domingo, 11 de julho de 2021

Hoje na História do Mundo: 11 de Julho

    Em 1656, Ann Austin e Mary Fischer, duas inglesas, as primeiras quakers a emigrar para as colônias americanas chegam a Boston, na Baía de Massachusetts. Elas vêm de Barbados, onde criaram um centro missionário.

A Sociedade dos Amigos, uma entidade religiosa, é fundada na Inglaterra por George Fox. O nome deriva do tremor causado pelo fervor religioso de seus membros, que são contra a violência e a guerra, e se dedicam à educação e à caridade. São contra a escravidão e a favor da igualdade entre os sexos.

Sua pregação liberal contraria o puritanismo de Massachusetts. Elas são presas e deportadas para Barbados cinco anos depois. Em 1658, o grupo foi banido da colônia sob ameaça de pena de morte. Mais tarde, estas leis foram revogadas.

No século 18, o quaker John Woolman viaja pelas colônias americanas pregando a religião e o abolicionismo. Ele promove boicotes aos produtos fabricados por escravos e tenta convencer as comunidades quakers a aderir à campanha abolicionista. 

A quaker Lucretia Mott foi uma abolicionista importante no século 19. Trabalhou na Estrada de Ferro Subterrânea, um movimento clandestino para ajudar na fuga de escravos para a liberdade. Também foi pioneira da luta pelos direitos das mulheres.

    Em 1804, o vice-presidente Aaron Burr, acerta seu inimigo político Alexander Hamilton, que foi o primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos, num dos duelos mais famosos da história do país. O líder do Partido Federalista e o principal arquiteto da ordem da econômica dos EUA morre no dia seguinte.

Hamilton nasce na ilha caribenha de Névis e emigra para os EUA em 1773. Durante a Guerra da Independência dos EUA (1775-83), entra para o Exército Continental e chama a atenção do comandante, general George Washington, que o nomeia assessor.

Dez anos depois, é delegado na Convenção Constitucional que redige a Constituição dos EUA e luta por sua ratificação por criar um um governo central forte como ele queria.

Quando Washington é eleito primeiro presidente dos EUA, em 1788, convida Hamilton para o governo. Em 1789, ele se torna o primeiro secretário do Tesouro.

Burr nasceu numa família de elite da colônia de Nova Jérsei em 1756. Aderiu ao Exército Continental 1775. Foi deputado estadual e procurador-geral de Nova York. Em 1796, disputou a eleição presidencial na chapa de Thomas Jefferson, quando foi atacado por Hamilton. John Adams venceu. 

Na época, cada eleitor votava em dois candidatos e o Colégio Eleitoral num só. O segundo mais votado era eleito vice-presidente.

Em 1800, de novo, a chapa Jefferson-Burr concorreu pelo Partido Democrata-Republicano, o futuro Partido Democrata. Burr divulgou um documento em que Hamilton criticava Adams, o que dividiu os federalistas. Jefferson e Burr venceram.

No Colégio Eleitoral, houve  empate em 73 votos. A eleição foi para a Câmara dos Representantes e os federalistas apoiaram Burr. Depois de 35 empates, parte dos federalistas mudou da lado sob a influência de Hamilton e Jefferson ganhou, uma das razões do duelo.

Em 1804, Jefferson não indicou Burr para vice. Este tentou entrar no Partido Federalista. Foi barrado numa campanha inflamada de Hamilton, que continuou quando ele se lançou como candidato independente. No mesmo ano, o Congresso aprovou a 12ª Emenda à Constituição dos EUA, estabelecendo votações distintas para presidente e vice.

Em 1944, o Conde Claus von Stauffenberg, coronel do Exército da Alemanha, vai com uma bomba até o quartel-general de Adolf Hitler em Berchtesgaden, na Baviera, com a intenção de assassinar o Führer. O atentado seria em 15 de julho, mas Hitler é chamado ao quartel-general de Rastenburg, na Prússia Oriental, hoje parte da Polônia, conhecido como Toca do Lobo.

Desde o início da Segunda Guerra Mundial (1939-45), as atrocidades do nazismo provocam a indignação de alemães e, com o tempo, de conspirações para derrubar Hitler. O maior reúne cerca de 500 oficiais alemães.

