Um bombardeio maciço dos Estados Unidos e aliados 20 anos atrás, na madrugada de 20 de março de 2003, deu início à invasão do Iraque sob o falso pretexto de que o país tinha armas de destruição em massa.
A guerra ilegal e ilegítima matou centenas de milhares de pessoas, acabou com a ordem mundial pós-Guerra Fria, desestabilizou ainda mais o Oriente Médio, desmoralizou o governo, os serviços de inteligência e o jornalismo norte-americanos, e serviu de desculpa para justificar a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A revolta sunita gerou o Estado Islâmico, talvez o mais feroz dos grupos extremistas muçulmanos. Quem mais ganhou foi o Irã, que viu o arqui-inimigo Saddam Hussein ser deposto e morto, e a maioria xiita assumir o poder no Iraque.
Nos EUA, a mentira sobre as armas de destruição em massa de Saddam alimentou teorias conspiratórias e o início da era da pós-verdade, em que as pessoas escolhem a versão dos fatos mais de acordo com suas ideias e princípios ideológicos. A mentira sempre foi arma de guerra. A diferença hoje é que as pessoas querem acreditar na narrativa a seu gosto e se convencem de que é verdade.
Isto abriu o caminho para o isolacionismo da direita do Partido Republicano e a ascensão de Donald Trump. Meu comentário:
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