FIM DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Em 1918, um armistício assinado pela Alemanha e os aliados às 5h entra em vigor às 11h e marca o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18).
Os canhões silenciam na undécima hora do undécimo dia do undécimo mês do ano. A guerra, que no início todos acreditavam que seria breve, dura quatro anos e acaba com a Era dos Impérios. Saem de cena os impérios alemão, austro-húngaro, otomano e russo.
Cerca de 20 milhões morrem na guerra e 50 milhões na pandemia da Gripe Espanhola, disseminada pela movimentação dos soldados.
A Primeira Guerra Mundial é o conflito que forja o século 20. Em 1917, com a Revolução Russa e a entrada dos Estados Unidos no conflito, entram em cena as duas superpotências que dominariam o mundo na segunda metade do século.
O Nazismo e o Fascismo são reações à ascensão do comunismo e à humilhação sofrida pela Alemanha na Conferência de Paz de Versalhes.
"A guerra para acabar com todas as guerras", argumento do presidente Woodrow Wilson para convencer os norte-americanos a entrar na guerra na Europa, leva à paz para acabar com todas as pazes na Conferência de Versalhes, que impõe grandes perdas à Alemanha e alimenta o revanchismo nazista.
EUA REDUZEM IDADE PARA SERVIR NAS FORÇAS ARMADAS
Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o Congresso dos Estados Unidos aprova a redução para 18 anos da idade mínima para servir as Forças Armadas e limita a idade máxima a 37 anos.
O Congresso aprova o serviço militar obrigatório em tempo de paz em setembro de 1940, mais de um ano antes dos EUA entrarem na guerra.
A convocação dos homens de 21 a 36 anos começa um mês depois. São 20 milhões nos EUA. A metade é rejeitada no primeiro ano por problemas de saúde e 20% dos convocados por serem analfabetos.
Com o país em guerra, a idade mínima de convocação diminui. Os negros são discriminados por racismo. São considerados menos capazes e há dúvidas sobre a eficiência de um exército misto racialmente.
Isto muda em 1943, quando é estabelecida uma cota de 10,6% para negros, o percentual de sua participação na sociedade norte-americana. De início, eles ficam nas "unidades de trabalho". Mais tarde, entram em combate.
Quando a guerra termina, em 1945, o total de alistados é de 34 milhões; 10 milhões servem nas Forças Armadas dos EUA. Cerca de 416,8 mil soldados norte-americanos morrem na guerra.
URSS SE NEGA A JOGAR NO CHILE
Em 1973, a União Soviética anuncia que não vai disputar uma partida contra o Chile pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1974 marcada para 21 de novembro no Estado Nacional de Santiago.
INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA
Em 1975, com a retirada dos portugueses depois da Revolução dos Cravos, em 1974, a República de Angola declara a independência. O Brasil é o primeiro país a reconhecê-la.
Os portugueses estão presentes no território do que hoje é Angola desde o século 15, quando exploram a costa da África em busca de um caminho marítimo para as Índias. O primeiro europeu a chegar lá é o navegador português Diogo Cão, que cai em desgraça por anunciar que havia descoberto o extremo sul da África, o que não se confirma.
Portugal mantém entrepostos comerciais em portos africanos, inclusive para o tráfico de escravos. A ocupação efetiva do território, ordenada para Conferência de Berlim (1884-85), que faz a Partilha da África entre as potências europeias, só começa nos anos 1920.
Com a descolonização da África depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45), Portugal é a potência colonial que mais resiste. A queda da ditadura salazarista na Revolução dos Cravos abre caminho para a independência das colônias portuguesas.
A independência de Angola é proclamada pelo Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA), um movimento guerrilheiro de esquerda apoiado pela União Soviética que se converte no partido que domina a política do país até hoje. De 1975 a 2002, o país enfrentou uma guerra civil travada principalmente entre o MPLA e a União Nacional pela Independência Total de Angola (UNITA), que têm o apoio da África do Sul e dos Estados Unidos dentro da Guerra Fria.
MORTE DE YASSER ARAFAT
Em 2004, morre em Paris Yassar Arafat, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de 1994 a 2004 e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) de 1969 a 2004 e líder da Fatah (Luta), sua principal facção.
Filho de um casal palestino, Arafat nasce no Cairo, a capital do Egito, em 24 de agosto de 1929. Ele estuda engenharia na Universidade Rei Fuad I, onde abraça o nacionalismo árabe e o antissionismo.
Quando o Estado de Israel é fundado, em 1948, Arafat luta ao lado da Irmandade Muçulmana na Guerra da Independência de Israel (1948-49), que os árabes perdem. Em 1959, ele funda a Fatah, mas é o ditador do Egito, Gamal Abdel Nasser, que funda a OLP em 1964. Só depois da derrota árabe na Guerra dos Seis Dias (1967), a Terceira Guerra Árabe-Israelense, assume o controle da OLP, em 1969, e passa a liderar a luta guerrilheira contra Israel.
A tentativa de golpe contra o rei Hussein, da Jordânia, causa o massacre de palestinos conhecido como Setembro Negro (1970). A OLP foge para o Líbano, de onde faz incursões através da fronteira com Israel, especialmente a partir de 1978. Isso provoca a invasão de Israel ao Líbano, em 1982, para expulsar a OLP, que foge para a Tunísia.
Em 15 de novembro de 1988, Arafat anunciou o reconhecimento do direito de existência de Israel para participar de negociações de paz promovidas pelos Estados Unidos. Durante a Guerra do Golfo (1991) para expulsar os iraquianos do Kuwait, ele apoia o Iraque de Saddam Hussein, que propõe sair do Kuwait em troca da retirada de Israel dos territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias.
Por isso, a OLP é marginalizada das negociações sobre a paz no Oriente Médio iniciadas na Conferência de Madri, em 30 e 31 de outubro de 1991. Como os negociadores palestinos não fazem nada sem consultar a OLP, ela participa das negociações secretas na Noruega que levam aos Acordos de Oslo (1994).
Em 13 de setembro de 1993, Arafat aperta a mão do primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, no jardim da Casa Branca, quando é anunciada uma declaração de princípios.
Os Acordos de Oslo criam a ANP, com jurisdição inicial sobre a Faixa de Gaza e Jericó e Arafat como presidente interino, e a promessa de criação de uma pátria para o povo palestino dentro de 10 anos. Arafat divide o Prêmio Nobel da Paz de 1994 com Rabin e o ministro do Exterior de Israel, Shimon Peres. Em 1996, ele é eleito presidente.
No fim do governo Bill Clinton (1993-2001), o presidente dos EUA tenta negociar um acordo de paz definitivo entre israelenses e palestinos, mas as negociações entre Arafat e o então primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, fracassam. Arafat faz a aposta errada. Imagina que será possível negociar um acordo melhor no governo de George W. Bush (2001-9) porque tradicionalmente o Partido Democrata é mais a favor de Israel.
Com as ações terroristas do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que até defende a destruição de Israel, e a volta da direita ao poder em Israel, o processo de paz não avança. Arafat morre em 2004. Sua mulher, Suha Arafat, acusa Israel de envenená-lo com polônio radioativo, mas investigadores franceses e russos não veem indícios de crime.
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