BRUTUS SE SUICIDA
Em 42 antes de Cristo, Marco Júnio Brutus, um dos assassinos de Caio Júlio César, se mata depois da derrota na Batalha de Filipos, na Macedônia, para um exército comandado por Marco Antônio, Otávio e Marco Emílio Lépido, outro general de César, que desde 43 AC formam com Lépido o segundo triunvirato da República Romana.
Dois anos antes, Brutus se junta à conspiração de seu cunhado, o senador Caio Cássio Longino, contra Júlio César, acusado de se tornar um ditador e ameaçar a república. O assassinato de César, em 44 AC, deflagra uma nova série de guerras civis e acaba com a república.
Primeiro, Antônio e Otávio vencem os republicanos Brutus e Cássio, que também se suicida. Lépido é afastado em 36 AC. Três anos depois, Antônio e Otávio rompem. Acaba o segundo triunvirato.
Em 31 AC, por articulação de Otávio, o Senado declara guerra a Cleópatra, rainha do Egito, ex-amante de César e amante de Marco Antônio, acusado de traição. Em 2 de setembro, Otávio vence a Batalha de Ácio, na Grécia. Antônio e Cleópatra fogem para o Egito e se suicidam, embora exista uma versão de que ela foi morta por Otávio.
Vitorioso, Otávio é coroado imperador em 27 AC com o nome de Otávio César Augusto. É o fim da República Romana, que é imperialista desde as Guerras Púnicas (264-143 AC), quando derrota Cartago a assume a hegemonia sobre o Mar Mediterrâneo.
NASCIMENTO DE PELÉ
Em 1940, nasce em Três Corações, no estado de Minas Gerais, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, maior jogador de futebol de todos os tempos.
A família se muda para Bauru, de onde Pelé é levado para o Santos pelo ex-jogador Valdemar de Brito. Pelé estreia na seleção brasileira em 1956, numa derrota por 2-1 para a Argentina, e ganha a primeira Copa do Mundo aos 17 anos, em 29 de junho de 1958.
Pelé é três vezes campeão do mundo pelo Brasil e duas vezes pelo Santos. Até hoje, é o maior artilheiro da seleção masculina. Ao todo, marcou 1.283 gols, 0,85 gol por jogo, acima dos atuais supercraques Lionel Messi (0,8) e Cristiano Ronaldo (0,73). É o único jogador com mais de mil gols.
REVOLTA CONTRA O STALINISMO
Em 1956, uma manifestação estudantil reúne milhares de pessoas no Centro de Budapeste, marcha até o Parlamento e um grupo invade a Rádio Europa Livre para divulgar sua mensagem contra o regime comunista linha-dura e é atacado pela Autoridade de Proteção do Estado, a polícia política, o que deflagra uma revolta popular contra o regime stalinista de Matyas Rakosi e as tropas da União Soviética estacionadas na Hungria.
Depois da morte do ditador Josef Stalin, em 5 de março de 1953, o novo líder soviético, Nikita Kruschev, denuncia os crimes de stalinismo no 20º Congresso do Partido Comunista da URSS, realizado de 14 a 26 de fevereiro de 1956.
Em consequência, surgem alas liberalizantes e reformistas nos PCs. Com o levante, o reformista Imre Nagy assume a liderança do partido na Hungria em 24 de outubro. A ala reformista toma o poder, admite não comunistas no governo, promete reformas democráticas, dissolve a polícia política e retira a Hungria unilateralmente do Pacto de Varsóvia, a aliança militar liderada pela URSS.
Uma grande invasão soviética, em 4 de novembro, com 31.550 soldados e 1.130 tanques, derruba Nagy e restaura o regime stalinista sob a chefia de Janos Kadar, que fica no poder até 1988. Pelo menos 772 soldados da URSS e dos stalinistas húngaros e de 2,5 e 3 mil rebeldes morrem na revolta, que termina em 11 de novembro. Cerca de 200 mil pessoas fogem da Hungria.
Nagy se refugia na Embaixada da Iugoslávia, mas é preso e executado em 16 de junho de 1958. Com a queda do comunismo, em 1989, Nagy e seus aliados na revolta de 1956 são reabilitados e reenterrados com honras de heróis.
TERROR NO LÍBANO
Em 1983, um terrorista suicida explode um caminhão-bomba no quartel-general dos fuzileiros navais dos Estados Unidos em Beirute, no Líbano, matando 241 soldados, e um ataque semelhante mata 58 soldados. O grupo extremista muçulmano Jihad Islâmica (Guerra Santa Islâmica) reivindicou a autoria dos atentados, que causaram a retirada das forças internacionais do Líbano.
Depois da dissolução do Império Otomano, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a França obtém um mandato da Liga das Nações para administrar a Síria e o Líbano.
O Líbano se torna independente em 1943 com um frágil equilíbrio entre os grupos étnicos e um acordo pelo qual o presidente é cristão, o primeiro-ministro muçulmano sunita e o presidente do Parlamento muçulmano xiita.
Quando Israel vence a Guerra dos Seis das, em 1967, e ocupa territórios árabes, os palestinos fogem, principalmente para a Jordânia, tentam dar um golpe contra o rei Hussein e são massacrados no Setembro Negro, em 1970.
Muitos palestinos se refugiam no Líbano, rompendo o frágil equilíbrio entre cristãos e muçulmanos, o que leva à Guerra Civil Libanesa (1975-90).
As tropas das potências estão no país desde agosto de 1982. Em tese, são uma força de paz para proteger a saída dos palestinos do Líbano, que Israel invade em 6 de junho para atacar a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Com a invasão israelense, sem poder enfrentar uma força superior, a resistência libanesa recorre ao terrorismo suicida.
TERROR NO TEATRO EM MOSCOU
Em 2002, cerca de 50 rebeldes chechenos invadem um teatro lotado em Moscou e fazem 800 reféns.
O segundo ato de um musical está começando, quando os terroristas entram no palco do Paláco da Cultura e disparam rajadas de metralhadora para o ar. Entre eles, há mulheres com explosivos presos junto ao corpo.
Ao se apresentar como soldados do Exército da Chechênia, os terroristas apresentam sua exigência: a retirada total das forças militares da Rússia da Chechênia, uma república da Federação Russa da região do Norte do Cáucaso.
A Primeira Guerra da Chechênia vai de 11 de novembro de 1994 a 31 de agosto de 1996. Mais de 100 ml pessoas morrem e a Rússia perde.
A Segunda Guerra da Chechênia é iniciada em 26 de agosto de 1999 pelo então primeiro-ministro Vladimir Putin para firmar sua liderança como herdeiro político do presidente Boris Yeltsin com uma política de terra arrasada. Vai até 16 de abril de 2009. Mais de 23 mil pessoas morrem.
Depois de 57 horas e da morte de dois reféns, forças especiais da Rússia atacam os terroristas em 26 de outubro. Usam um gás narcótico dentro do teatro que deixou quase todos os que estavam lá dentro inconscientes.
A maioria dos guerrilheiros e 120 reféns no ataque. As forças especiais se defendem alegando que sem a surpresa os terroristas teriam detonado os explosivos.
Putin endurece ainda mais na Chechênia. Os rebeldes fazem novos ataques terroristas, em 6 de fevereiro de 2004 contra o metrô de Moscou, com 41 mortes, e tomam, em em 1º de setembro, uma escola em Beslan, na Ossétia do Norte, onde pelo menos 334 morreram, inclusive 156 crianças.
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