18 BRUMÁRIO DE NAPOLEÃO
Em 1799, começa em Paris o golpe de Estado que acaba com a Revolução Francesa e leva Napoleão Bonaparte ao poder.
Nos últimos dias do Diretório, o governo da terceira fase da revolução, o abade Emmanuel-Joseph Sieyès e Charles-Maurice de Talleyrand conspiram com Napoleão, que é recebido em triunfo depois da fracassada Campanha do Egito.
No 18 Brumário, ano 8 (6 de novembro de 1799), o Conselho dos Anciães, um órgão legislativo sob a liderança de Sieyès, vota para que tanto os anciães quanto a câmara baixa, o Conselho dos 500, se reúnam no dia seguinte no Palácio de Saint-Cloud, sob a desculpa de que em Paris estariam sob a ameaça de uma "conspiração jacobina". Os jacobinos dominaram o governo na segunda fase da revolução, o período da Convenção (1792-95), que incluiu o Período do Terror (1793-94).
Em realidade, queriam os conselhos fora de Paris, onde pudessem ser intimidados pelo exército de Napoleão.
Durante a reunião em Saint Cloud, no dia seguinte, Napoleão faz um discurso desastrado no Conselho dos Anciães e é recebido sob protesto no Conselho dos 500, onde os membros sentem a intimidação das tropas e pressentem o golpe.
Napoleão foge do palácio, mas Sieyès, Luciano Bonaparte e Joaquim Murat retomam o controle da situação, enviam os granadeiros, dissolvem o Conselho dos 500 e forçam o Conselho de Anciães a dissolver o Diretório e a si próprio, e criam um novo governo consular sob o comando do primeiro-cônsul Napoleão Bonaparte.
O novo governo toma posse em 14 de novembro de 1799 no Palácio de Luxemburgo, em Paris. É o início da ditadura de Napoleão. Em 2 de dezembro de 1804, Napoleão se autocoroa imperador.
NOITE DOS CRISTAIS
Em 1938, numa amostra inicial do Holocausto, os nazistas lançam uma onda de terror atacando sinagogas, cemitérios, escolas, casas e lojas de judeus na Alemanha e na Áustria.
Cerca de 100 judeus são mortos, 7,5 mil lojas depredadas, centenas de sinagogas, túmulos, escolas e casas são vandalizadas. Dez mil judeus são presos e enviados a campos de concentração. Meses depois, são soltos com a promessa de deixar a Alemanha.SARTRE DENUNCIA O COMUNISMO
Em 1956, depois da brutal invasão soviética para esmagar uma revolta na Hungria, o filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre denuncia o regime comunista, a União Soviética e a conivência do Partido Comunista Francês (PCF).
Sartre nasce em Paris em 1905 e se torna um expoente do existencialismo, uma corrente filosófica que não vê sentido na vida e considera que a existência precede a essência: "O importante não é o que fazemos de nós, mas o que fazemos daquilo que fazem de nós."Ao comentar o massacre da revolta húngara em entrevista à revista L'Express, Sartre declara: "Eu condeno totalmente a invasão soviética sem qualquer reserva. Sem imputar qualquer responsabilidade ao povo russo, eu insisto que o governo atual cometeu um crime...
"E o crime, para mim, não é só a invasão de Budapeste por tanques, mas o fato de que foi tornada possível por 12 anos de terror e imbecilidade... É e será impossível restabelecer qualquer tipo de contato com os homens que lideram atualmente o PCF. Cada sentença que eles proferem, cada ação que tomam é a culminação de 30 anos de mentiras e esclerose."
QUEDA DO MURO DE BERLIM
Em 1989, o regime comunista da Alemanha Oriental autoriza a sair do país simplesmente apresentando o passaporte num posto de fronteira e abre o Muro de Berlim, símbolo da divisão do mundo durante a Guerra Fria.
Diante da fuga em massa de alemães orientais para o Ocidente, na madrugada de 12 para 13 de agosto de 1961, o regime comunista alemão-oriental ergue um muro e transforma o país numa prisão e num símbolo da divisão do mundo.
Com a ascensão do reformista Mikhail Gorbachev à liderança do Partido Comunista da URSS em 11 de março de 1985, começa uma era de abertura política (glasnost) e econômica (perestroika) que leva a uma onda de revoluções liberais nos países comunistas do Bloco Soviético, na Europa Oriental, em 1989.
Depois da Hungria, que abre a cortina de ferro em 2 de maio, e da Polônia, que realiza as primeiras eleições democráticas em junho, chega a vez da Alemanha Oriental. A queda do muro leva à reunificação da Alemanha, em 3 de outubro de 1990.
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