Stauffenberg servia o Exército alemão desde 1926. Durante a guerra, participa da invasão à União Soviética, onde judeus e prisioneiros soviéticos eram sumariamente eliminados. Transferido para o Norte da África, perde um olho, a mão direita e dois dedos da mão esquerda. Como comandante das Forças da Reserva, tem acesso direto a Hitler.

Líder da conspiração, chamada de Operação Valquíria, ele recebe a bomba do major Helmuth Stieff em 3 de julho. Com a viagem de Hitler e o adiamento do ataque, ele sabe em 16 de julho, num encontro com o coronel Cæsar von Hofacker que a Muralha do Atlântico entrara em colapso na Normandia e que a guerra havia mudado na frente ocidental. Era chegado o momento de se livrar de Hitler e negociar a paz.

O atentado fica para 20 de julho. Como Hitler vai receber Mussolini, a reunião é antecipada em uma hora. Stauffenberg tem pouco tempo para armar as duas bombas escondidas numa pasta. Ele só consegue preparar uma, a aciona e deixa a reunião. 

O coronel Heinz Brandt chuta acidentalmente a pasta de Stauffenberg, que fica do outro lado do grosso pé da mesa de carvalho. No momento da explosão, Hitler está do outro lado da mesa e não morre.

Do lado de fora da cabana, Stauffenberg e outros conspiradores saem convencidos da morte do Führer. Horas depois, o coronel anuncia que está tomando o poder na Alemanha. 

A proposta a conspiração era assinar um cessar-fogo com os aliados ocidentais, numa rendição incondicional, e concentrar esforços na guerra contra a URSS na frente oriental para impedir o Exército Vermelho de tomar a Europa Oriental e chegar a Berlim.

Com o fracasso do atentado, 5 mil pessoas são presas e 200 executadas, inclusive Stauffenberg.

    Em 1979, a estação espacial americana Skylab cai na Terra, na Austrália e no Oceano Índico, cinco anos do fim da última missão tripulada realizada nela.

A Skylab, lançada em 1973, é a primeira estação espacial bem-sucedida, depois do fracasso da soviética Salyut. Com 36 metros de altura, é cilíndrica e pesa 77 toneladas. É capaz de abrigar até três tripulações de três astronautas.

Os tripulantes a Skylab passam mais de 700 horas observando o Sol e tiram mais de 175 mil fotos da nossa estrela. Realizem estudos para examinar os efeitos biológicos da longa permanência no espaço. Com o desgate prematuro causado por radiação solar acima do esperado, a estação especial é desativada e cai na Terra.

    Em 1995, duas décadas depois da queda de Saigon, hoje Cidade de Ho Chi Minh, os Estados Unidos estabelecem relações diplomáticas com o Vietnã, citando a cooperação do regime comunista vietnamita na busca pelos restos mortais de 2.238 desaparecidos em ação durante a intervenção militar americana (1964-75) na Guerra do Vietnã (1955-75).

A normalização das relações com o inimigo que derrotou a superpotência começam em 1994, quando o presidente democrata Bill Clinton suspende o embargo comercial ao Vietnã. O senador republicano John McCain, um ex-piloto da Força Aérea que ficou cinco anos e meio como prisioneiro de guerra no Vietnã, foi importante no reatamento.

O envolvimento dos EUA na guerra aumenta de mil assessores militares em 1959 para pelo menos 2,8 mil na época do assassinato do presidente John Kennedy (1961-63). Depois do Incidente do Golfo de Tonkin, forjado para justificar a entrada direta dos EUA no conflito, em 1964, o presidente Lyndon Johnson declara guerra do Vietnã do Norte.

Em abril de 1969, os EUA chegam a um máximo de 543 mil soldados no Vietnã, mas a erosão do apoio político interno por causa das 58.281 mortes minam o esforço de guerra. Cerca de 2 milhões de vietnamitas morrem na Guerra do Vietnã, que deflagra guerras civis no Laos e no Camboja. Em 1975, os três países da antiga Indochina Francesa se tornam comunistas.

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