Com a tendência atual, a Europa e a Ásia Central podem sofrer mais 700 mil mortes da doença do coronavírus de 2019 até o fim do inverno no Hemisfério Norte, elevando o total de mortes destas regiões na pandemia para 2,2 milhões, advertiu na terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dos 53 países, 49 devem ter sobrecarga nas unidades de terapia intensiva. A média de mortes está em 4,2 mil por dia, mais de 1,2 mil na Rússia.
O mundo está entrando numa quarta onda, alertou a diretora-geral adjunta da OMS para acesso a medicamentos, a médica brasileira Mariângela Simão, que manifestou preocupação com o Carnaval ao participar ontem do Congresso Brasileiro de Epidemiologia.
As mortes e o contágio no mundo estão em alta há mais de um mês e meio, informa o último boletim semanal da OMS. Na semana de 15 a 21 de novembro, houve pouco menos de 3,6 milhões diagnósticos positivos e mais de 51 mil óbitos por covid-19, alta de 6% em casos novos e mortes.
Ao todo, no mundo, são 258.830.653 casos confirmados e 5.166.649 mortes. Mais de 234 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 19,58 milhões enfrentam casos leves ou médios e 81.761 estão em estado grave.
A Europa e a Ásia Central registraram um aumento de 11% nos casos novos, mais de 2,4 milhões, 67% do total no mundo, e 29.465 mortes, 57 por cento do total, enquanto no Sudeste Asiático houve uma redução de 11% no contágio. A Alemanha acaba de bater seu próprio recorde, com mais de 66 mil casos novos na terça-feira e aumento de um terço numa semana.
Na região do Pacífico Ocidental, que inclui o Leste da Ásia e a Oceania, houve uma alta de 29% nas mortes, e a América teve uma alta de 19% nas mortes. As maiores quedas foram na África (-30%) e no Sudeste Asiático (-19%).
Aqui no Brasil, a taxa de transmissão calculada pelo Imperial College de Londres subiu para 1,04. Isto indica que, em média, cada 100 infectados transmitem a doença para 104, acelerando o contágio.
Com mais 398 mortes e 19.842 casos de covid-19 notificados no Brasil na terça-feira, o total de casos confirmados subiu para 22.038.731 e 613.240 vidas foram perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 245 e a média de casos novos ficou em 10.634. Ambas caíram 3% em duas semanas, com tendência de estabilidade.
Os Estados Unidos registraram mais 96.717 casos e 1.370 mortes nesta terça-feira. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 25% em duas semanas para 94.335, enquanto a média diária de mortes recuou 8% em duas semanas para 1.125. O país tem o maior número de casos confirmados (47.980.871) e de mortes (773.771).
Mais de 7,74 bilhões de doses de vacinas contra o coronavírus foram aplicadas até agora no mundo; 53,4% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 5% nos países pobres.
A China lidera a vacinação com mais de 2,44 bilhões de doses aplicadas, seguida pela Índia e a União Europeia. Nos EUA, 230,7 milhões tomaram a primeira dose, 196,6 milhões completaram a vacinação e 37,8 milhões receberam a dose de reforço. Pelo menos 92% dos 3,5 milhões de funcionários federais tomaram a primeira dose, como determinou o governo Joe Biden.
O Brasil deu a primeira dose a 158,2 milhões de pessoas, mais de 130,4 milhões (61,15% da população brasileira) completaram a vacinação e 14,7 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 303,34 milhões de doses aplicadas.
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