A Austrália, a Áustria, o Canadá, a Dinamarca, a Holanda e a Índia revelaram hoje que diagnosticaram casos da variante ômicron do coronavírus de 2019. De 61 casos positivos identificados em dois voos que chegaram à Holanda vindo da África do Sul, 13 são da variante ômicron.
Cinco países europeus (Alemanha, Bélgica, Itália, Reino Unido e República Tcheca), Israel e Hong Kong já haviam anunciado casos. Como o vírus saiu do Sul da África, as restrições de viagens a países daquela região perderam o sentido.
"Tem de testar e botar em quarentena todos os que vêm do exterior e tornar isso obrigatório para quem chega do Sul da África", sugeriu a médica intensivista sino-americana Leana Wen, comentarista da CNN norte-americana e do jornal The Washington Post. "E oferecer a dose de reforço para toda a população. Temos de mudar o conceito e só considerar plenamente vacinado quem recebeu a dose extra."
A variante ômicron já é responsável pela maioria dos cerca de 2,3 mil casos diários na província de Gauteng, onde ficam a capital, Pretória, e a maior e mais rica cidade da África do Sul, Joanesburgo, anunciou o presidente Cyril Ramaphosa, lamentando o fechamento do espaço aéreo de vários países a voos saindo do Sul da África.
Há três dúvidas importantes em relação a uma nova variante: se é mais contagiosa, mais letal e se ilude as vacinas existentes hoje. As respostas saem em duas a três semanas. Os especialistas esperam que as vacinas continuem dando alguma proteção.
A presidente da Associação Médica da África do Sul, Angelique Coetzee, declarou que os 30 pacientes que tratou até agora com a nova variante apresentaram apenas sintomas leves e não precisaram de hospitalização, mas este número de casos é insuficiente para levar a conclusões definitivas.
Com a subnotificação dos fins de semana, o Brasil notificou neste domingo mais 78 mortes e 3.422 diagnósticos positivos de covid-19. O país soma agora 22.078.741 casos confirmados e 614.314 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 11% em duas semanas para 227. A média diária de casos novos dos últimos sete dias baixou 14% para 9.101.
No mundo, já são 261.460.688 casos confirmados e 5.199.349 mortes. Mais de 236 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 20,26 milhões enfrentam casos suaves ou médios e 83.880 estão em estado grave.
Os Estados Unidos registraram no domingo mais 21.565 casos e 87 mortes, com a subnotificação do feriadão do Dia Nacional de Ações de Graças. A média diária de casos novos dos últimos sete cresceu 4% em duas semanas para 83.979. A média diária de mortes dos últimos sete dias recuou 10% em duas semanas para 961.
Mais de 7,9 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo; 54,1% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 5,7% nos países pobres.
A China lidera a vacinação com mais de 2,48 bilhões de doses aplicadas, seguida pela Índia (1,2 bilhão), a União Europeia (632,7 milhões) e os EUA. O Brasil deu a primeira dose a 158,76 milhões, 132,79 milhões (62,25% da população brasileira) completaram a vacinação e 15,86 milhões tomaram a dose de reforço.
Com 62% de votos a favor, os suíços aprovaram em referendo a Lei Anticovid, em vigor desde setembro, com várias medidas contra a doença, inclusive a exigência de certificado de vacina para entrar em restaurantes e outros lugares fechados. A proposta só perdeu em dois dos 26 cantões da Suíça,
A participação de 66% é quarta maior em referendos, prática comum na política da Suíça, desde que as mulheres conquistaram tardiamente o direito de voto, em 1971. Como só os homens votavam e as leis suíças são referendadas pelo voto popular, as mulheres demoraram a ter o direito de votar.
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