Em reunião de cúpula hoje e amanhã em Bruxelas, na Bélgica, a União Europeia (UE) deve aprovar o início dos processos de associação das ex-repúblicas soviéticas da Ucrânia e da Moldova, que devem levar anos. A Guerra da Ucrânia completa 120 dias sem perspectiva de paz. O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, acredita que a guerra deve durar anos.
No campo de batalha, a Rússia está prestes a tomar Sievierodonetsk e bombardeia intensamente Lissichansk, as duas principais regiões da província de Lugansk onde os ucranianos ainda resistem, mas só controla 60% da província de Donetsk. Estas duas regiões do Leste da Ucrânia, que Moscou reconheceu como repúblicas independentes antes da guerra, são há dois meses os principais alvos dos russos.
Ao mesmo tempo, na frente sul, as forças ucranianas resistem em Mikolaiv e bombardeiam a Ilha da Cobra, estrategicamente importantes para defender o porto de Odessa e o acesso ao Mar Negro. Sem saída para o mar, a Ucrânia sofreria um abraço de urso da Rússia capaz de sufocar sua economia. Os contra-ataques indicam que a Ucrânia recebeu novas armas de alta tecnologia de seus aliados ocidentais.
Um novo foco de tensão surgiu em Kaliningrado, uma região russa na costa do Mar Báltico espremida entre a Lituânia e a Polônia, dois países da OTAN. Por causa das sanções da UE, na sexta-feira passada, a Lituânia anunciou que não permitiria mais a passagem de mercadorias russas por seu território.
O Kremlin denunciou a medida como um bloqueio, mas não tem muitas opções de retaliação sem o risco de iniciar um conflito com a OTAN, que poderia levar a uma guerra nuclear. Uma possibilidade de reação é fazer ataques cibernéticos.
Como a Ásia, especialmente a China e a Índia, aumentaram a importação de petróleo russo a preços com desconto, o rublo é a moeda que mais se valorizou neste ano no mundo. Isto permite à Rússia manter o esforço de guerra, enquanto há uma fadiga na Europa por causa do impacto econômico do conflito. A maioria dos europeus quer a paz logo.
A Ucrânia denuncia o roubo de terras, empresas, equipamentos e safras agrícolas. Com a queda nas exportações ucranianas e as sanções à Rússia, há uma escassez de energia e alimentos que causa inflação e risco de desabastecimento e fome no mundo.
O crescimento de preços nos Estados Unidos e no Reino Unido é o maior em 40 anos. Com a pandemia, a guerra e o aquecimento global, mais 49 milhões de pessoas podem começar a passar fome no mundo nos próximos meses. Meu comentário:
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