domingo, 6 de novembro de 2022

Hoje na História do Mundo: 6 de Novembro

LINCOLN ELEITO

    Em 1860, com a divisão do Partido Democrata, Abraham Lincoln se torna o primeiro candidato do Partido Republicano a ser eleito presidente dos Estados Unidos. Com 40% dos votos populares, venceu os outros três candidatos.

Lincoln chama a atenção do novo partido mesmo perdendo a eleição ao disputar uma vaga para o Senado em Illinois com Stephen Douglas, em 1858. Numa série de debates, Lincoln critica a escravidão, enquanto Douglas defende que a decisão de abolir a escravatura cabe aos estados.

Douglas vence em Illinois, mas é um dos derrotados na eleição presidencial, quando representa os democratas do Norte. Os democratas do Sul têm outro candidato, John Breckinridge.

Em 20 de dezembro de 1860, sete estados do Sul deixam a União. Antes da posse de Lincoln, em 4 de março de 1861, criam a Confederação dos Estados da América e, em 6 de novembro, elegem Jefferson Davis como presidente. 

A Guerra da Secessão (1861-65) começa em 12 de abril, quando forças do Sul, sob o comando do general Pierre Gustave Beauregard atacam o Forte Sumter, na Carolina do Sul, que está em poder da União (Norte).

Quando a guerra vira a favor do Norte, em 1º de janeiro de 1863, Lincoln proclama a abolição da escravatura, libertando todos os escravos dos estados rebeldes. É reeleito em 1864.

A 13ª Emenda à Constituição dos EUA, que liberta todos os escravos, é aprovada no Congresso em 31 de janeiro de 1865, no fim da Guerra Civil. Em 15 de abril, John Wilkes Booth, partidário da Confederação, mata o presidente no Teatro Ford, em Washington, cinco dias depois do fim da guerra, com a rendição do general Robert Lee em Appomattox.

CONFEDERAÇÃO ELEGE PRESIDENTE

    Em 1861, os estados confederados do Sul elegem Jefferson Davis como presidente sem adversários, simplesmente confirmando a eleição feita um ano antes pelo Congresso da Confederação, para cumprir um mandato de seis anos.

Davis fica no cargo até março de 1865, quando o governo da Confederação é extinto, no fim da Guerra da Secessão (1861-65). 

REVOLUÇÃO COMUNISTA

    Em 1917, os bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin e Leon Trotsky, derrubam o governo provisório de Alexander Kerenski, ocupam prédios públicos e pontos estratégicos de Petrogrado (hoje São Petersburgo), a capital da Rússia na época, e dois dias depois formam o governo revolucionário do primeiro país marxista.

Os mencheviques tem uma visão social-democrata. Querem implantar uma democracia para reformar a Rússia. Depois da queda do czar Nicolau II, o Sanguinário, na Revolução de Fevereiro (março pelo calendário gregoriano adotado depois da revolução), lideram o governo provisório, derrubado pelos comunistas na Revolução de Outubro (novembro pelo novo calendário).

Vladimir Ilich Ulianov (Lenin) nasce em 1870 e entra na política depois da execução o irmão mais velho, em 1887, sob a acusação de participar de uma conspiração para matar o czar Alexandre III. Ao estudar direito em São Petersburgo, se associa a grupos marxistas.

Em 1895, Ulianov ajuda a fundar a União pela Luta pela Libertação da Classe Trabalhadora. Preso em dezembro do mesmo ano, passa um ano na cadeia e três no exílio na Sibéria. Depois do exílio, vai para a Europa Ocidental, onde continua a pregação revolucionária e adota o pseudônimo de Lenin.

Em 1902, Lenin lança o livro O Que Fazer?, em que sustenta a tese de que só um partido disciplinado de revolucionários poderia levar o socialismo à Rússia.

O Partido Social-Democrata dos Trabalhadores da Rússia nasce em 1903 em Londres. Desde o início, há uma divisão entre os bolcheviques, favoráveis à luta armada, e os mencheviques, defensores da via democrática para o socialismo. A cisão definitiva acontece em 1912.

Antes, com a Revolução de 1905, depois da humilhante derrota para o Japão na Guerra do Pacífico (1904-5), Lenin volta à Rússia. A revolução e uma onda de greves acabam quando Nicolau II promete reformas, inclusive uma Constituição e a criação de um parlamento. Quando o país volta ao normal, o czar revoga a maioria das reformas. Em 1907, Lenin volta ao exílio.

Quando estoura a Primeira Guerra Mundial (1914-18), Lenin se opõe ao conflito, que descreve como uma luta entre as classes dominantes em que os soldados, oriundos do proletariado, devem apontar suas armas para os capitalistas que os enviam aos campos de batalha. São Peterburgo é rebatizada Petrogrado para tirar o nome de origem alemã.

Exilado na Suíça, Lenin lança sua principal obra sobre relações internacionais, o livro Imperialismo: Estágio Superior do Capitalismo, onde defende a tese do elo mais fraco: a revolução não começaria nos países capitalistas avançados, como previu Karl Marx, mas nos países mais frágeis do sistema, como a Rússia, que não tem uma indústria desenvolvida.

Com a derrota humilhante da Rússia para a Alemanha e o impacto econômico da Primeira Guerra Mundial, os soldados que voltam das frentes de combates se unem a trabalhadores numa onda de greves e protestos. Em 15 de março de 1917, Nicolau II abdica, pondo fim a mais de 300 anos de domínio da Dinastia Romanov.

A Alemanha autoriza então Lenin a atravessar o país para voltar à Rússia, na expectativa que os socialistas contrários à guerra minariam o esforço de guerra russo. De volta à Rússia, Lenin lança as Teses de Abril, dez diretrizes conclamando os sovietes a derrubar o governo provisório.

Em julho, os bolcheviques conquistam a maioria no Soviete de Petrogrado. Em novembro, tomam o poder e Lenin se torna um ditador. Faz a paz com a Alemanha, estatiza a indústria e distribui terras aos camponeses.

No início da 1918, a reação czarista provoca uma guerra civil. Em 1920, os czaristas são derrotados. A União das Repúblicas Socialistas Soviética nasce em 1922. Com a morte de Lenin, em 21 de janeiro de 1924, há uma luta pelo poder entre Leon Trotsky e Josef Stalin, vencida por Stalin em 1927, o que dá início a um longo período de repressão e tirania, até a morte do ditador, em 5 de março de 1953.

ONU CONDENA APARTHEID

    Em 1962, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprova resolução condenando o regime segregacionista do apartheid e conclama os países-membros a romper relações econômicas e militares com a África do Sul.

De 1948 a 1994, o regime da minoria branca oficializa a segregação racial e a discriminação política e econômica dos sul-africanos não brancos. Os negros são obrigados a viver em áreas segregadas e não podem entrar nos bairros e zonas rurais dos brancos, a não ser com um passe especial. A minoria branca tem as melhores terras e fica com a maior parte da riqueza do país mais rico de África.

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