REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO
Em 1917, uma onda de greves e protestos contra a escassez de comida e a fome irrompe em Petrogrado, hoje São Petersburgo, na época a capital da Rússia, e uma semana depois o czar Nicolau II, o Sanguinário, abdica, pondo fim a séculos do império czarista e a mais de 300 anos da Dinastia Romanov, no que se conhece como Revolução de Fevereiro porque na época o país adotava o calendário juliano, que marcava 23 de fevereiro.
As graves se alastram. Cerca de 200 mil trabalhadores param de trabalhar e começam a confraternizar com soldados do Exército da Rússia, humilhado pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-18). Um protesto reúne 200 mil pessoas.
Nicolau II manda a polícia atirar. Cerca de 200 pessoas morrem. Três regimentos de elite se amotinam, atacam o arsenal, pegam 40 mil fuzis e marcham até a cadeia, onde libertam os presos políticos. Em meio à rebelião, o chefe de polícia é morto.
Quando os quartéis se amotinam, em 12 de março (27 de fevereiro pelo calendário juliano), o czar nem responde. A czarina Alexandra visita o túmulo do mago sinistro que era uma eminência parda na corte russa, o Rasputim, assassinado em dezembro.
Rasputim previa que, se morresse, Nicolau II cairia em seis meses. Bastaram dois meses. Os ministros são presos numa fortaleza. O czar abdica na noite de 15 de março.
O primeiro líder comunista a chegar a Petrogrado, em março, é Josef Stalin, que está preso na Sibéria quando a revolução começa. Vladimir Lenin pass a guerra exilado na Suíça. Para chegar à capital russa, em abril, recebe um salvo-conduto da Alemanha, o que leva a acusações de que seria um "agente alemão". Leon Trotsky está em Nova York. Volta em maio.
Em 25 e 26 de outubro (7 e 8 de novembro pelo calendário atual), os bolcheviques dão um golpe, derrubam o governo provisório do primeiro-ministro Alexander Kerensky, deflagram a Revolução de Outubro, Revolução Bolchevique ou Revolução Comunista – e tomam o poder na Rússia.
Para tirar o país da guerra, em 3 de março de 1918, os bolcheviques assinam o Tratado de Paz de Brest-Litovsk com a Alemanha e o Império Austro-Húngaro.
Na noite de 16 para 17 de julho de 1918, os comunistas matam o czar, a czarina, os filhos e servidores da família em Ecaterimburgo.
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