Com a repatriação na segunda-feira de dois sauditas presos sem julgamento há um ano e de dois sudaneses prevista para hoje, o número de presos na base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba, caiu para 158.
O fechamento do centro de detenção ilegal de Guantânamo, criado em 2002 pelo governo George W. Bush para negar aos suspeitos de terrorismo os direitos garantidos pela Convenção de Genebra sobre Prisioneiros de Guerra, foi uma promessa da primeira campanha presidencial de Barack Obama.
No primeiro dia de seu governo, Obama baixou um decreto para iniciar procedimentos visando levar os detidos para julgamento nos EUA ou seus países de origem e acabar. Mas, no único caso semelhante julgado por um tribunal civil americano, o juiz rejeitou 384 provas obtidas ilegalmente sob coação e tortura.
Sob pressão dos republicanos, temendo a absolvição de terroristas perigosos, Obama manteve o centro de detenção. Pode desidratá-lo pouco a pouco, mas não há sinais de um plano para fechá-lo definitivamente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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