Em 1946, o estilista francês Louis Réard apresenta numa piscina popular de Paris, no corpo da dançarina Micheline Bernardini, um ousado maiô de duas peças que chamou de "biquíni" inspirado pelo Atol de Bikini, no Oceano Pacífico, onde os Estados Unidos testavam bombas atômicas.
As mulheres europeias começam a usar maiôs de duas peças nos anos 1930, mas eles só mostram um pedaço da barriga e cobrem o umbigo. Nos EUA, eles aparecem durante a Segunda Guerra Mundial, quando há racionamento de tecidos no país e as praias europeias eram são zonas de guerra.
No primeiro ano do pós-guerra, os estilistas franceses produzem roupas que reflitam o espírito de alegria da libertação, inclusive "os menores trajes de banho do mundo". O biquíni de Réard era um sutiã na parte de cima e dois triângulos unidos por um cordão.
Para apresentar sua criação, o estilista não consegue nenhuma modelo profissional. Recorre, então, a Micheline Bernardini, uma dançarina do Cassino de Paris que não tinha escrúpulos para aparecer nua em público.
O biquíni é um sucesso, especialmente entre os homens. Micheline recebe cerca de 50 mil cartas de fãs. Logo, as mulheres mais ousadas adotam o biquíni nas praias do Mar Mediterrâneo. A Itália e a Espanha proibem até os anos 1950, quando o biquíni toma conta das praias europeias.
Com o puritanismo americano, nos EUA, o biquíni só emplaca com o espírito rebeldes dos jovens dos anos 1960 e é imortalizado na música pop, especialmente da Califórnia.
No Brasil, uma medidas medidas moralistas do presidente Jânio Quadros, em seu breve governo de sete meses, em 1961, é proibir o uso de biquínis nas praias, além de corridas de cavalo em dias de semana e outras bizarrices.
Em 1975, o americano Arthur Ashe vence o compatriota Jimmy Connors, que era o favorito, e se torna o primeiro homem negro a ganhar o Campeonato de Wimbledon, o mais tradicional torneio de tênis do mundo. A primeira mulher negra foi a americana Althea Gibson, em 1957.
Ashe começa a jogar tênis na sua cidade natal, Richmond, na Virgínia, e ganha uma bolsa de estudos para a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Em 1968, é o primeiro negro a vencer o Torneio Aberto dos EUA. Dois anos depois, ganha o Aberto a Austrália.
Nos próximos sete anos, não ganha mais nenhum torneio do Grand Slam (Austrália, França, Inglaterra e EUA). Aos 31 anos, chega à final de Wimbledon contra o jovem Connors, de 22. Nunca passara da semifinal em Londres.
Connors defende o título, tem três vitórias sobre Ashe e passa por Roscoe Tanner, que tinha um dos saques mais poderosos da história de Wimbledon. Mas era o dia de Ashe, que vence por 3-1 (6-1, 6-1, 5-7, 6-4).
Depois de sofrer um ataque cardíaco, Ashe deixa o tênis em 1980. Ele escreve o livro de três volumes Um Duro Caminho para a Glória, sobre a luta dos atletas negros nos EUA. Ashe morre em fevereiro de 1993 de aids, contraída numa transfusão de sangue. Em 1997, uma nova quadra onde se joga o Torneio Aberto dos EUA é batizada com seu nome.
Em 1996, nasce no Instituto Roslin, na Escócia, a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta. É batizada em homenagem à cantora e atriz americana Dolly Parton. O nome é sugerido por uma pessoa ao saber que a clonagem partiu de uma célula mamária.
As células mamárias saem do ubre de uma ovelha de seis anos e sã0 cultivadas em laboratório com técnicas desenvolvidas para tratamentos de fertilidade humana nos anos 1970. Depois de produzir um certo número de ovos, eles são implantados no útero de outras ovelhas, que fazem o papel de barrigas de aluguel. Dolly nasce 148 dias depois.
É uma revolução. Os defensores da experiência argumentam que a clonagem pode ser um avanço extraordinário da medicina, permitindo produzir tecidos e órgãos humanos sem rejeição para transplantes e tratar deficiências e doenças degenerativas. Os críticos advertem para as questões éticas suscitadas pela possibilidade de clonar seres humanos para eliminar doenças e criar seres humanos biologicamente superiores.
Sua vida é curta. Dolly cruza com um carneiro chamado David e tem quatro cordeirinhos. Em janeiro de 2002, é diagnosticada com artrite, levantando dúvidas sobre anomalias genéticas causadas pela clonagem. Com uma doença respiratória, Dolly é sacrificada aos seis anos em 14 de fevereiro de 2003. É empalhada. Está em exposição no Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo.
Em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara que a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, do inglês) está sob controle, depois de matar 11% de um total de 8.422 casos confirmados.
Com uma taxa de letalidade tão elevada, por sorte, o coronavírus causador da SARS (SARS-CoV-1) não se propagou como o SARS-CoV-2, causa da doença do coronavírus de 2019 (Covid-19).
Os primeiros casos da SARS, uma pneumonia aguda grave, apareceram na China em novembro de 2002. Em 15 de fevereiro de 2003, a China registrara 305 casos. O regime comunista chinês foi criticado por demorar a comunicar a doença à Organização Mundial da Saúde (OMS). Naquela época, foi criada a regra de que surtos desta gravidade precisam ser avisados à OMS em 24 horas.
A doença chegou a Hong Kong, Taiwan e Vietnã, e viajou pelo mundo de avião. Em março, uma mulher idoso que fora a Hong Kong morreu de SARS em Toronto, no Canadá. Houve um surto na maior cidade canadense com 44 mortes. Em 12 de março de 2003, a OMS deu um alerta de saúde global.
Na China, morreram cerca de 350 pessoas. A Copa do Mundo de futebol feminino de 2003 foi transferida para os Estados Unidos. O Campeonato Mundial Feminino de Hóquei no Gelo, que seria realizado em Beijim, foi cancelado, entre tantas conferências, convenções e reuniões de negócios, com perdas de milhões de dólares. Até os restaurantes chineses sofreram.
Os principais sintomas da SARS eram de início semelhantes aos de uma gripe: febre alta, tosse seca e, em alguns casos, dor de cabeça, diarreia, rigidez muscular, alergia, confusão e perda de apetite. Os problemas respiratórios surgiu entre 2 e 10 dias. Os últimos quatro casos foram diagnosticados na China em abril de 2004.
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