domingo, 8 de agosto de 2010

Hesbolá acusa Israel pelo assassinato de Hariri

Diante da expectativa de que membros do grupo sejam denunciados pelo tribunal especial das Nações Unidas que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik Hariri, a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) anunciou hoje ter provas incriminando Israel.

Numa entrevista coletiva marcada para segunda-feira, o líder do Hesbolá, xeque Hassan Nasrallah, promete apresentar as provas, revelou um porta-voz da milícia à agência de notícias palestina Ma'an.

Rafik Hariri, pai do atual primeiro-ministro Saad Hariri, foi morto num atentado terrorista em 14 de fevereiro de 2005 junto com outras 20 pessoas. Desde o início, as suspeitas recaíram sobre a Síria, seus vários serviços secretos e seus aliados no Líbano.

A morte de Hariri criou o movimento popular 14 de março, que conseguiu forçar a retirada das tropas sírias que intervinham no país desde 1976, no início da Guerra Civil Libanesa (1975-90).

Na semana passada, a revista alemã Der Spiegel apontou ligações do Hesbolá com o assassinato.

Os jornais libaneses disseram que o procurador do tribunal especial, Daniel Bellemere, vai fazer as denúncias em duas partes, a partir de setembro. Na primeira, devem ser acusados de três a cinco membros do Hesbolá; na segunda, devem ser mais de 20.

No mês passado, o presidente sírio, Bachar Assad, outro suspeito,  advertiu que acusar o Hesbolá pode levar à destruição do Líbano. O primeiro-ministro Saad Hariri prevê que vai haver disputas políticas em torno do caso, mas nada demais vai aconteceu.

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