A execução do tio e mentor do ditador Kim Jong Un no processo de transição na Coreia do Norte levanta várias dúvidas sobre a luta interna pelo poder na ditadura comunista de Pionguiangue. Jang Song Taek era considerado o segundo homem mais poderoso do país. Foi condenado e executado sob acusações de corrupção e traição.
Na versão oficial do regime stalinista norte-coreano, Jang aproveitou a morte do ditador Kim Jong Il, pai do atual líder, em dezembro de 2011, para tentar usurpar o poder. O processo forjado e a execução sumária têm todas as característcias dos julgamentos da ditadura de Josef Stalin na URSS.
Uma possibilidade é que o próprio Kim esteja afirmando sua autoridade eliminando o número dois do regime, o que é mais provável, já que numa ditadura o segundo é sempre uma ameaça.
Mas, como o regime comunista é colegiado, outros autocratas podem querer deixar claro para Kim os limites de sua autoridade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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