, em 1332 AC. Seu breve reino termina em 1323 AC. Um século depois, ao construir a tumba de Ramsés IV, jogam tanta brita em cima que o túmulo de Tutancâmon fica ainda mais escondido dos saqueadores.
A guerra atrapalha os planos. Depois do conflito, Carter retoma e intensifica os esforços. Em 4 de novembro de 1922, descobre a entrada e espera a chegada de Lorde Carnarvon. No dia 23, encontram a passagem que leva à tumba.
Havia sinais de que ladrões tentaram invadir a tumba. No dia 26, passam por outra porta. Carter acende uma vela dentro da câmara mortuária. "Você pode ver alguma coisa?", pergunta Carnarvon. "Sim, coisas maravilhosas", responde Carter.
A antecâmara está maravilhosamente intacta, com vestígios dos operários que a construíram mais de 3 mil anos atrás. Em quatro salas que levam anos explorando, os arqueólogos encontram joias, peças de ouro, roupas, uma carruagem armas e uma série de objetos que revelam a história e a cultura do Egito Antigo. A maior parte está no Museu do Cairo.
DIA NACIONAL DE AÇÃO DE GRAÇAS Em 1941, o presidente Franklin Roosevelt oficializa o feriado do Dia Nacional de Ação de Graças, festejado anualmente na quarta quinta-feira de novembro, que as famílias dos Estados Unidos costumam celebrar comendo peru.
A comemoração tem origem numa festa realizada no outono de 1621, em Plymouth, hoje parte do estado de Massachusetts, quando os peregrinos do navio Mayflower celebram com os índios um ano de colonização e de sobrevivência por iniciativa do governador William Bradford.
O Dia de Ação de Graças é festejado na Nova Inglaterra no século 17. Em 1789, George Washington, o primeiro presidente dos EUA, cria o feriado no dia 26 de novembro. Depois da oficialização por Lincoln, a data passa a ser comemorada nacionalmente.
É o feriado mais importante para as famílias norte-americanas. No dia seguinte, tem a Sexta-Feira Negra (Black Friday), início da temporada de compras que vai até o Natal, época de maior consumo no país do consumismo.
ESTREIA DE CASABLANCA
Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), Casablanca, um filme sobre a guerra com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, estreia em Nova York para se tornar um dos maiores clássicos da história do cinema.
Bogart é Rick Blaine, dono de uma casa noturna agitada em Casablanca, no Marrocos, frequentada por oficiais nazistas, reencontra seu amor, a enigmática Ilsa Lund, vivida pela sueca Ingrid Bergman.
O filme ganha três Oscars: melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado.
CHINA MUDA GUERRA DA COREIA
Em 1950, numa das batalhas mais ferozes da Guerra da Coreia (1950-53), centenas de milhares de soldados do Exército Popular da Libertação da China lançam um contra-ataque em massa contra as forças dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e aliados.
As duas coreias, o Norte comunista aliado da URSS e o Sul capitalista aliado dos EUA, nascem em 1948. Ambas reivindicam a soberania sobre toda a península.
A Guerra da Coreia começa em 25 de junho de 1950, quando a Coreia do Norte invade o Sul com armamento soviético. Os EUA reagem e conseguem um mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas para unificar a Península Coreana. A URSS não veta. Estava boicotando a ONU por causa da não admissão da República Popular da China, a China Comunista. O mandato vale até hoje.
Quando os EUA e aliados estão empurrando os soldados da Coreia do Norte para o Rio Yalu, na fronteira com a China, o 4º Exército do Exército Popular de Libertação da China, cruza o Rio Yalu e entra na guerra, sob o comando de Lin Biao, que chega a ser nomeado sucessor de Mao Tsé-tung e morre num acidente de avião suspeito em 13 de setembro de 1971, durante a Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76).
Há uma guerra entre os EUA e a China dentro da Guerra da Coreia. A China vence, ao empurrar as forças internacionais lideradas pelos norte-americanos para baixo do paralelo 38º Norte, restaurando a situação anterior à guerra.
Hoje a propaganda do regime comunista chinês apresenta como uma grande vitória contra o Ocidente.
TERROR EM MUMBAI
Em 2008, dez jihadistas do grupo extremista muçulmano paquistanês Lashkar-e-Taiba, o Exército dos Puros, iniciam uma onda de terror com 12 ataques coordenados com bombas e tiros em Mumbai, a maior cidade e principal centro econômico da Índia. O ataque dura quatro dias e deixa 175 mortos, inclusive nove terroristas, e mais de 300 feridos.
Os principais alvos são dois hotéis de luxo, uma estação ferroviária histórica e um centro cultural judaico, mas também há ataques a um cinema e um hospital. No fim da manhã do dia 28, a situação está controlada, menos no Taj Hotel.
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