LEI SUÁREZ
Em 1855, o México aprova a Lei Suárez para acabar com os tribunais especiais para o clero e os militares, uma iniciativa do ministro da Justiça, Benito Juárez, para eliminar os resquícios do regime colonial e promover a igualdade.
A Reforma (1854-76) é uma revolução política e social liderada por Juárez. Inicia com um pronunciamento pela queda do ditador Antonio Lopez de Santa Ana, que perdeu 41% do território mexicanos em guerra com os Estados Unidos.
Quando ele cai, em 1855, começam as reformas. Primeiro, essa lei que acaba com o foto especial. Em 1856, a Lei Lerdo manda vender todas as propriedades da Igreja não usadas especificamente para fins religiosos.
O Congresso, de maioria liberal, faz em 1857 um projeto de Constituição federalista que limita o poder da Igreja, coloca o Exército sob controle civil, abole os títulos hereditários e a prisão por dívidas. É a primeira lei de direitos civis do México. Em 1858, Juárez se torna o primeiro presidente indígena da América Latina.
A reação dos grandes proprietários de terras, dos militares e do clero conservador deflagra em 1859 a Guerra da Reforma, vencida pelos liberais em 1860. A Lei da Reforma (1859) confisca as propriedades da Igreja, menos os locais de culto, sem qualquer compensação, acaba com solteiros e introduz o casamento civil.
As terras conquistadas são distribuídas a camponeses sem terra, mas essa reforma agrária fracassa. Os grandes fazendeiros acumulam mais terras, enquanto os pequenos agricultores ficam mais pobres.
No fim de 1861, aproveitando que os EUA estão divididos pela Guerra da Secessão (1861-65), a França do imperador Napoleão III invade o México e instala no poder o imperador Maximiliano de Habsburgo. Quando termina a guerra civil norte-americana, os EUA apoiam as forças de Juárez, que expulsam os franceses e executam Maximiliano em 1867.
Juárez retoma o poder e governa até 1872. No fim do governo, é acusado de autoritarismo pelos liberais. Seu sucessor, Sebastián Lerdo de Tejada, sofre intensa pressão da oposição conservadora, que resulta no golpe que leva o ditador Porfirio Díaz ao poder em 1876.
O Porfiriato (1876-1911) dura até a Revolução Mexicana (1910-20), que luta pela valorização das culturas indígenas e a reforma agrária.
ROMÊNIA ENTRA NO EIXO
Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Romênia adere ao Pacto Tripartite formado pela Alemanha Nazista, a Itália Fascista e o Império do Japão, as potências do Eixo.
Desde 1937, a Romênia tem um governo fascista que se assemelha aos regimes de Adolf Hitler e Benito Mussolini, inclusive no antissemitismo. O rei Carol II dissolve o governo um ano depois e nomeia o patriarca da Igreja Ortodoxa como primeiro-ministro.A morte do patriarca e uma revolta camponesa provocam novas agitação fascista e de uma organização paramilitar, a Guarda de Ferro. Em junho de 1940, a União Soviética ocupa duas províncias romenas.
Em busca um aliado, em 5 de julho de 1940, o rei faz um acordo com a Alemanha de Adolf Hitler. A Romênia é invadida pelo novo aliado, que quer ampliar a frente oriental contra a URSS.
O rei abdica em 6 de setembro de 1940, deixando o país sob o controle do primeiro-ministro fascista Ion Antonescu e da Guarda de Ferro.
A Hungria se alia ao Eixo em 20 de novembro. No dia 23, é a vez da Romênia.
MEMBRO DO IRA CONDENADO POR MORTE DE MOUNTBATTEN
Em 1979, Thomas McMahon, miliciano do Exército Republicano Irlandês (IRA), que luta contra o domínio britânico sobre a Irlanda do Norte, é condenado à prisão perpétua pelo atentado que matou Lorde Louis Mountbatten (foto), último vice-rei da Índia, e mais três pessoas.
Mais tarde no mesmo dia, o IRA mata 18 soldados britânicos num ataque na Irlanda do Norte.
McMahon era um líder lendário do movimento nacionalista e republicano irlandês, comandante da Brigada de Armagh do Sul do IRA, responsável pela morte de mais de 100 soldados britânicos.
A guerra civil na Irlanda do Norte termina com o Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa, de abril de 1998, depois de 3,5 mil mortes. McMahon é libertado logo em seguida como parte da pacificação.
REAGAN CRIA OS CONTRAS
Em 1981, durante a Guerra Fria, o presidente Ronald Reagan (1981-89) autoriza a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos a recrutar e financiar uma força de 500 homens para lutar contra o governo no poder na Nicarágua desde a vitória da Revolução Sandinista, em 17 de julho de 1979, com orçamento de US$ 19 milhões.
Com a vitória da revolução nicaraguense e a guerra civil em El Salvador, que Reagan atribuía à URSS, os EUA querem impedir a vitória da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) em El Salvador e derrubar a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) na Nicarágua.
Os acampamentos e centros de treinamento dos contrarrevolucionários são instalados em Honduras, governada por regime militar. Os instrutores são militares da guerra suja da Argentina contra a esquerda da ditadura cívico-militar de 1976-83. Eles fazem o que está proibido pelo Congresso dos EUA.
Com o apoio dos EUA ao Reino Unido na Guerra das Malvinas (1982), a Argentina para de treinar paramilitares de direita na América Central.
A venda ilegal de armas e partes ao Irã quando está proibida, durante a Guerra Irã-Iraque (1980-88), e o desvio de parte do dinheiro para ajudar os contras da Nicarágua causam o Escândalo Irã-Contras, em 1986, no segundo governo Reagan (1985-89).
Os contras fustigam o governo sandinista da Nicarágua até a derrota de Daniel Ortega para Violeta Chamorro, em 1990.
Ortega volta ao poder em 2007 com o apoio de forças ligadas à ditadura de Anastasio Somoza, que os sandinistas derrubam em 1979. Desde então, está decidido a não entregar o poder. Controla a Assembleia Nacional e o Judiciário. Mudou a lei para acabar com limites à reeleição.
Desde uma revolta popular contra uma reforma da previdência abandonada, em 2018, o governo Ortega se mostra cada vez mais ditatorial. Prende os candidatos da oposição, acabou com todos os jornais independentes, fecha igrejas católicas e persegue padres e bispos.
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