Como resultado do esforço e do talento diplomático do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, a OMC chegou na madrugada de hoje, em Báli, na Indonésia, um acordo de "facilitação de comércio" capaz de resultar em novos negócios no total de US$ 1 trilhão em uma década.
A grande dificuldade foi convencer a Índia, que resistia a uma liberalização do setor agrícola, de grande interesse para o Brasil, temendo comprometer o programa de segurança alimentar que usa para combater a fome. O governo brasileiro não se empenhou a fundo nas negociações.
No último momento, a Alternativa Bolivarista para as Américas (Alba), liderada pela Venezuela, tentou incluir uma cláusula exigindo o fim do boicote comercial dos EUA a Cuba. Como a OMC opera por consenso, o acordo esteve prestes a ser abandonado. Mas esses países menores e sem uma agenda positiva desistiram.
Por "facilitação de comércio", entendem-se medidas para acelerar a tramitação dos processos de importação, que variam de 5 dias, em média, na União Europeia até 100 dias no Chade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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