PRIMEIRO SOBREVOO AO POLO NORTE
Em 1926, o explorador norueguês Roald Amundsen, o cientista norte-americano Lincoln Ellsworth e o engenheiro italiano Umberto Nobile fazem a bordo do dirigível Norge o primeiro voo comprovado sobre o Polo Norte.
Maior explorador polar da história, Amundsen nasce em Borge, perto de Oslo, em 16 de julho de 1872. É o primeiro homem a chegar ao Polo Sul, a cruzar a Passagem do Noroeste entre o Norte do Canadá, o Alasca e a Rússia do Oceano Atlântico para o Pacífico e a sobrevoar o Polo Norte.
Em 1903, ele parte para navegar entre as ilhas do Norte do Canadá para chegar ao Estreito de Bering. O gelo bloqueia sua passagem em agosto de 1905. Amundsen retoma a jornada em agosto de 1906 e chega a Nome, no Alasca.
O desbravador dos polos sai da Noruega em junho de 1910. Vai da Ilha da Madeira à Baia das Baleias, no Mar de Ross, na Antártida. Sua base fica 100 quilômetros mais perto do Polo Sul do que a base do explorador inglês Robert Falcon Scott, que tenta realizar a mesma proeza.
Com 4 companheiros, 52 cachorros e 4 trenós, Amundsen parte em 19 de outubro de 1911. Com bom tempo, atinge o Polo Sul em 14 de dezembro e volta à base com segurança em 25 de janeiro de 1912. Scott chega ao polo em 17 de janeiro, mas sua equipe enfrenta tempestades no retorno e todos morrem.
Em 1925, Amundsen tenta com Ellsworth sobrevoar o Polo Norte, mas fica a 150 km de distância. Consegue realizar a façanha em 1926, quando vai de Svalbard, no Norte da Noruega, ao Alasca.
FIM DO BLOQUEIO DE BERLIM
Em 1949, a União Soviética suspende um bloqueio de 11 meses ao acesso por terra a Berlim Ocidental, um enclave capitalista na futura Alemanha Oriental que precisou ser reabastecido pela maior ponte aérea da história.
No fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), os aliados ocupam a Alemanha e dividem o país em quatro setores, administrados pelos Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a URSS. A capital alemã, também dividida, fica no meio da parte soviética.
Em maio de 1948, os três aliados ocidentais decidem unir suas partes para formar a Alemanha Ocidental. Num passo decisivo para criar o novo país, em 20 de junho, o lado ocidental adota o marco alemão como moeda.
A URSS reage. Em 24 de junho, bloqueia ferrovias, rodovias e hidrovias que ligam Berlim Ocidental à Alemanha Ocidental. A ditadura de Josef Stalin tenta sufocar Berlim Ocidental, deixando a cidade sem água, comida, combustíveis e outros suprimentos para que se submeta a Moscou.
Os EUA e o Reino Unido respondem com a maior ponte aérea da história. Durante um ano e dois meses, 278.288 missões aéreas de apoio levam 2.326.406 toneladas de suprimentos. Os voos são realizados 24 horas por dia. Em abril de 1949, os aviões pousavam a cada minuto. A ponte aérea vai até 30 de setembro de 1949, alguns meses depois do fim do bloqueio.
Em resposta ao Bloqueio de Berlim, o Tratado de Washington cria em 4 abril de 1949 a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA, que tem como base o princípio de que um ataque contra um é um ataque contra todos.
Quando o bloqueio acaba, comboios percorrem imediatamente os 176 quilômetros que separam Berlim Ocidental do lado ocidental. Em 23 de maio de 1949, nasce a República Federal da Alemanha, a Alemanha Ocidental. A República Democrática da Alemanha, mais conhecida como Alemanha Oriental, é fundada em 7 de outubro de 1949.
A tensão continua até a construção do Muro de Berlim, na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, para evitar a fuga em massa para o Ocidente. A antiga capital da Alemanha se torna um foco central da Guerra Fria. Em 27 de outubro de 1961, tanques norte-americanos e soviéticos ficam frente a frente no ponto de cruzamento da Friedrichstrasse, o Checkpoint Charlie.
A abertura do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, e a reunificação da Alemanha, em 3 de outubro de 1990, são marcos do fim da Guerra Fria.
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, a Finlândia entra para a OTAN em 12 de maio do ano passado e é seguida pela Suécia. Como a manobra agressiva de Stalin contra Berlim, a guerra do ditador Vladimir Putin une e fortalecer a aliança ocidental pelo menos até a volta de Donald Trump à Casa Branca, em janeiro deste ano.
EXÍLIO NA RUA PRINCIPAL
Em 1972, os Rolling Stones lançam Exile on Main Street, um álbum duplo que é considerado um dos melhores de sua longa carreira de mais de 60 anos rocking and rolling.
É o décimo álbum dos Stones gravado em estúdio e o último da sequência dos melhores discos da banda, Beggars Banquet (1968), Let it Bleed (1969) e Sticky Fingers (1971).
As gravações começam em 1969 nos Olympic Studios, em Londres, continuam numa casa de campo alugada no Sul da França em 1971, quando os Stones se tornam "exilados fiscais" para não pagar impostos no Reino Unido, e terminam em Los Angeles em 1972.
O disco mescla as influências características da música dos Rolling Stones, rock, blues, swing, country e gospel. Como Sticky Fingers, é uma espécie de volta às origens em relação a álbuns mais instrumentais. Inicialmente, recebe críticas positivas e negativas. No fim dos anos 1970, está consagrado. É o primeiro álbum dos Rolling Stones na lista de melhores discos de rock da revista norte-americana Rolling Stone.
TERREMOTO DE SICHUAN
Em 2008, às 14h28 pela hora local, um terremoto de 7,9 graus na escala aberta de Richter abala a região de Wenchuan, na província de Sichuan, no Centro da China, mata cerca de 90 mil pessoas e fere outras 358 mil.
A causa do terremoto é a colisão das placas tectônicas eurasiana e indiano-australiana, que empurra o Planalto do Tibete para o leste ao longo da Falha de Longmenshan, de 249 quilômetros.
O abalo sísimico é sentido de Beijim a Xangai, no Paquistão, na Tailândia e no Vietnã. A maior cidade próxima do epicentro, Chengdu, capital de Sichuã, fica a 80 quilômetros de distância.
O regime comunista chinês mobiliza 150 mil soldados do Exército Popular de Libertação para a operação de resgate e socorro às vítimas.
Um dos problemas é a má qualidade da construção de escolas; 7.444 entram em colapso. Num país onde os casais só podem ter um filho por força de uma política de controle da natalidade, a morte do filho único é uma tragédia familiar. Os pais que tentam responsabilizar as autoridades são perseguidos pelo regime.
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