SEMANA SANGRENTA EM PARIS
Em 1871, a Comuna de Paris, uma revolta popular contra o governo provisório de Adolphe Tiers que tenta instaurar um regime revolucionário na França, é alvo de uma onda de repressão violenta conhecida como Semana Sangrenta.
A Comuna de Paris é uma insurreição contra o governo francês para criar um regime socialista com governo dos trabalhadores. Deflagrada em 18 de março, vai até 28 de maio. É resultado da derrota para a Alemanha na Guerra Franco-Prussiana (1870-71), do Cerco de Paris e do colapso do Segundo Império (1852-70) sob Napoleão III.
A Assembleia Nacional eleita em fevereiro de 1871 para fazer a paz com a Alemanha tem uma maioria monarquista que reflete o conservadorismo das províncias. Os republicanos de Paris temem que a assembleia reunida em Versalhes restaure a monarquia.
Os revolucionários ganham as eleições municipais de 26 de março. O programa radical da comuna é adotado. Mas comunas de Marselha, Lyon, Saint-Étienne e Toulouse são rapidamente derrotadas. E os fédérés não tem organização militar para enfrentar uma máquina de guerra.
Em 21 de maio, as tropas do governo entram numa região não defendida de Paris. Na Semana Sangrenta, esmagam a comuna, que se defende com barricadas nas ruas da capital francesa e incêndios em prédios públicos.
Pelo menos 877 soldados morrem e outros 187 desaparecem nesta guerra civil. Do lado da Comuna de Paris, são 6.667 mortes confirmadas.
PRIMEIRA AVIADORA A CRUZAR O ATLÂNTICO
Em 1932, a norte-americana Amelia Earhart se torna a primeira mulher a pilotar um avião sozinha e atravessar o Oceano Atlântico.
Amelia Mary Earhart nasce em Atchison, no estado do Kansas, em 24 de julho de 1897, filha de um advogado de companhia ferroviária e de uma mãe de família rica, mas o alcoolismo do pai complica a vida. Durante ou uma visita a uma irmã no Canadá, Amelia resolve cuidar de soldados feridos na Primeira Guerra Mundial (1914-18).
Depois da guerra, ela entra para a Universidade de Colúmbia, em Nova York, mas larga porque a família insiste que vá morar na Califórnia. Lá, em 1920, voa pela primeira vez e começa a receber lições de pilotagem. Em 1921, compra seu primeiro avião e dois anos depois consegue a licença para pilotar.
Nos anos 1920, ela se muda para Massachusetts, onde trabalha como agente social numa casa para imigrantes em Boston, mas não perde a interessa na aviação.
Em 17 de junho de 1928, ela embarca como passageira num voo da Terra Nova, no Canadá, para Burry Port, no País de Gales. Vira celebridade e escreve um livro sobre a experiência, 20 horas e 40 minutos.
A viagem a estimula a organizar seu próprio voo solo. Ela sai em 20 de maio de 1932 de Harbour Grace, na Terra Nova, num Lockheed Vega e chega a Londonderry, na Irlanda do Norte no dia seguinte no tempo recorde de 14 horas e 56 minutos.
Além do sucesso como aviadora, Earhart é conhecida por encorajar as mulheres e desafiar as normas sociais que limitam suas oportunidades.
Em 1935, Amelia Earhart voa sozinha do Havaí à Califórnia num viagem de 3.875 quilômetros, cerca de 800km a mais do que o sobrevoo ao Atlântico. Ela sai de Honolulu, no Havaí, em 11 de janeiro e chega a Oakland, na Califórnia, 17 horas e 7 minutos.
O próximo desafio é dar a volta ao mundo. Em 1º de junho de 1937, ela sai de Miami num avião bimotor Lockheed Electra com Fred Noonon como navegador. Depois de várias escalas para reabastecer, pousam em Lae, na Nova Guiné, em 29 de junho, tendo percorrido 35 mil quilômetros.
Em 2 de julho, eles partem em direção à Ilha Howland a 4,2 mil km de distância. Dois navios dos Estados Unidos ajudam na navegação. Na sua última mensagem pelo rádio, ela avisa que estão ficando sem combustível. O avião desaparece a cerca de 160km do destino.
BOMBA DE HIDROGÊNIO EM BIKINI
Em 1956, um avião bombardeiro dos Estados Unidos joga uma bomba de hidrogênio sobre a ilha de Namu, no Atol de Bikini, no Oceano Pacífico, mostrando que a bomba H pode ser transportada de avião, num novo salto na corrida armamentista nuclear.
Os EUA testam armas nucleares em Bikini desde 1946, com explosões terrestres. Neste teste, um bombardeiro B-52 joga a bomba a uma altitude de mais de 15 mil metros. A explosão acontece a cerca de 4,6 quilômetros do solo, com uma energia de 15 megatons, equivalente a 15 milhões de toneladas de dinamite.
ASSASSINATO DE RAJIV GANDHI
Em 1991, o ex-primeiro-ministro indiano Rajiv Gandhi é assassinado num atentado terrorista suicida em Sriperumbudur, no estado de Tamil Nadu, na Índia.
Rajiv Ratna Gandhi nasce em Bombaim, hoje Mumbai, em 20 de agosto de 1944, filho da futura primeira-ministra Indira Gandhi e neto de Jawaharlal Hehru, o primeiro chefe de governo da Índia independente. Ele estuda no Imperial College de Londres e se forma em engenharia na Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
O herdeiro político de Indira é outro filho, Sanjay Gandhi, que morre em acidente aéreo em 23 de junho de 1980.
Outra tragédia, a morte da mãe e primeira-ministra Indira Gandhi, assassinada por um guarda-costas da seita sikh em 31 de outubro de 1984 em Nova Déli, leva Rajiv à chefia do governo e à liderança do Partido do Congresso.
No governo, Rajiv desburocratiza e liberaliza a economia do país. É o reformista que começa a abrir a economia da Índia, hoje a grande economia que mais cresce no mundo, em 6% a 7% ao ano. Deve passar o Japão neste ano para se tornar a quarta maior economia do mundo.
Sem sucesso, tenta pacificar as revoltas dos sikhs do Punjab, que lutam pela independência do Calistão, e dos muçulmanos da Caxemira, que gostariam de se unir ao Paquistão. Depois de escândalos financeiros e da derrota do Partido de Congresso nas eleições de 1989, Rajiv renuncia.
Em maio de 1991, Rajiv está em campanha eleitoral em Tamil Nadu, no Sul da Índia, ele e outras 16 pessoas morrem com a explosão de uma bomba escondida numa cesta de flores carregada por uma mulher ligada aos Tigres da Libertação do Ilam Tamil, um movimento separatista do vizinho Sri Lanka.
É uma vingança. Em 1987, Rajiv envia tropas da Índia para impor um cessar-fogo na guerra civil do país vizinho.
A Justiça da Índia condena em 1998 26 pessoas pelo assassinato de Rajiv Gandhi, tamis do Sri Lanka e seus aliados indianos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário