quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Hoje na História do Mundo: 24 de Novembro

TEORIA DA EVOLUÇÃO

    Em 1859, o naturalista inglês Charles Darwin publica o livro A Origem das Espécies, onde apresenta a Teoria da Evolução das Espécies em processos que chama de "seleção natural", a sobrevivência do mais apto a se adaptar às alterações do meio ambiente, e a "seleção sexual", pela qual as fêmeas escolhem os machos mais fortes, mais bonitos ou mais inteligentes (ou mais ricos, no caso da espécie humana). 

Darwin recebe influência do naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck e do economista britânico Thomas Malthus. Formula sua teoria depois de uma viagem de cinco anos pelo mundo no navio Beagle, quando passa pelo Brasil, as Ilhas Galápagos, no Equador, e na Nova Zelândia.

A Teoria da Evolução é de 1844. Darwin teme divulgá-la por contrariar as versões religiosas sobre a origem do mundo. Em 1858, as ideias são apresentadas pelo naturalista inglês Alfred Wallace. Os dois enunciam a teoria na Sociedade de Lineu, em Londres.

O lançamento do livro provoca forte reação das igrejas. O fundamentalismo religioso é uma reação dos cristãos dos EUA à Teoria da Evolução exposta numa coleção de livro chamada de Fundamentos, que defende o criacionismo.

DEZ DE HOLLYWOOD

    Em 1947, durante a Guerra Fria, por 346 a 17 votos, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos indicia 10 diretores, produtores e roteiristas da indústria cinematográfica por desacato ao Congresso ao se negar a cooperar com a Comissão de Atividades Antiamericanas, que investiga a infiltração comunista em Hollywood.

Os 10 são condenados a um ano de prisão. A Suprema Corte mantém as acusações feitas porque eles se negam a responder se um dia pertenceram ao Partido Comunista. 

A histeria anticomunista e a caça aos comunistas e leva à criação de listas negras em Hollywood que duram até os anos 1960, depois da desmoralização do senador Joe McCarthy, censurado em 2 de dezembro de 1954 depois de denunciar a infiltração comunista nas Forças Armadas.

LEE OSWALD ASSASSINADO

    Em 1963, dois dias depois do assassinato do presidente John Kennedy, Jacob Rubinstein, mais conhecido como Jack Ruby, mata o único suspeito, Lee Harvey Oswald, no subsolo de uma delegacia de polícia em Dallas, no Texas, quando é levado para cela mais segura.

JFK morre com dois tiros na cabeça. Um terceiro fere o governador do Texas, John Connally. Menos de uma hora mais tarde, Oswald mata um policial que o interpela nas ruas de Dallas. Meia hora depois, é preso.

Ruby, um dono de boate de Dallas supostamente ligado à máfia, alega ter feito um gesto patriótico ao vingar a morte do presidente, mas suas relações suspeitas alimentam teorias conspiratórias. É condenado à morte. 

O Tribunal de Justiça do Texas anula o processo. Ele morre na cadeia de câncer de pulmão em 1967, enquanto aguarda novo julgamento.

TERROR NO EGITO

    Em 2017, uma bomba explode na mesquita de al-Rawdah, frequentada por muçulmanos sufistas, no Norte da Península do Sinai, e os terroristas abrem fogo contra a multidão em fuga, matando 311 pessoas, inclusive 27 crianças, e ferindo outras 128, no pior atentado terrorista da história recente do Egito.

Uma revolta popular derruba o ditador egípcio Hosni Mubarak durante a Primavera Árabe, em 11 de fevereiro de 2011. Única força de oposição organizada no país, a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico do mundo, vence as eleições para a Assembleia Nacional e para a Presidência, mas o único chefe de Estado eleito democraticamente da história do país dura só um ano no cargo.

Em 3 de julho de 2013, os militares retomam o poder num golpe liderado pelo comandante das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sissi. Quando as forças de segurança matam mil pessoas ao atirar contra uma manifestação de protesto um mês depois, os islamistas entendem que acabou o espaço para a luta pacífica.

Nenhum grupo assume a responsabilidade pelo atentado. As suspeitas recaem sobre a organização terrorista Estado Islâmico, extremistas da corrente salafista ou wahabista do Islã, autoritário, moralista e reacionária, criada em reação ao sufismo.

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