No fim de uma reunião de emergência realizada hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a nova variante do coronavírus de 2019 identificada na África do Sul e batizada como ômicron é "preocupante" e pode causar mais reinfecções do que as anteriores.
Além da África, foram detectados casos na Bélgica, em Israel e em Hong Kong. O Reino Unido, a União Europeia, o Canadá, os Estados Unidos, o Japão e países árabes suspenderam os voos de e para os países africanos atingidos.
O risco da nova variante será analisado nas próximas três semanas. Os cientistas estão testando se os anticorpos gerados pelas vacinas existentes hoje conseguem neutralizar a ômicron.
Aqui no Brasil, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou o fechamento das fronteiras aéreas para países do Sul da África atingidos pelo nova cepa: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Há pressões para evitar grandes festas como o Réveillon e o Carnaval.
Nesta sexta-feira, mais 303 mortes e 10.781 diagnósticos positivos da doença do coronavírus. O país soma agora 22.066.389 casos confirmados e 614 mil vidas perdidas na pandemia.
No mundo, já são 260.679.482 casos confirmados e 5.189.507 mortes. Mais de 235,5 milhões de pacientes se recuperaram e, cerca de 20 milhões enfrentam casos leves ou médios e 83.139 estão em estado grave.
Os Estados Unidos registrou mais 47.341 casos e 505 mortes na sexta-feira, com subnotificação por causa do feriado prolongado. A média diária de casos novos os últimos sete dias cresceu 10% em duas semanas para 87.195. A média diária de mortes dos últimos sete dias recuou 9% em duas semanas para 1.013. Os EUA têm o maior número de casos confirmados (48.177.910) e de mortes (776.349) na pandemia.
O surgimento da nova variante mostra mais uma vez a necessidade de imunizar o mundo inteiro para controlar a pandemia. Em Botsuana, onde a ômicron teria aparecido, só 20% estão plenamente vacinados; na África do Sul, 23,8%.
Mais de 7,85 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo; 53,9% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 5,6% nos países pobres.
A China lidera a vacinação com mais de 2,46 bilhões de doses aplicadas, seguida pela Índia (1,2 bilhão), a União Europeia (628,8 milhões) e os EUA, que só vão atualizar os dados na segunda-feira.
O Brasil deu a primeira dose a 158,65 milhões de pessoas, 132,3 milhões (62% da população brasileira) completaram a vacinação e 15,6 tomaram a dose de reforço.
A empresa de biotecnologia norte-americana Moderna anunciou que vai fabricar uma vacina específica contra a nova variante.
Depois de uma análise final dos resultados dos testes clínico, a companhia Merck revelou que o mulnopiravir, medicamento que desenvolveu contra a covid-19, é menos eficaz do que anunciado inicialmente. Reduziu o risco de hospitalização e morte em 30%, e não 50% como havia dito antes.
Sob a ameaça de uma nova onda de contaminação capaz de atrasar a recuperação da economia mundial, as bolsas de valores caíram no mundo inteiro. Na Europa as principais bolsas perderam mais de 3%. Nos EUA, o Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuou 905 pontos (2,53%), na maior queda do ano.
A Bolsa de Valores de São Paulo caiu 3,39%, os preços do petróleo baixaram mais de 10% e o dólar subiu para R$ 5,59. A bitcoin perdeu 20% do valor.
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