sábado, 12 de novembro de 2022

Hoje na História do Mundo: 12 de Novembro

 SHERMAN DESTRÓI ATLANTA

    Em 1864, durante a Guerra da Secessão (1861-65), o general nortista William Sherman ordena a destruição do distrito industrial de Atlanta, a capital do estado da Geórgia, no Sul dos Estados Unidos.

O Exército da União (Norte) toma Atlanta no início de setembro de 1864. Como sabe que não tem como manter o controle da cidade, Sherman decide destruir tudo o que possa ser útil ao inimigo. Então, manda destruir a cidade.

Cerca de 40% de Atlanta são arrasados. Sherman usa a mesma estratégia em Savannah. Há uma estátua dele na entrada do Central Park na esquina da Rua 59 com 5ª Avenida. 

Até hoje, a Doutrina Sherman, de destruir tudo o que possa ser útil ao inimigo, inclusive água e comida, é um elemento importante na estratégia militar dos EUA. A Doutrina Powell, do general Colin Powell, empregada na Guerra do Golfo de 1991, usar a força máxima com exceção de armas nucleares para encurtar a guerra, segue a mesma linha.

MASSACRE REVELADO

    Em 1969, o repórter Seymour Hersh revela as acusações contra o tenente William McCalley, comandante responsável pelo Massacre de My Lai, a maior matança de civis da Guerra do Vietnã (1955-75), ocorrida em 16 de março de 1968.

"O Exército diz que ele assassinou deliberadamente pelo menos 109 civis vietnamitas numa operação de busca e destruição em março de 1968 num reduto do Vietcongue conhecido como Pinkville", escreveu Hersh.

Entre 200 e 500 civis sul-vietnamitas são mortos por soldados dos Estados Unidos enquanto tentam fugir. Os sobreviventes são levados a uma vala onde recebem a ordem de McCalley de "acabar com eles".

A primeira investigação do Exército dos EUA concluiu que não houve massacre. O segundo inquérito apontou 30 participantes no massacre; 14 foram denunciados. Só McCalley é condenado, à prisão perpétua, por 22 homicídios, mas a pena é reduzida e ele sai da prisão em 1974.

ANDROPOV ASSUME PODER

    Em 1982, dois dias depois da morte de Leonid Brejnev, Yuri Andropov é eleito secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética. 

Andropov nasce em 1914 e se torna membro ativo da Juventude Comunista. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), trava uma guerra de guerrilhas contra a invasão da Alemanha Nazista. 

Em 1954, é nomeado embaixador da Hungria, onde está quando o Exército Vermelho esmaga a revolta húngara de 1956 e mente duas vezes ao primeiro-ministro Imre Nagy. Primeiro, nega que a URSS vá invadir. Depois, garante que Nagy não será alvo de represálias. O líder húngaro é preso e executado em 1958.

De volta à URSS em 1957, trabalha 10 anos no departamento do Comitê Central do Partido Comunista encarregado das relações com partidos socialistas e comunistas de outros países.

A ascensão de Andropov segue com a nomeação, em 1967, para diretor do Comitê de Defesa do Estado (KGB), a temida polícia política soviético, de onde sai em 1982 para disputar a sucessão de Brejnev. É considerado um dos articuladores da Détente com o Ocidente anos anos 1970.

No poder, Andropov enfrenta a linha dura do presidente Ronald Reagan (1981-89). As relações entre as superpotências, deterioradas desde a invasão do Afeganistão pelos soviéticos, em 1979, se agravam com o abate, em 1º de setembro de 1983, de um Boeing 747 da companhia sul-coreana Korean Air com um deputado norte-americano a bordo, e a instalação de mísseis de curto e médio alcances na Europa Ocidental, a partir de 1º de novembro do mesmo ano.

Depois de um ano debilitado por doença, Andropov morre em 9 de fevereiro de 1984. É substituído por Konstantin Chernenko, que também está velho e doente. Seu discípulo Mikhail Gorbachev se torna líder do partido em 11 de março de 1985 e inicia uma série de reformas, mas o regime comunista se mostra irreformável e a URSS acaba no fim de 1991.

IMPERADOR AKIHITO

    Em 1990, dois anos depois da morte do pai, o imperador Hiroíto, Akihito ascende ao Trono do Crisântemo como 125º imperador do Japão, numa dinastia que teria começado em 660 antes de Cristo.

Hiroíto ascende ao trono em 1926 como um monarca absolutista. Com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial (1939-45) e a Constituição imposta pelos Estados Unidos, em vigor desde 3 de maio de 1947, o imperador perde o poder real. Vira uma figura decorativa.

Em 1959, Akihito rompe uma tradição de 1.500 anos ao se casar com uma plebeia, Michiko Shoda. Seu reinado é a era Heisei (Conquista da Paz).

Doente, Akihito abdica ao trono em 30 de abril de 2019. É substituído pelo príncipe herdeiro Naruíto.

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