segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Hoje na História do Mundo: 29 de Agosto

 FIM DO IMPÉRIO INCA

    Em 1533, o conquistador espanhol do Peru, Francisco Pizarro, executa o 13º e último imperador inca, Ataualpa, marco do fim de 300 anos da maior civilização pré-colombiana da América do Sul, que construiu um império com 14 milhões de súditos no seu auge, que ia do Sul da Colômbia ao Norte do Chile.

Os incas constroem sua civilização, o Império Inca ou Tahuantinsuyo, seu nome na língua quêchua, no altiplano da Cordilheira dos Andes, inicialmente no Peru. Não tem escrita, mas criam um governo sofisticado, com método estatístico, grandes obras públicas, construções monumentais que até hoje a engenharia não explica como moveram pedras de toneladas e um sistema agrícola brilhante.

Cinco anos antes de chegada dos conquistadores, uma disputa pela sucessão causou uma guerra civil ruinosa. Em 1532, Ataualpa vence o irmão Huáscar numa batalha perto de Cusco, a capital do império. Está consolidando o poder quando Pizarro chega com 180 homens.

Filho da aristocracia espanhola, Pizarro trabalha como criador de porcos quando jovem. Em 1502, se torna um soldado e vai para Hispaniola, a ilha hoje dividida entre Haiti e República Dominicana onde Cristóvão Colombo começa a colonização da América em 1492.

Ele serve ao conquistador Alejandro de Ojeda na expedição à Colômbia, em 1510, e a Vasco Núnez Balboa quando este descobre o Oceano Pacífico, no Panamá, em 1513. 

Ao saber da grande riqueza do Império Inca, Pizarro se une a Diego de Almagro. Em 1524, eles saem do atual Panamá, mas só vão até onde hoje é o Equador. Na segunda expedição, entram no que hoje é território peruano, batizam a terra de Peru e a reivindicam para a coroa espanhola.

De volta ao Panamá, Pizarro planeja conquistar o Peru, mas não tem o apoio do governo colonial espanhol na América. Depois da conquista do México por Hernán Cortez, em 1521, Pizarro vai à Espanha em 1528 e consegue apoio do imperador Carlos V, que sonhava em criar uma monarquia universal.

Em 15 de dezembro de 1532, o pequeno exército de Pizarro, com 180 soldados, chega a Cajamarca, onde Ataualpa relaxa em águas termais antes de marchar rumo a Cusco, a capital do irmão. O conquistador convida o imperador para uma festa.

Com um exército de 30 mil homens, logo depois de vencer a maior batalha da história inca, Ataualpa não teme os homens de Pizarro. É alvo de uma emboscada.

Ataualpa vai ao local do encontro com um séquito de milhares de homens aparentemente desarmados. Pizarro envia um padre como emissário e intima Ataualpa a aceitar a soberania do imperador Carlos V e do cristianismo. 

Quando o imperador inca rejeita e joga a Bíblia no chão, Pizarro ordena o ataque com arcabuzes, canhões e cavalaria, armas que os incas desconhecem. Milhares de incas são massacrados e Ataualpa é preso.

Mesmo pagando o maior resgate da história, Ataualpa é processado pela morte do irmão, por conspirar contra a coroa espanhola e outros delitos menores. Amarrado a um poste, tem a última escolha: ser queimado vivo ou se converter ao cristianismo e morrer pelo garrote vil. Na esperança de preservar seu corpo para mumificação, escolhe o garrote.

BOMBA NUCLEAR SOVIÉTICA

    Em 1949, a União Soviética explode sua primeira bomba atômica, chamada de Primeiro Raio, num remoto campo de testes em Semipalatinisk, no Casaquistão, acabando com o monópolio dos Estados Unidos em armas nucleares.

Para avaliar o impacto da bomba, os cientistas soviéticos constroem edifícios, pontes e outras estruturas urbanas. Também colocam mamíferos perto do local da explosão para ver o efeito da radiação. 

A bomba tem a força de 20 quilotons (20 mil toneladas de dinamite), mas ou menos a mesma potência da Trinity (Trindade), a primeira bomba detonada experimentalmente pelos EUA em Alamogordo, no Novo México, em 16 de julho de 1945.

FURACÃO KATRINA ARRASA

    Em 2005, o furacão de Katrina, de categoria 5 sobre o Oceano Atlântico e 3 ao chegar em terra, arrasa uma região do Sul dos Estados Unidos, especialmente a cidade de Nova Orleans, que é alagada em 80% de sua área, causando a morte de 1.836 pessoas, principalmente nos estados da Louisiana e do Mississípi, e prejuízos de mais de US$ 125 bilhões. 

Outras 135 pessoas estão desaparecidas até agora. Mesmo sendo apenas o terceiro furacão mais forte da temporada, é o terceiro pior da história dos EUA. Com a enchente, Nova Orleans vira uma terra sem lei. Gangues invadem casas abandonadas para roubar e atacam moradores que ficaram na cidade.

Diante da omissão do governo George W. Bush com uma população flagelada majoritariamente negra, o jovem senador Barack Obama se destaca na linha de frente da ajuda às vítimas.

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