MASSACRE DE SHARPEVILLE
Em 1960, a polícia do regime segregacionista do apartheid abre fogo de submetralhadoras contra uma manifestação pacífica da maioria negra contra restrições ao direito de viajar dentro do país, mata 69 pessoas e deixa outras 180 feridas, na favela de Sharpeville, perto de Joanesburgo, a maior e mais rica cidade da África do Sul.
O Massacre de Sharpeville deflagra uma onda de protestos. Mais de 10 mil pessoas são presas pela ditadura da minoria branca para restaurar a ordem.
Diante da matança, o Congresso Nacional Africano (CNA) abandona a luta pacífica e adere à luta armada contra o apartheid. Nelson Mandela, que era influenciado pelas ideias pacifistas de Henry David Thoreau, Leon Tolstoy e Mohandas Gandhi, comanda a Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação), criada em 1961 para ser o braço armado do CNA.
Por isso, Mandela é preso em 1962 e condenado em 1964 à pena de morte por traição, sentença comutada para prisão perpétua. Sai da prisão 27 anos depois, em 1990, para negociar o fim do apartheid e a democratização da África do Sul. Em 1994, torna-se o primeiro presidente eleito democraticamente da história do país.
A data é o Dia da Igualdade Racial.
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