O ex-procurador-geral Yoon Suk Yeol ganhou hoje a mais disputada eleição presidente da história democrática da Coreia do Sul com uma campanha crítica à China e à Coreia do Norte, o que tende a aumentar ainda mais o risco geopolítico neste momento de guerra da Rússia contra a Ucrânia. Ele também prometeu combater a corrupção e a desigualdade social.
Yoon, de 61 anos, do Partido do Poder Popular, conservador, obteve 48,6% dos votos contra 47,8% do ex-governador provincial Lee Jay Myung, de 57 anos, do Partido Democrata, que governou o país nos últimos cinco anos.
A participação foi de 77,1%, quase igualando o recorde de 2017 (77,2%), quando os sul-coreanos escolhiam o substituto da presidente Park Geun Hye, afastada num processo de impeachment em que o novo presidente foi o principal acusador.
O atual presidente, Moon Jae In, foi o grande responsável pela retomada do diálogo com a Coreia do Norte e dos três encontros de cúpula entre o ditador Kim Jong Un e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas as negociações para desnuclearizar a Península Coreana não avançaram. A Coreia do Norte teria hoje entre 30 e 40 ogivas nucleares.
A ditadura stalinista de Pyongyang fez seis testes nucleares a partir de 9 de outubro 2006 e acelerou seu programa de armas atômicas desde que Kim Jong Un chegou ao poder, em dezembro de 2011, como sucessor do pai e do avô, num comunismo dinástico. O país mais fechado do mundo está sob sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e tem mais de 90% de seu comércio exterior com a China.
Entre as iniciativas para pacificar a península, Moon resolver não instalar no país sistemas de defesa antimísseis dos EUA, que mantêm forças militares na Coreia do Sul desde a Guerra da Coreia (1950-53).
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