sábado, 5 de março de 2022

Hoje na História do Mundo: 5 de Março

 MASSACRE DE BOSTON

    Em 1770, uma massa de 300 a 400 colonos norte-americanos se reúnem diante da Alfândega, em Boston, na Colônia da Baía de Massachusetts, para provocar os soldados britânicos que protegiam o prédio, em protesto contra a ocupação da cidade por tropas do Império Britânico enviadas em 1768 para aplicar as novas leis de impostos do Parlamento Britânico, onde os colonos não tinham representação.

Diante da manifestação ruidosa de centenas de pessoas, o capitão britânico Thomas Preston manda nove soldados saírem de baioneta calada para proteger a Alfândega. Os colonos jogam bolas de neve, paus e pedras nos britânicos. Quando atingem o soldado Hugh Montgomery, ele dispara seu fuzil. Os outros soldados atiram em seguida.

Cinco colonos - Crispus Attucks, James Caldwell, Patrick Carr, Samuel Gray e Samuel Maverick - morrem. São os primeiros mártires da luta pela independência dos Estados Unidos.

A Guerra da Independência dos EUA começa em 19 de abril de 1975 com a Batalha de Lexington, perto de Boston. Em março de 1776, as forças britânicas deixam Boston depois de oito anos de ocupação, quando o general George Washington instala canhões e fortificações nas Colinas de Dorchester.

Por retomar a cidade sem derramamento de sangue, Washington, comandante do Exército Continental, recebe a primeira medalha de ouro do Congresso Continental.

A independência é proclamada em 4 de julho de 1776. A guerra termina na Batalha de Yorktown, de 28 de setembro a 19 de outubro de 1781, quando o general Charles Cornwallis se rende a Washington, comandante de uma força franco-norte-americana. Em 3 de setembro de 1783, no Tratado de Paris, a França e o Reino Unido reconhecem a independência dos EUA.

CORTINA DE FERRO

    Em 1946, o ex-primeiro-ministro Winston Churchill, um dos líderes dos aliados na Segunda Guerra Mundial (1939-45), faz um discurso no Westminster College, em Fulton, no Missouri, diante do presidente Harry Truman, critica a União Soviética e adverte que, "de Stettin, no Báltico, a Triestre, no Adriático, uma cortina de ferro cai sobre o continente", uma referência aos regimes comunistas implantados .

É o início da Guerra Fria, a confrontação estratégica, política, econômica, cultural, tecnológica e militar entre Estados Unidos e União Soviética que domina a segunda metade do século 20.

Churchill tenta consolidar a "relação especial" com os EUA como as grandes potências anglo-saxãs, mas evidentemente o Reino Unido é o parceiro menor. O ex-primeiro-ministro, derrotado nas eleições de 1945, quer manter o engajamento dos EUA com a Europa.

A expressão "cortina de ferro" entra no vocabulário da Guerra Fria. Em Moscou, o ditador soviético Josef Stalin, aliado na Segunda Guerra Mundial, denuncia o discurso como "belicista" e a referência ao "mundo que fala inglês" de imperialista e racista. 

MORTE DE STALIN

    Em 1953, o ditador soviético Josef Stalin morre de um ataque cardíaco fulminante depois de três décadas de tirania em que se estima que 20 milhões de pessoas tenham sido mortas em perseguições, mas o Exército Vermelho é a principal força na vitória sobre a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-45), em que morreram 27 milhões de soviéticos.

FOTO DO CHE

    Em 1960, o repórter fotográfico Alberto Díaz Gutiérrez, mais conhecido como Alberto Korda, tira

uma das fotos mais reproduzidas da história, a imagem icônica de Ernesto Rafael Che Guevara de la Serna, o Guerrilheiro Heróico, símbolo da rebeldia juvenil dos anos 1960.

O Che aparece rapidamente no funeral, em Havana de um trabalhador morto numa explosão num porto que o governo Fidel Castro atribuiu aos Estados Unidos. Não fica mais de cinco minutos no palanque e se junto à multidão.

Korda tirou duas fotos de Guevara, bem sério, com ar grave, olhando para cima, com a boina característica, uma tradição argentina, e a longa cabeleira.

O jornal La Revolución não publica a foto. Durante anos, é apenas um dos trabalhos favoritos do autor, que deu o nome de Guerrilheiro Heroico. Em 1967, a revista francesa Paris Match a usa numa reportagem sobre a guerrilha na América Latina.

Quando o Che morre, em 9 de outubro de 1967, executado por soldado boliviano em La Higuera, ao tentar levar a revolução para a Bolívia, Cuba realiza um funeral solene e uma enorme reprodução da foto aparece na fachada do Ministério do Interior.

É a canonização do Che. Em 1968, nas revoluções dos estudantes, Guevara estás nas paredes dos centros acadêmicos e alojamentos estudantes por meio mundo. Até hoje, circula nas camisetas dos jovens e nem tão jovens esquerdistas.

Nenhum comentário: