As forças de segurança da República Democrática do Congo derrotaram ontem uma tentativa de golpe de um pequeno grupo rebelde liderado por Paul Joseph Mukungubila, que obteve 0,35% dos votos na eleição presidencial de 2006. O golpe fracassou por falta de apoio popular e pelo apoio ao presidente Joseph Kabila dentro das Forças Armadas.
Os primeiros tiros foram disparados às 9h em Kinshasa. Homens armados ocuparam a Rádio e a Televisão Nacional do Congo para divulgar um comunicando anunciando a tomada do poder, enquanto outros rebeldes atacavam o aeroporto internacional N'Djili e o Campo Tchatchi, uma das duas grandes bases militares da capital.
Ao ocupar a RTV, cerca de 30 golpistas tomaram reféns e declararam que "Gideon Mukungubila veio libertar vocês da escravidão de Ruanda", numa referência ao apoio de Ruanda à revolução que depôs o ditador Joseph Mobutu e levou Laurent Kabila, pai do atual presidente, ao poder em 1997.
Mas os militares legalistas cortaram o sinal da transmissão antes que eles pudessem concluir a mensagem. Outros 40, de um total de cerca de 70 rebeldes, se dividiram em dois grupos de 20 para atacar o aeroporto e o quartel.
O Exército do Congo anunciou ter matado 40 rebeldes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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